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Sustentablidade: Da utilidade dos animais

Como vocês sabem, sou professora de biologia. É um título que guardo com carinho dentro do coração, pois minha família sempre me estimulou, no contato diário, a ter respeito e atitudes que a conservem ou preservem. 

Nos últimos dias tenho participado de alguns debates a respeito da preservação da natureza e as atitudes ecologicamente corretas (sem ser eco-chatas) estão em alta nas redes sociais. Através da @samegui conheci o grupo de discussão do Facebook chamado Vida Sustentável, onde se fala sobre atitudes e conhecimentos que podem colaborar para que se chegue ao objetivo de ter uma vida que, sim, tenha conforto e satisfação, mas sem precisar degradar o meio ambiente.

Imagem: TV Ecológica

Foi pensando hoje enquanto lavava a louça que me lembrei dum texto ótimo, de Carlos Drummond de Andrade, um autor que admiro desde sempre, que pode ilustrar o quanto nosso raciocínio está pautado em um olhar sobre a natureza que precisa ser revisto, senão não haverá como desejar que nossos filhos assimilem os conceitos de sustentabilidade. Não é um problema apenas da escola, já que ela ensina o que a sociedade elege como conhecimento válido e formalmente aceitável.

Talvez muitas de vocês conheçam a coleção de onde foi retirada essa reflexão. Por isso vou compartilhá-lo com vocês e peço que dividam o que vem à mente quando lêem esse texto.

Da Utilidade dos Animais


(Carlos Drummond de Andrade)


Terceiro dia de aula. A professora é um amor. Na sala, estampas coloridas mostram animais de todos os feitios.

 
- É preciso querer bem a eles, diz a professora, com um sorriso que envolve toda a fauna, protegendo-a. Eles têm direito à vida, como nós, e além disso são muito úteis. Quem não sabe que o cachorro é o maior amigo da gente? Cachorro faz muita falta. Mas não é só ele não. A galinha, o peixe, a vaca... Todos ajudam.

- Aquele cabeludo ali, professora, também ajuda?
 
- Aquele?   É o iaque, um boi da Ásia Central. Aquele serve de montaria e de burro de carga. Do pêlo se fazem perucas bacaninhas. E a carne, dizem que é gostosa.
 
- Mas se serve de montaria, como é que a gente vai comer ele?
 
- Bem, primeiro serve para uma coisa, depois para outra. Vamos adiante. Este é o texugo.   Se vocês quiserem pintar a parede do quarto, escolham pincel de texugo. Parece que é ótimo.
 
- Ele faz pincel, professora?
 
- Quem, o texugo? Não, só fornece o pêlo. Para pincel de barba também, que o Arturzinho vai usar quando crescer.
 
Arturzinho objetou que pretende usar barbeador elétrico. Além do mais, não gostaria de pelar o texugo, uma vez que devemos gostar dele, mas a professora já explicava a
utilidade do canguru:
 
- Bolsas, malas, maletas, tudo isso o couro do canguru dá pra gente.   Não falando na carne. Canguru é utilíssimo.
 
- Vivo, fessora?
 
- A vicunha, que vocês estão vendo aí, produz... produz é maneira de dizer, ela fornece, ou por outra, com o pêlo dela nós preparamos ponchos, mantas, cobertores, etc.
 
- Depois a gente come a vicunha, né, fessora?
 
- Daniel, não é preciso comer todos os animais. Basta retirar a lã da vicunha, que torna a crescer...
 
- E a gente torna a cortar?   Ela não tem sossego, tadinha.
 
- Vejam agora como a zebra é camarada.Trabalha no circo, e seu couro listrado serve para forro de cadeira, de almofada e para tapete. Também se aproveita a carne, sabem?
 
- A carne também é listrada? - pergunta que desencadeia riso geral.
 
- Não riam da Betty, ela é uma garota que quer saber  direito as coisas. Querida, eu nunca vi carne de zebra no açougue, mas posso garantir que não é listrada. Se fosse, não deixaria de ser comestível por causa disto. Ah, o pingüim? Este vocês já conhecem da praia do Leblon, onde costuma aparecer, trazido pela correnteza.Pensam que só serve para brincar?   Estão enganados.Vocês devem respeitar o bichinho.   O excremento -  não sabem o que é? O cocô do pingüim é um adubo maravilhoso: guano, rico em nitrato. O óleo feito com a gordura do pingüim...
 
