Para quem duvidava...


Senhoras e senhores, respeitável público, esta é a minha cidade, Porto Alegre. Capital do Rio Grande do Sul e uma cidade linda!
Hoje, ela estava ensandecida, pois havia um evento no cais do porto, que aparece na imagem acima devido ao evento Brasil Rural Contemporâneo (http://www.mda.gov.br/feirars/), que trouxe música, gastronomia, artesanato, teatro, cursos, enfim... uma variedade de programação muito bacana.
Como nosso "centro da cidade" se localiza às margens do Rio Guaíba, foi todo mundo pra lá e, além do movimento habitual de sábado, a região do Mercado Municipal estava intransitável, difícil de acessar os estacionamentos particulares e os do evento em si.
Fiquei pensando na quantidade de gente mobilizada para prestigiar, num dia lindo e quente de sol - que chamamos de veranico de maio - no outono gaúcho e me ocorreu o quanto os espetáculos de qualquer ordem que não aparecem por aqui nem em outros estados fora do eixo Rio-Sampa-BH perdem em termos de divulgação e inclusão social. Afinal de contas, os que têm dado as caras têm preferido fazer uma seleção pelo custo e muita gente tem deixado de assistir bons programas pela exorbitância dos pressos.
Ao contrário do que (ainda!) tem gente pensando, não formamos um povo exclusivamente agrário, usando apenas bombachas e vestidos longos com saias rodadas. Não somos apenas peões de estância e prendas, também temos gostos variados e desejamos (ansiamos) por diversidade, que aqui também existe, com certeza!
Por isso mesmo, os show, peças, filmes, feiras, exposições etc. que chegam aqui deveriam prestar atenção à realidade do povo que o acolhe, claro, lembrando sempre que artistas precisam se sustentar e não vivem só de amor à profissão.
A Brasil Rural Contemporâneo, pela gratuidade da entrada, não deixou de lucrar, mas mostrou que é possível popularizar sem baixar o nível. E aqui não faço campanha alguma para candidatos a qualquer cargo público.

Parcerias


Essa semana foi rica em tudo: experiências, correrias, afetos... Até diploma de supermãe eu dediquei à dona Ciça.

Mas novidades pro blog surgiram, como sugestões, apoio, torcida, idéias para profissionalização etc. Também apareceram possíveis parceiros.

Que uma coisa fique clara: não divulgo cigarro, bebida alcoólica nem aquilo em que não acredito, especialmente se for direcionado a crianças e gestantes.

Não sou besta de assinar embaixo sem conhecer e avaliar!

Mas tudo isso deu uma massageada no ego!!!!



Conhecem o Felpo Filva?

Já ouviram falar de Felpo Filva?

Pois ele é o nosso mais novo amigo... Amado!!! Ele é um coelho muito rabugento, poeta renomado e que não aceita as críticas de uma fã, a Carlô. Tem escfrita cursiva, datilogravada, tem telegrama etc. Várias formas de escrever e muito sobre comportamento.


Aqui virou leitura obrigatória e a profe Magali até já pediu emprestado!!!



Vida

Essa música era uma marca registrada da afiliada da rede Globo aqui no Rio Grande do Sul. É linda e eu a ouvi tantas vezes quando criança que acho que sei até decór.
Ela está aqui em homenagem às gurias, que ontem se reuniram para comemorar um aniversário, mas que viram que tínhamos tanto, mas tanto a comemorar que estávamos custando a nos despedir, mesmo com a filharada esparramada nos nossos colos e apesar do sono após uma semana corrida...
Essa foto é de quando eu esperava o Caio. Estávamos numa festa de ex-alunos do colégio. Me dei conta de quão pouco investíamos nisso na época de crianças... Bom, naquele tempo era um custo ter máquina liberada pelos pais!
Hoje todo mundo tem milhares de fotos digitais, não impressas... bom, isso é conversa pra outro post.
Vamos a ela, a música:


