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Nos últimos dias o céu nublado estava dentro de mim. Não era só TPM, porque isso me deixaria apenas brava. E eu estava triste. Murcha.
Não conseguindo celebrar que voltei a trabalhar nem outras conquistas que são tremendamente importantes, maiores do que os motivos que me fizeram entristecer.
Sou uma pessoa que tende a ficar na defensiva. A me defender atacando. E sei que isso não é de grande utilidade. E, na tentativa de mudança, percebo que sair da posição engessada por 35 anos é difícil não encontrar resistências externas, além do comodismo de ficar no mesmo lugar, dizendo que não valeria a pena.
Então a luta interior se fez. E, com ela, veio a abertura de uma verdadeira caixa de Pandora, que me fez olhar pras feridas, pros receios, pra ansiedade inútil, pros desgostos e pros defeitos. Me senti feia, suja, maltrapilha por dentro.
Então ontem recebi um chamadinho no facebook. Era a jornalista Patricia Viale, dizendo que a entrevista que fizemos estava sendo publicada.
Descobri que sou ainda mais tola do que imaginava: a cada palavra, uma lágrima vertida. E elas vieram tão rápidas quanto costumo falar. Vieram também os soluços, os suspiros profundos, o alívio, um olhar meio afogado em águas salgadas, mas um olhar diferente sobre mim que a Patricia ajudou a ter. Porque acho que ela captou bem a minha alma. E porque vi o mundo mais colorido, me vi mais colorida também.
E por isso quis compartilhar com vocês um pouco de mim. A entrevista está no Blog da Viale.
Bom fim de semana!