- A senhora disse que a gente deve respeitar.
 
- Claro. Mas o óleo é bom.
 
- Do javali, professora, duvido que a gente lucre alguma coisa.
 
Javali - imagem: http://www.culturamix.com
- Pois lucra. O pêlo dá escovas de ótima qualidade.                   
 
- E o castor?
 
- Pois quando voltar a moda do chapéu para homens, o castor vai prestar muito serviço.   Aliás, já presta,com a pele usada para agasalhos. É o que se pode chamar um bom exemplo.
 
- Eu, hem?
 
- Dos chifres do rinoceronte, Belá, você pode encomendar um vaso raro para o living de sua casa. Do couro da girafa, Luís Gabriel pode tirar um escudo de verdade, deixando os pêlos da cauda para Teresa fazer um bracelete genial. A tartaruga-marinha, meu Deus, é de uma utilidade que vocês não calculam.   Comem-se os ovos e toma-se a sopa: uma de-lí-cia.   O casco serve para fabricar pentes, cigarreiras, tanta coisa...  O biguá é engraçado.
 
- Engraçado, como?
 
- Apanha peixe pra gente.

- Apanha e entrega, professora?

- Não é bem assim.Você bota um anel no pescoço dele, e o biguá pega o peixe mas não pode engolir. Então você tira o peixe da goela do biguá.

- Bobo que ele é.

- Não. É útil. Ai de nós se não fossem os animais que nos ajudam de todas as maneiras. Por isso que eu digo: devemos amar os animais, e não maltratá-los de jeito nenhum. Entendeu, Ricardo?

- Entendi. A gente deve amar, respeitar, pelar e comer os animais, e aproveitar bem o pêlo, o couro e os ossos.

ANDRADE, Carlos Drummond de. Da utilidade dos animais. In: Para Gostar de Ler - vol. 4. São Paulo: Ática, 1988.

Campanha de volta às aulas: fotografias dos tempos de escola

Essa semana que passou um querido amigo teve a grande idéia de postar no Facebook fotos de nossa turma de amigos dos tempos de adolescência, com imagens de salas de aula, pátio, viagens... foi muito bacana rever aquelas imagens, algumas delas meio fora de foco, porque não tínhamos a expertise que os adolescentes de agora têm com as máquinas, que nem sonhavam na época em sem digitais.

Fiquei mais feliz ainda com os comentários que se seguiram. Lembranças que nos fizeram chorar de rir e desejar um reencontro. E creio que em março, quando todos já tivermos retornado das férias de verão - aqui as aulas recomeçam dia 22/02 - nós vamos fazer acontecer, porque muitas histórias bacanas e a saudade fizeram algo nos despertar.

Como moro bem perto da escola onde estudamos, a lembrança fica sempre presente. E também tenho a sorte de volta e meia encontrar meus mestres em locais rotineiros como supermercados, praças e conversamos a ponto de perceber que de algumas turmas é impossível esquecer... e tem até uma professora de física que hoje leciona na escola da Lalá e damos muitas risadas lembrando da folia que era ser aluno de uma recém formada.

O mais gostoso de tudo isso é que sempre tive muito presentes em mim lembranças e exemplos positivos de professores e colegas, até das irmãs/freiras com quem convivi e que me motivaram a escolher ser professora. Eu bem que tentei. Fugi de fazer magistério, mas na faculdade não teve jeito: não conclui o bacharelado porque tendo a licenciatura foi possível fazer o mestrado em educação.

Na seleção pro mestrado, isso não tenho como esquecer, era preciso escrever um memorial relatando como tinha ido parar lá. Dentro da minha inexperiência como professora, já que fiz a prova dias depois da colação de grau, a opção foi contar o papel fundamental que esses profissionais tiveram pra mim. Eles ensinaram química, geografia, inglês e literatura, sim; a professora de biologia tinha toda a paciência pra me ensinar a cuidar das lagartas e passarinhos feridos que eu levava pro laboratório fora do horário de aula; o professor de educação física sempre chamava pras escolinhas de esporte, mesmo que eu fosse uma baita descoordenada cheia de boas intenções dentro da quadra. 