Vida

(La Salle) - Composição: Calique/garay


Vida é chuva, é sol

Uma fila, um olá

Um retrato, um farol

Que será que será

Vida é um filho que cresce

Uma estrada, um caminho

É um pouco de tudo

É um beijo, um carinho

É um sino tocando, uma Fêmea no cio

É alguém se chegando

É o que ninguém viu

É discurso, é promessa

É um mar, é um rio

Vida é a revolução, é deixar como está
É uma velha canção,

Deus nos deu, Deus dará
Vida é a solidão, é a turma do bar

É partir sem razão, é voltar por voltar

Vida é palco é platéia, é cadeira vazia

É rotina, odisséia, é sair de uma fria

É um sonho tão bom, é a briga no altar

Vida!!!

É um grito de gol

É um banho de mar

É inverno e verão


Vida!!! É mentira, é verdade

E quem sabe a vida é da vida razão.

Arejando as idéias

Eu não sou assim... uma cabeça das mais privilegiadas, mas gosto de ler e trocar idéias. A idéia de ter um blog foi justamente essa: fazer contatos, abrir as janelas da alma e ampliar horizontes. Arejar as idéias, mesmo.

A Dri Viaro falou lá no "Mãe, esposa, trabalhadora..." (http://www.driviaro.com.br/) que o site do Câncer de Mama precisa de ajuda. Precisa, sim!

Vamos lá clicar muitas vezes pra que possam ser realizadas mamografias gratuitamente!!!

É esse o site: http://www.cancerdemama.com.br/ - o Instituto NeoMama está tentando fazer a sua parte e pra nós um clique não é nem perda de tempo, é acesso a um mundo de informações!!!

Tenho uma proposta: que tal todas participarmos do PROJETO TOQUE-SE (explicadinho no site) e colocarmos a foto nos nossos blogs? - Assim que arrumar uma impressora, já que a minha resolveu surtar, vou fazer e postar!

Conto com a colaboração de todo mundo. Até porque homens também podem ter câncer de mama, sabiam???

Músico de 20 anos toma overdose de viagra

Li no www.terra.com.br/gente que um jovem músico alemão estava em Taiwan e tomou overdose de viagra, sofrendo seus efeitos por 2 dias. COMO ASSIM, precisando tomar viagra aos 20 anos????!!!!



Tom Kaulitz é o nome do rapaz, que alega ter sido convencido por um homem num mercado a tomar as pílulas para DISFUNÇÃO ERÉTIL antes de uma festa com fãs. - Peraí, mas o piá não tem personalidade pra saber dizer NÃO?!



Ele tomou uma série de pílulas, não satisfeito em tomar uma só, em duas doses. Felizmente, resultou em visão turva e dores de cabeça, conseqüências comuns já que o remédio, de acordo com a bula, assim como congestão nasal, náusea e outras.



Tendo entrado no mercado em 1998 e apenas tendo concorrentes similares a partir de 2001, o Viagra, do laboratório Pfizer reinou absoluto e é o nome pelo qual a "pílula do amor" é mais conhecida no mundo todo.



A questão aqui colocada pelo ridículo da situação é: um rapaz que, de acordo com seu irmão, vive "permanentemente excitado" e dispõe de saúde e estímulo para uma realização sexual toma overdose, está tomando medicação por conta própria, o que é um erro gravíssimo... Além do que me pergunto que necessidade é essa de parecer tão viril (ai, como sou ultrapassada, com minhas gírias idosas), másculo, fodosão que não suporte transar naturalmente.



Será apenas falta de diálogo familiar, tara ou a pressão sociocultural pesou a ponto de a personalidade dele ser fraca neste aspecto?



Preciso comentar?


QUARTA SOLIDÁRIA NO HEMOCENTRO - RS

Na próxima quarta, 19 de maio, das 8hs às 18hs, os doadores de sangue de Porto Alegre poderão participar da Quarta Solidária. Basta doar sangue no HEMORGS (Hemocentro do Rio Grande do Sul) e colaborar nesta corrente pela vida.

