"Chove, chove, chove, deixa chover"...


A intenção inicial era essa: ficar o dia atirada na cama, no máximo me deslocando até o sofá da sala pra ver algum filme, especialmente porque a noite do pequeno foi de febre e agito, muitas mamadas, chutes e pontapés; no entanto, tinha coisas a resolver, que o tempo em dezembro é veloz!

  • Teve oficina de natal na igreja e a Larissa quis participar de todo o jeito!
  • O jeito era encarar o frio e o vento com chuviscos porque pra garantir o ingresso pro Nenhum de Nós canta Beatles era hoje ou nunca!
  • Tinha que ver os presentes que faltavam "dos únicos que não são chatos" da família.
  • Precisávamos acertar o bolo, os salgadinhos e os docinhos do aniver da loira.
  • E queríamos prestigiar a Cacá, nossa prima e afilhada do maridão que é uma FLOR!!!

Pois lá fomos nós encarar o que pensávamos que seria uma furada imensa, tarde de muitas filas e correrias, pois vimos que os shoppings estavam com estacionamentos simplesmente lotados, sem um espaço sequer pra suspirar. Mas passamos primeiro na Engenho do Pão, onde encontramos delícias, preço justo e um capuccino bárbaro...

Depois... Fomos a uma das lojas que talvez menos o pessoal conheça, porque durante muito esteve ausente no RS: a Riachuelo. Lá tinha tudo bem bacana, bonito e com preço honesto. Foi zás-traz e tínhamos liquidado a fatura! Não curto enrolação, vou direto ao ponto quando quero comprar algo, para presentear alguém ou me fazer um agrado, seja na loja que for. Odeeeeio ficar baixando todas as roupas das prateleiras, experimentar tudo e não levar nada. Quando alguma dúvida sobre o artigo em questão aparece, prefiro olhar pra ele num outro momento, pra não correr o risco de gastar e não usar.

Também passamos na Livraria Cultura, que é uma tentação, né... irresistível!!! Preciso descrever? Me apaixonei pela livraria quando morávamos em SP e até me candidatei a trabalhar lá, porque estar entre livros me faz UM BEEEEMMM!!!

Depois de tanto vento e frio, pouco antes de anoitecer resolveu sair uma nesga tímida de sol... Tomara que amanhã o clima fique decente!!! Porque dormir, pelo visto, não será a programação!

DR: detonar ou discutir a relação?

Diálogo não me parece algo difícil, mas vejo que sempre é complicado pra muita gente, especialmente pra minha família. É um tal de "fala pro fulano", "diz pra ela que...", "quem sabe tu, que tens mais jeito, faz o meio de campo"... Affe!

Eu, que gosto de falar pra caramba, detesto ser intermediária, já me conformei em ouvir essas coisas e fazer o papel de moleque de recado de vez em quando, mas as coisas não aprecem evoluir muito.

Só que quando as coisas são comigo, tipo falar das coisas que me incomodam, estou tentando (não necessariamente conseguindo) me policiar pra fazer as DRs mais eficientes, não apenas no casamento. Porque descambar e virar mágoa eu sei fazer bem, infelizmente. Quem não sabe?



Já saíram manuais sobre como devemos dialogar com pais, filhos, maridos e animais de estimação e a receita parece ser muito semelhante para todos os casos: ser objetivo, não partir pra acusações, elogiar as coisas boas e aí dizer o que realmente quer... Quem consegue sempre fazer isso? - Acho que bem poucos têm essa "sabedoria" toda.

Engraçado, mas raramente chamamos alguém pruma conversa assim "precisamos conversar" se for pra dizer EU TE AMO, elogiar, mas quando a coisa começa assim, todo mundo se posiciona na defensiva, porque sabe que lá vem bomba.

O dedo em riste, a acusação, o falatório podem começar e não ter mais fim, especialmente se não estamos prontos pra ouvir, já que diálogo pressupõe a participação de pelo menos 2 partes. Também complica se batemos sempre na mesma tecla... Porque alguém fica falando sem parar (geralmente, nós, mulheres) e o outro se limita a ficar com olhar de peixe morto, sem saber como aquela avalanche de desabafos começou e nem onde vai parar.

Daí vem aquele silêncio incômodo, às vezes um choro de raiva por não conseguir retorno, o tirar coisas do baú, ou o medo de dizer o que sente, a falta de disposição para a conversa, por sentir que conflitos não se resolvem.