E estamos nessa fase de ver materiais escolares, se está tudo Ok com uniformes que imaginávamos que não deixariam de servir na Larissa e agora esses pensamentos convergem... acho que o universo está conspirando. Não apenas pelo encontro do famoso 3ºX, mas para que eu volte a pensar com carinho em lecionar. Adoro um cheirinho de sala de aula e conviver com pessoas, aprender com elas, trocar idéias... quem sabe aí se configura um retorno ao mercado de trabalho?


Aí pensei no seguinte: que tal resgatarmos pelo menos uma fotografia dos tempos de escola e postarmos no blog ou no facebook? Assim, só pela curtição? Aos amigos que tiverem mais fotos daqueles tempos já peço que dividam comigo, porque não tem coisa melhor e eu adoraria imprimir pra mostrar pras crianças e fazer um mural!

Tenho poucas, mas essa aqui me emocionou bastante: a amiga Letícia, filha da minha professora do Jardim de Infância, enviou já faz algum tempo. E me fez ver que mantenho várias das amizades iniciadas quando éramos muito pequenos... não é uma delícia reviver esses momentos?!

Onde está Wally? Basta ver a carinha de Larissa pra responder!


Férias, pra quem?

http://www.pritt.com.br/
"Estudos independentes, feitos em diversos países, chegaram a uma importante conclusão: a participação dos pais na vida dos filhos traz inúmeras consequências positivas, como melhora do rendimento escolar e a formação de pessoas mais seguras, equilibradas e conscientes.


Os educadores concordam que essa participação é benéfica para todos, mas que ela é difícil mesmo em escolas que apoiam essa integração. Os pais, por sua vez, são unânimes em reconhecer a importância dessa participação, e gostariam, sim de participar mais.  
 
Mas não basta querer - é importante agir e fazer isso acontecer. Essa bandeira já está de pé, e agora é sua vez de agir. Seja um embaixador da causa, ajude a divulgá-la, participe das oficinas e faça ouvir a sua voz".

O texto acima é sugerido pelo site da Pritt, que tem um projeto especial de estímulo à participação dos pais na educação escolar dos seus filhos.  A madrinha do projeto, precisamos dizer, é nossa amiga e blogueira @samegui (Samantha Shirashi, do A vida como  a vida quer). O incentivo, que para alguns pode parecer até estapafúrdio para alguns, é na verdade um pedido de reflexão a respeito do quanto faz diferença na aprendizagem das crianças o empenho e o interesse dos familiares.

No dia da entrega da avaliação final da Larissa, 17/12, fui bem pimpona encontrar os amigos de pátio da escola; sim, nós somos daquele tipo de pais e mães que vão até a escola e fazem questão de estar presentes até a entrada da sala de aula, nos eventos escolares, aniversários dos colegas, enfim... podemos ser considerados o tipo de pais xaropes por alguns professores, mas não pela profe Magali.

Esta professora, a quem confesso que em muitos momentos não compreendi, mostrou de uma maneira muito tranqüila que sabia o que estava fazendo. Experiência é outra coisa, né, e cada criança é um indivíduo com necessidades e habilidades próprias. Pois foi ela quem me disse nesse último dia letivo que agradecia a nossa participação no trabalho dela em 2010.

Quando ouvi essas palavras, perguntei "como assim"? - E ela me disse que mais de 50% do trabalho dela dependia da honestidade dos pais em perceberem se seus filhos desejavam, pediam ou precisavam de mais apoio, fosse qual fosse. E que a Larissa estava lendo bem acima da média para a 1ª série por ter hábitos de leitura em casa, o que ela não precisaria de uma entrevista com a família para saber.

Ao ver a felicidade da nossa pequena em receber a carteirinha da biblioteca na primeira semana de aula e a evolução da escrita, da comunicação oral etc. ela via que isso era algo natural e que na verdade seu papel seria de facilitadora do processo, não de forçadora de barra.