A ação solidária entre a entidade e a rádio tem como objetivo regularizar os estoques de banco de sangue e acontece na tercerira quarta-feira de cada mês.

Atualmente menos de 1% da população doa sangue. Se 4% da população doasse sangue, regularmente, não haveria problema no abastecimento do banco de sangue do Hemocentro do Rio Grande do Sul.

Para ajudar basta levar a carteira de identidade (ou documento com foto), ter entre 18 e 65 anos, boas condições de saúde, não ter tido doenças infecto contagiosas. Pessoas com pressão alta, que tomam medicação controlada, caso estejam com a pressão monitorada no momento da doação, podem doar.

Quem fez a vacina contra a gripe A deve esperar 48 horas para doar sangue.

Estaremos no dia 19/05 desde a manhã trabalhando e, das 14h às 16h, a unidade móvel da Rádio Pop Rock estará no HEMORGS repassando informações aos doadores.
Estarei lá, com certeza, enquanto a Larissa estiver na escola. Sou voluntária da Chico Viale!

A idade pesa, o que semeamos também


Fico pensando no quanto o que semeamos ao longo da vida é importante. Uma história que pode ter um enredo bacana tumultuado por não aceitarmos as pessoas e suas escolhas como elas são, pode desencadear conflitos, afastamentos e uma difícil possibilidade de conversa e perdão, depois de anos nesse ritmo.


Preocupada com cenas que tenho assistido e histórias que acompanho de perto, não quero que a frieza tome conta do meu coração. Que o rancor substitua a ternura, a mágoa tome conta e o peso substitua a alegria.

Seja no casamento ou na relação familiar, deixar que as lacunas de silêncio incômodo substituam o silêncio de satisfação, ou que os abraços sejam trocados por apertos de mão e que as refeições deixem de ser confraternização, mas um ritual obrigatório não é vida.

Não desejo chegar ao fim da linha com a sensação de que o tempo escoou pelas mãos.

O gongo soou, depois falo mais sobre isso.

Essa receita também não é minha


HUmmm, adoro uma receita nova. Eu hoje estava doida pra postar uma receita de Macarrão-pizza, que aprendi com a minha amiga Marjory, paulista. No entanto, hoje estaav dando uma ajeitada nas madeixas quando a Ana Morena, uma conhecida lá do salão, passou essa receita de


MACARRÃO AO FUNGHI SECCHI


1 pacote de macarrão à sua escolha

1 pote de nata/creme de leite fresco

1 pacote de fungos desidratados (hidratar depois em água, dar uma fervidinha e reservar)

2 cebolas

Margarina, pra refogar


Facinho: refogar a cebola e, quando estiver mais molinha, acrescentar os fungos hidratados e picados. Depois de refogar um tempinho, colocar todo o pote de nata - não usar o creme de leite comum porque seca, fica duro mesmo, facilmente, logo depois de começar a esfriar.


Depois de tudo misturadinho, é só colocar por cima do macarrão e servir!


Cai bem com um vinho tinto forte e amigos bons de papo.
[A foto eu tirei da internet porque estou curtindo uma tremenda dor no braço graças à vacina da gripe H1N1 e o Alemão resolveu cozinhar pro meu sogro que está hoje veio nos brindar com sua presença e desopilar de ficar no hospital com a bisavó das crianças.]


Crescer e deixando crescer


"Reconstruir é sempre inventar", já dizia Eça de Queiroz. Pode parecer postagem para o twitter, mas nesse caso é a minha realidade que cabe nesta frase.

Estamos tentando dar um basta nessa vida de "apenas" pais e retomar uma vida sociocultural de casal, mas como é fácil nos acomodarmos!!!