Já vivi tudo isso e ouve um grande hiato entre mim e meu marido, mas também vejo acontecer em outras relações, não apenas as minhas. E acumular só leva a uma provável explosão, onde cobranças, chatices e atitudes mais radicais levam a uma ruptura que nem sempre tem volta.

Por isso mesmo, tenho tentado resgatar coisasbacanas nas minhas amizades, no namoro com meu marido e com as crianças e comigo mesma, pra não cair no niilismo, mas conseguir sempre ser mais otimista e feliz.

Compras de natal ou briga de galos?


Essa discussão já rolava aqui em casa...


Que a Lalá é perua, todo mundo sabe e acha até engraçadinho; o que tem pegado é que ela quer usar as minhas maquiagens, esmaltes, perfumes... Sorte dela que geralmente minhas fragrâncias são mais infantis.


Mas o paizão dela tem reforçado sempre e com toda a razão que é importante acharmos produtos adequados à pele e à idade dela. Por isso, quando vi no blog "Manual Prático para mães sem prática" o link para o guia da ANVISA sobre cosméticos infantis... achei bárbaro e resolvi divulgar!


Além dos riscos de alergias (algumas delas podem levar ao choque anafilático), manchas e outros incômodos como coceira e necessidade de medicação podem ser evitados se observarmos certos critérios.


Como na brinquedoteca da escola sempre tem maquiagem e esmaltes, vou enviar essa dica também paa a direção e coordenação de lá...




Hoje estou com a macaca!

Estou mesmo com a macaca: não paro de escrever.

Como a mulherada dos grupos que pretendem se encontrar pediu, aqui vão minhas sugestões de presentes baratinhos de amigo-secreto (sim, pra mim o hífen não morreu!):

  • Livros: 1) Chico Buarque: histórias e canções - autor: Wagner Homem, editora Leya. 2) A mulher do viajante no tempo - autora: Audrey Niffenegger, editora Suma de Letras. 3) Um otimista incorrigível - autor: Michael J. Fox, editora Planeta.
  • Havaianas diferentes, coloridas, com tiras estilizadas.
  • Acessórios.
  • Lenços ou cangas.
  • Chapéu pra me proteger do sol e manter minha cútis de Gasparzinho.

Padrão de raciocínio: toupeira

Sinceramente, por que ainda insisto em comprar determinadas revistas, tipo FEMININAS?
Eu devo ser masoquista!

O que leva uma pessoa em sã consciência a ver meninas de 16 anos vestidas de mulher, com pernas finas, quadris longe de terem vivido uma gestação sequer, sem um corpo normal, inclusive apáticas e sem graça?

Eu não leio as partes sobre a nova etiqueta sexual, resoluções de ano novo, horóscopo, então me digam senhoras e senhoritas sábias do Brasil, o que me leva a procurar essas publicações?
Será a vã esperança de encontrar conteúdo inteligente nas bancas que seja divertido, interessante, bem-humorado e que não seja simplesmente receita de como levar a vida em alto rendimento em todas as áreas?

Quem disse que quero saber se os homens estão dizendo a verdade no primeiro encontro? Se devo ou não transar de ponta cabeça pra satisfazer o namorado/marido ou se a dieta da moda manda engolir caroço de manga?

Eu costumava assinar a TPM, mas de uns tempos pra cá, além de a revista chegar pra assinante aqui sempre depois de estar há dias nas bancas, passou a se repetir em páginas de homens descamisados... Vejam bem, eu gosto MUITO de homem, mas gosto de saber que eles têm conteúdo, além do físico bacana.

Falando em conteúdo, até a Trip e a Playboy costumam ter entrevistas bem mais interessantes nos últimos tempos.

Por outro lado, eu assinava a Cult, mas parecia toda uma conversa muito sisuda, com obrigação de ser intelectual o tempo todo e pouco abertas à troca de experiências; já assinei também a Mente e cérebro, mas... sei lá. As sobre educação, que assinei antes de todas as demais, falavam sempre em receitas de como ser bom professor e nunca abriam espaço pras críticas.

Será que meu nível de tolerância anda ZERO? Será que o nível médio de quem lê revistas é TOUPEIRA NÍVEL, como dizia um professor do cursinho pré-vestibular? Será que a toupeira sou eu?

Talvez por isso garimpar blogs tenha mais a ver comigo; encontro temas casuais, rotineiros, fantásticos, todos misturados e tratados duma forma que não me sinta emburrecendo quando os leio... Me sinto parte de um grupo de pessoas normais.

Para espantar a amargura ambiente: porco agridoce!