Ao final do ano, alguns coleguinhas conseguiram progredir bastante porque os pais "pegaram junto" e o resultado foi plenamente satisfatório nesses casos. Mas em todas as turmas aqueles alunos cujos pais acreditam que seus filhos estão garantidos apenas pelo pagamento da mensalidade o processo foi mais árduo e o resultado nem sempre foi o desejado.

Por isso esse último momento de escola foi muito especial. Foi uma entrega da nossa avaliação, também. Claro, houve alguns aspectos a repensar, ou a precisar de maior atenção, como a competitividade da Lalá. Também apareceram o questionamento constante das regras e a liderança que salta aos olhos. E em todos os sentidos a profe reforçou que nossa participação continuará fundamental, sempre. E nunca mais nós teremos férias. Foi um projeto escolhido com carinho e que não tem mais fim!

É por isso que fiz questão de participar como embaixadora da Pritt
       

Texto de Rosely Sayão: Com que roupa?

Separei esse texto da excelente psicóloga Rosely Sayão para compartilhar.  

Na escola da Lalá o uniforme cada vez fica mais "fashion", mas continua de uso obrigatório até o fim do ensino médio. Eu adoro ( a gurizada também!)! E vocês?

Há variedade de modelos, pra ajudar os alunos a aderirem ao unfirme
COM QUE ROUPA?


As chamadas boas maneiras foram abrandadas, depois criticadas e, por último, esquecidas


Uma escola promoveu reunião para os pais de alunos que terminam o ensino fundamental este ano e iniciam, no próximo, o ensino médio.


Um dos temas abordados e que gerou grande interesse na discussão foi a não obrigatoriedade do uso do uniforme para esse ciclo.


O argumento da escola para liberar a presença dos alunos nas aulas sem o uniforme foi o de que, nessa idade, os jovens preferem usar roupas informais.


Já alguns pais pediam seu uso por uma questão de economia apenas.


Esse tema me lembrou dois fatos. O primeiro foi a conversa que tive, pouco tempo atrás, com uma executiva de empresa multinacional que lidera uma jovem equipe. Ela contou, na época, que enfrentava uma situação bastante constrangedora para ela: ter de falar com seus funcionários a respeito das roupas que eles não deveriam usar no ambiente de trabalho, por serem inadequadas. Aliás, vários diretores de escola e coordenadores já tiveram de fazer o mesmo com alguns professores.


O outro fato foi a observação que fiz em horários de entrada ou saída de escolas de ensino médio.


As roupas que alguns alunos usam são próprias para a praia, para o período de férias ou mesmo para uma reunião entre amigos. Vemos até garotas vestidas com roupas provocantes, extremamente curtas e decotadas.


Que tipo de roupa usar em determinadas situações? Como se comportar em diferentes locais da comunidade?


Qual o tom de voz apropriado para uma breve troca de ideias com o colega na sala de um cinema etc.?

Os manuais de boas maneiras ou de etiqueta já não fazem o mesmo sucesso experimentado décadas atrás, e perguntas como essas já não têm respostas únicas.

E agora?


Com mudanças velozes nos costumes, no comportamentos e nas regras, e a introdução na vida cotidiana de novos hábitos como o uso do telefone celular, por exemplo, são tamanhas transformações na convivência social que as chamadas boas maneiras foram inicialmente abrandadas, depois duramente criticadas para, em seguida, serem esquecidas.


Agora, entretanto, têm sido evocadas em diversos ambientes e por várias instituições. Famílias e escolas, por exemplo, têm se debruçado sobre essa questão.


É compreensível: num momento em que vivemos uma crise de civilidade, a cortesia, a gentileza, o respeito e a polidez no trato com o outro parecem ser bons remédios para acalmar a generalizada grosseria e a agressividade reinante nos relacionamentos interpessoais.


Precisamos reconhecer que já não é mais possível apontar maneiras únicas de se portar na relação com os outros, nos mais diversos locais e situações.


Ao mesmo tempo, precisamos também considerar que a vida pública e os relacionamentos sociais precisam ser mediados por algumas normas e essas sempre estão referenciadas a alguns princípios e valores.