É o frio que chegou com o outono, a vacina contra gripe H1N1 que dói o braço... NÃNÃNÃ... Amanhã teremos cinema com sono ou sem. Se não colocarmos agendado, periga a gente desmarcar ou esquecer, tamanha a correria de cada novo dia.

Essa semana acabamos desmarcando de novo a aula experimental de Pilates, mas porque fiquei presa no trânsito, óh, céus!!! Mas não vamos desnimar, porque antes de sermos papai e mamãe, coisa que adoramos, éramos colegas que se tornaram amigos, o que demandou tempo e investimento de energia, é claro.

Anos se passaram e nos tornamos namorados e num curto espaço ficamos noivos, fomos morar juntos e quando vi, estava num altar, porque não sonhei, mas o Alemão disse que ele tinha sonho. E sonho é sacanagem a gente boicotar - acabei até me emocionando, adorando e tenho ótimas recordações desse dia.

Como muitos altos e baixos já aconteceram, dessa vez está acontecendo de espontaneamente nos movimentarmos. Acreditam que desde dezembro não fazíamos programa de gente grande? Pura verdade! E segunda fomos jantar com um casal de amigos que tem filhos adolescentes/jovens adultos, muito bom. Mas com a desculpa do frio, as crianças não foram. estava bem frio mesmo. Mas foi uma experiência ótima, até sentir saudades, mas estar tranqüila porque estavam em boas mãos e abrigados, enquanto nós dávamos risadas com conversas de gente grande, que pra eles seria um saco.

Tem horas em que precisamos parar de sofrer porque as crianças crescem, né?
Meu luto por isso foi no desmame do Caio. Revivi o desmame da Larissa, como mãe típica canceriana que sou. Mas meu ascendente sagitário me avisou que esse era um sinal de "avançar, seguir em frente" e retomar um pocuo de cada vez, a minha vida.

Não me sinto mais pressionada a voltar ao mercado de trabalho, mas estou doida pra fazer um "revival" de língua alemã, ou de LIBRAS, mas também me atualizar pra voltar a lecionar.

Reconstruir é inventar, não foi o que o cara disse?

Já estou começando a inventar...

Operação Biquini - o desembarangamento continua!


Gentemmm, que coisammm... Ontem fui dar a continuidade à avaliação física que comecei já faz mais de um mês no clube (sim, lá o médico não examina apenas os dedos pra ver se tenho pé-de-atleta). O início foi com avaliação ergométrica por lá mezzzzmo, mas como eu andava meio guenza, a médica pediu uma análise mais completa da coluna.

Lá fui eu pro ortopedista e ele me analisa, conversa, explica (o Dr. Moretto é um queriiido!) que eu ganhei peso com 2 gestações e a coisa de adaptação dos hormônios após retirada total de tireóide, então fico nesse efeito sanfona (leia-se velha e flácida!!!), pareço andar com uma bóia de patinho (furada) na cintura, enfim... que ele recomenda natação por não ter impacto nas articulações e musculação desde que seja com baixa carga e muita repetição porque não quer que eu fique inchada, mas "longínea" - e eu fiz questão de entender SÓ VOLTAR QUANDO ESTIVER GOSTOSA, MINHA FILHA!

Aff... Ele disse que mãe tem que ser em forma também - e eu não sei? - porque tem uma demanda física e tal... Mas fiquei revoltada porque com tudo que corri e me empenhoo diariamente, meu fôlego no ergométrico tive uma avaliação tida como RAZOÁVEL, mas depois respirava disfarçando, só que quando saí da sala, me sentia praticamente uma asmática.

Ontem fiquei presa no trânsito porque fomos levar a melhor amiga da Larissa em casa, e precisava pegar leite no "super(mercado)", mas o trânsito em dia de chuva, aqui em POA, tá parecendo a Rebouças (SP), na hora do rush. Assim, minha aula experimental de Pilates com o maridex foi pro espaço...

Meu consolo é que o doutor disse que estou mais flácida agora do que na avaliação de dezembro porque perdi mais peso... eu procuro acreditar nele, na Xuxa e os duendes...