Para espantar o clima amargo e até meio azedo dessa semana cinzenta de fim de ano, resolvi fazer uma comidinha gostosa. Só que o filé de porco não queria descongelar e eu adeio descongelar coisas no microondas, acho que ficam meio borrachentas.


Aí, me surgiu a idéia de variar o porco assado (até porque a Lalá estava assando pães de queijo e não sabia quando ia liberar espaço!), picando o porco, temperando com uma pitada de pimenta do reino, temperinhos completos e suco de abacaxi. Pus tudo numa frigideira com pouquíssimo óleo de canola e deixei a coisa ferver... A carne, que já era macia, ficou uma coisa de louco!!! - Acrescentei caldo de legumes e molho pomodoro... HUMMMMM!!!!


Acompanhamentos: arroz com cebola, salada de cenoura, repolho, alface e tomate.

Precisa mais? - Nem o apetite altamente seletivo da Larissa resistiu!


As feras andam feridas, carentes...

As feras andam feridas, carentes de tudo. Sensibilizadas e magoadas, ressentidas.
Atropelando, correndo feito loucas no trânsito, xingando e provocando brigas.
Indo aos estádios para brigar.

As feras internas estão implorando por serem vistas, abrandadas e acarinhadas. Talvez seja trauma de infância, quem sabe até falta de atenção, carência de afeto.

Só que acho que cuspir marimbondos não está resolvendo.

Como as pessoas vão prestar atenção em Copenhagen se estão mais assoberbadas com suas feras interiores clamando por vingança?

Papai Noel, leia minha cartinha!!!!


Prezado Bom Velhinho,

Hoje venho dizer que não sei o que pedir de presente de natal. Talvez seja porque fiquei de saco cheio por passar 4 horas da minha tarde esperando pra saber o que foi feito do meu tratamento pra pneumonia, que não deu resultado.

Quem sabe seja o cansaço por carregar as sacolas e a satisfação de ajudar as pessoas doando tudo aquilo que não cabe, serve, ou fingíamos pretender usar.

Mas de fato, do auge dos meus 34 anos e de minha vida balzaquiana, não sei se preciso pedir alguma coisa. De fato, há coisas materiais que eu adoraria dar e receber, mas posso garantir que nada me parece inalcançável ou cuja ausência vá me tirar do sério. Inclusive acho que a falta de determinadas coisas poderia até me deixar mais humilde.

Hoje te apresentei ao Caio, que estava mais afim do meu colo que do seu, mas a Larissa foi timidamente beijá-lo e isso me deixou satisfeita, por ela ter enfrentado a timidez enorme e o receio de rejeição que a consomem ao conhecer alguém.

Acho que a motivação para voltar a estudar é o meu pedido; mais que isso, que a motivação continue, e seja alimentada pelo curso em que me inscrevi, para que finalmente eu encare de frente minha dissertação de mestrado que vai aniversariar mais uma vez sem ter se tornado uma porção de artigos, deixando uma pequena chaga no meu coração.

Quem sabe, uma pitadinha de disciplina para que coloque a atividade física como prioridade na minha vida que já foi tão ativa e atualmente é bem sedentária no quesito "extraclasse" (fora da maternidade 24hs).

E, se não for pedir demais, Papai Noel, quero uma noite estrelada para enfeitar a ceia natalina... Pode ser? - Não sou católica, então não pedirei a São Pedro!

Beijo,
Ingrid

Deu tempo pra quase tudo!


Foi disputado quase à unha o espaço, foi suado, teve percalços, mas conseguimos: fizemos a faxina nos guarda-roupas. O mais difícil, sem dúvida, foi convencer o marido que prometer usar uma roupa significa não usar por mais uma estação e que existe, sim, a necessidade de comprar algumas peças novas, só pra começar.


O bebê tirava as coisas arrumadas das prateleiras, abria gavetas e as esvaziava; a pequena queria ajudar; os cães ficaram apavorados com a quantidade de coisas saindo dos armários direto pras sacolas e ficaram andando atrás dos meus calcanhares, como quando vamos viajar (medo de ficarem sem donos, literalmente). Parecia gincana rsrsrsrsrs!


Mas valeu a pena, ah, se valeu! E tem mais: preciso ver se lençóis estão todos em condições de continuarem em uso... afffe!!!


Deu tempo pra quase tudo: falta realmente bem pouco para a casa ficar em ordem pra iniciarmos um novo ano. E parece que assim já ficou tudo mais leve... E deu tempo de ir almoçar no clube, visitar os tios e primos... Só não deu pra ir ao chá das bolsas da minha grande amiga... Mas acho que ela me perdôa...


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