Pensar no uso ou não do uniforme na escola considerando apenas a preferência juvenil ou os gastos familiares é ignorar que os mais novos precisam conhecer os valores e princípios que escolhemos para construir o presente deles e, logo, o nosso futuro.


Mas será que a maneira como nós temos conduzido esse processo irá permitir que eles façam escolhas bem informadas? Pelo depoimento da executiva citada antes e pelo ainda recente "caso Geisy Arruda", parece que não.

*Rosely Sayão é psicóloga e autora de "Como Educar Meu Filho?" (Publifolha)

Folha de S. Paulo, Equilíbrio, 2/11/2010
Link: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/equilibrio/eq0211201010.htm
   



Mesmo de uniforme, a filha dá um jeito de fazer sua moda...

Voltar atrás

Meu pequeno há 3 semanas começou a freqüentar escolinha. Estávamos bem faceiros, comemorando a tranqüila adaptação do Caio, assim como tinha acontecido com a irmã dele.

Pois bem, passados mais alguns dias, o pequeno começou a ficar muito diferente, primeiro rejeitando o leite em casa, depois ficando muito irritadiço e até agressivo conosco.

Depois, passou a ter terrores noturnos (era o que pensávamos), aumentando a cada noite e os dias ficaram de péssimo humor, mas ficando numa boa na escola.

Mas então há cerca de 8 dias atrás passamos a não dormir mais. Meia hora de sono virou luxo. E os gritos de pavor atravessavam a noite, não importando se ia pra nossa cama, se ganhava todo o carinho...
Fomos à homeopata, ao pediatra, à benzedeira e tudo o mais. Centro espírita, viramos quase sócios-atletas, já que ando fazendo curso lá. Disseram muitas coisas, foram várias opiniões diferentes. E fiquei pensando na JU, do Lulu não Dorme, com ainda mais carinho. Se uma semana me deixou fora dos eixos, imagina praticamente 1 ano (dia 25 a Lulu faz aniversário)!

Conversas foram e vieram, decisão tomada: vamos dar um passo pra trás e tirar o guri da escola.

SANTO REMÉDIO. O sono normalizou, a criança voltou a ter bom humor e brincar tranqüila. Só que agora nem levar os cães pra fazer xixi, que ele me dava tchauzinho bem faceiro, tá sendo mole. Ele passa 80% do tempo grudado na minha coxa e cheirando meus peitos, que nem leite produzem mais, desde março ou abril.
Tudo bem, voltar a trabalhar vai ficar pra depois e conseguir cuidar de mim na musculação e na fisioterapeuta vai depender muito da agenda dos meus pais e marido podendo dar uma olhada no carinha do que de qualquer coisa.

Voltamos à estaca zero nesse sentido, mas não desisti dos meus projetos de desembarangamento nem de ter atividades só minhas. Eu retrocedo, mas não me rendo!

Furacão de Fraldas em: adaptação à primeira escola

Amanhã será um grande dia; após ter (eu) sido desmamada, a criança querida, o meu caçulinha, que foi apelidado pelos meus sogros de "Furacão de Fraldas" vai estrear em sua vida escolar.

Eu quero e preciso recolocar uns pingos nos "is" da minha vida pessoa: dar continuidade ao embate contra o embagulhamento que a medicação que tomei até sexta por conta da bipolaridade só colaborou; trabalhar e ajudar o marido no trabalho; ter vida pessoal, não apenas maternal... Pode parecer egoísmo num primeiro momento, mas ser mãe no meu caso é tudo de bom, mas ultimamente sinto que estou tentando dar conta de tudo, mas não conseguindo fazer tudo tão bem quanto poderia, se houvesse mais espaço pra mim. Então, não quero ser uma pessoa desequilibrada em tempo integral, e trabalhar me faz sentir equilibrada.

O tempo que tenho passado com as crianças tem sido dividido entre muitas coisas e me sentir não dando conta não é legal. Por isso e por outros motivos como a socialização com gente pequena, da mesma idade, o Caio vai pra escolinha.

Como o que interessa é o bem-estar do baixinho, além de sentir confiança em quem eu passarei a delegar o pequeno travesso, pesquisei preços, claro, mas a prioridade era ver o ambiente, o clima entre as pessoas, a estimulação, enfim, coisas que em entrevistas agendadas seria muito "comercial". Resolvi dar uma incerta nas escolinhas e me surpreendi com a boa qualidade do que encontrei.

Algumas delas têm uma estrutura fantástica, são novas, assépticas até, mas também são muito recentes e dispõem de 1 única professora pruma turminha que tem em média 18 meses e, portanto, demanda maior atenção. Noutras o pátio não possibilita contato com o verde, é muito úmida, bate pouco sol... Ainda há as que cobram exorbitâncias e ainda exigem muitos pagamentos extras até pra respirar, as que seriam um horror na hora do trânsito do fim do dia... E existem também os famosos depósitos de crianças.

Buscando o meio termo entre tudo e a facilidade de estar no caminho entre nosso bairro e a escola da Lalá, achei mais de 25 escolas. Elas proliferam a olhos vistos e vejo que nem todas elas têm alvará de funcionamento. Vocês sabiam que há tantas escolas clandestinas?

Há normas para que as escolas distribuam as crianças com atenção especial ao número de auxiliares que a titular deve ter conforme o tamanho da turminha, a formação das profissionais, a equipe especializada (nutricionista, professores de música e educação física etc.), de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases que, como sou professora, não costuma funcionar como argumento pra engambelação.

Um local arejado, iluminado, simples, sem grandes labirintos e onde uma criança de 1 ano e 5 meses circule sem correr riscos. Que estimule a já tão evidente vontade de ter autonomia do meu filho. Mas o que "pegou" foi perceber a empatia entre o pessoal e o Caio. Essa foi a grande cartada que uma escola (ou mais delas) poderia dar na hora da decisão. Quando vi o loirinho no colo da professora, sorrindo confiante e abanando pra mim... Ficou deicido! Por isso, amanhã será o grande dia, para que em 01 de julho eu possa recomeçar ou dar continuidade a várias coisas iniciadas e/ou deixadas de lado e que poderão ter lugar novamente na minha vida.

A principal delas é ter tempo exclusivo pra maternidade e tempo exclusivo para a vida pessoal. E tenho certeza de que todos nós sairemos mais ricos dessa experiência!

Hoje é dia de festa das mães na escola!

Essa foto é uma recordação de nossas folias na festa de dia das mães de 2008. Hoje minha coluna pede que eu não invente coisas assim, mas teremos festa com direito a fotos com altas produções, é o que diz o bilhetinho da Profe Magali.

Estou doida pra ver, afinal a Larissa anda cantando aos sussurros e ensaiando coreografias "secretamente", pois é muito barriga-fria, assim como a mãe dela. E a curiosidade, que estava sob controle com a função de arrecadar as mensagens da festa do caderno, agora veio à tona,
Hoje é o dia e espero que seja um momento de trégua, de carinho entre os altos e baixos emocionais da minha pimenta malagueta.

Temos direto tido nossos momentos de carinho, mas os estresses têm sido tantos...
Agora estou animada, faceira mesmo e pensando se o Mano vai junto, porque os pequenos não agüentam ficar quietos em apresentações, não é mesmo?

Estou pensando em inclusive ir apenas com a minha mãe, que adora participar da vida cultural na neta e fazermo um programa só de meninas... Acho que será bem divertido!!!
De repente jantarmos fora, num lugar bem gostoso (não, não vou levar ao Mac, ao Habbib's nem à pastelaria do Cenoura, que ela adora, porque a festa é das mães, então me sinto no direito de escolha).

E como estamos num período de muitos agitos ao mesmo tempo, no fim de semana estamos para curtir um dia de família "nuclear", como diz uma das minhas amigas psicólogas, na serra gaúcha, mais provavelmente em Bento Gonçalves. Assim, meu presente será, além de sair de POA, rever uma amiga de infância que eu amo muito e conhecer o filhotão dela... DELÍCIA!!!

Meliante dando dicas de segurança (hehehe)!

Como havia dito, sábado fomos curtir o festival de balonismo em Torres, que, aliás, também já comentei que foi maravilhoso, né?!

Pois um detalhe que até então tinha omitido é que mal chegamos à cidade litorânea em questão, a Loira disse que queria fazer xixi urgentemente e avistei uma fila imensa perto dos sanitários químicos... Mesmo tendo ido ao banheiro antes de sair da casa da vovó, é claaaaro que a pequena teria de demarcar território quando chegasse!

Para nossa sorte, a filhota tinha por perto um posto da Brigada Militar (polícia no RS se chama assim) e fui eu lá, toda pimpona falar com o policial e solicitar um espaço no troninho alheio. O cara foi superbacana, avisando que o espaço feminino não era lá essas coisas, mas resolveria o problema certamente, devido à emergência da menina.

Enquanto a minha filha urinava e cantarolava, depois lia os recadinhos que alguém já tinha escrito pelas paredes, me deparei com uma sacolinha e resolvi espiar o que tinha dentro... uma tal de CARTILHA DO CIDADÃO. Bom, eu me acho uma cidadã e tal, resolvi bisbilhotar, porque nunca tinha visto uma e também tenho problemas com ficar esperando sem fazer nada.

E O NEGÓCIO VALE A PENA SER LIDO, CARAMBA!

Encontrei dicas de segurança, telefones úteis que nunca sabemos onde encontrar (ultimamente nos guias telefônicos o que menos tem é informação necessária) e já fiz relação com o dia em que meu sobrinho resolveu voltar sozinho da escola (agora que a cunhada é caloura da unvirsidade federal , ficou com o tempo ainda mais curto para buscar o trio calafrio) e foi assaltado perto do cemitério lá de Rio Grande.

Resolvi pegar pra mim um livrinho desses! Uma meliante dando dicas de segurança - nesse caso tem perdão?

Olha só as dicas:

"Para quem está nas escolas:

Alunos:

  1. Vá e volte da escola sempre acompanhado (a) de colegas ou alguém da família;
  2. Se não tiver quem o acompanhe, evite ruas desertas ou escuras;
  3. Procure ficar dentro da escola durante o recreio e antes do início das aulas;
  4. Evite usar jóias e objetos de valor ou vestir boné, jaquetas e tênis novos, pois chamam a atenção de ladrões. Prefira os com maior tempo de uso;
  5. Não aceite carona de estranhos, mesmo que digam estar a mando de um familiar;
  6. Depois da aula vádireto para casa, não fique na frente ou próximo da escola, mesmo que em grupos. Esta atitude permite que o ladrão estude o caminho que irá tomar para casa;
  7. Evitando ou não o assalto, comunique aos seus pais e à escola para que sejam tomadas providências junto às autoridades.

Para os pais: a sua presençaé fundamental

  1. Sempre que possível acompanhe seus filhos à escola ou peça a alguém da sua confiança para fazê-lo;
  2. Procure participar de reuniões da comunidade escolar, principalmente quando tratarem da questão de segurança;
  3. No ambiente escolar sua participação é fundamental, pois reforça a segurança de seus filhos e demais alunos, evitando que pessoas ofereçam algum tipo de droga ou cometam atos de violência;
  4. Apóie a escola e a polícia com informações que melhorem a segurança de todos;
  5. Informe seus filhos sobre os males que as drogas causam, salientando os fatores de ordem biológicas, psicológicas e sociais;
  6. Fale com a direção ou professores, informe-se sobre as novidades, colocando-se à disposição na solução de problemas existentes;
  7. Procure informar-se junto a escola sobre as atividades extra curriculares nas áreas de lazer, cultura, cursos, teatros, dentro da medida do possível colocando-se como voluntário;
  8. Busque informações de como ajudar crianças e adolescentes, da sua comundiade esclar, vítimas de algum tipo de violência;
  9. Denuncie atos de vandalismo feitos contra a escola de sua comunidade".

Ou seja: ninguém substitui a participação de pais interessados...

Pelo tempo que demoramos, o papai e o mano da Larissa ficaram tirando fotos dos balões e nós lá, alheias. Mas deu tempo de participarmos do festival, bem informadas sobre segurança...

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