Que tal um encontro das blogueiras gaúchas?

Estava falando com a Gisele do Kidsindoors e estamos começando a pensar num encontro de blogueiras-mães gaúchas. Não precisamos discriminar as que não são mães, mas acho que me comunico mais com as que dividem a experiência maternal, então saiu assim, desculpem, heheheh!
Topam?

Que tal aproveitarmos antes que as crianças entrem em férias de julho? - "O tempo passa, o tempo vôa"...

Quem estiver afim e tiver idéias sobre lugares, acho superválido postar um comentário!!!

Mortalidade materna



Li no http://www.delas.ig.com.br/ que a mortalidade entre mães diminuiu, de acordo com o Ministério da Saúde. A discrepância entre as regiões é tanta que dá vergonha... Em Curitiba, há 12 mortes para cada 100 mil nascimentos (região Sul:189/100.000), enquanto na região Nordeste é de 543 para o mesmo número de partos.

É chocante, mas ainda tem lugares onde o SUSto não cobre partos, nem pré-natais. E tem gente que tem uma cidade com bons recursos na saúde pública, como aqui em Porto Alegre, mas não faz pré-natal, achando que basta comer por duas pessoas que "não dá nada".

Mais do que criticar a falta de informação ou de responsabilidade, penso na quantidade de dinheiro arrecadada em impostos - em SP o impostômetro contabiliza mais dinheiro do que o PIB deste país! - e nas pessoas que elegemos para gerir nossa saúde, nossa distribuição de renda, nossa educação e na diferença que tudo isso faz na vida duma pessoa.

Me sinto privilegiada por brigar com o plano de saúde para que cubram algo que é de direito, como realização de exames e terapia, por exemplo. Mas essa é a realidade de quantas pessoas???

Sou daquelas que acreditam que a forma pela qual se chega ao mundo é determinante para como será a vida de uma pessoa. Por isso sempre achei o máximo partos na água, pais que assistem e filmam ou até desmaiam diante dum parto (soube que tem gente cobrando pela presença paterna na sala de parto, coisa absuuurda!), parto humanizado, doulas, assim como invejei as amigas que conseguiram passar pelo parto natural em questão de segundos, quando fiquei hoooras em trabalho, mas o parto acabou sendo a cesariana.

O direito à saúde não deveria estar à mercê de gente que não se importa. Estudar deveria ser prioridade, porque povo informado tem saúde melhor, trabalha melhor, faz escolhas diferentes,cria opções. Mas como crer que o povo fará boas escolhas se deixa pra fazer o título eleitoral no plantão de domingo, último dia para ter em mãos algo que vejo como um passaporte para dias melhores?



["Pregnant Barbie" é um produto da Mattel.]

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Obrigada pelo selinho, nova amiga MOCHILEIRA! É um estímulo poder pensar que do turbilhão que me vem à mente diariamente algo pode ser útil, divertido ou fazer pensar...
Então, indico este selo para quem???
Beijos às "contempladas"! Elas são pessoas que merecem ser visitadas!


Unidas contra o embarangamento precoce!

"Tem que correr, tem que suar, vamos lá...


Musculação, respiração, abre o pulmão, vamos lá! (...)

Verão chegandooo / Quem não se indireitar, não tem lugar ao sol (...)"


Eu sou caquética, tenho memória de elefante pras besteiras e essa música torturadora e brega nunca saiu da cabeça. O pior foi que internalizei a ponto de achar que deveria me esconder debaixo da canga, durante anos.

Toda essa neurose de estar com tudo em cima mais por estética do que por saúde acaba com a auto-estima de qualquer brasileira já que moramos no "país tropical, abençoado por Deus e bonito por natureza".

Não tem lugar pro feios, pobres, gordos e mal amados? Imagina quando a pessoa embaranga precocemente devido à ação do tempo e da gravidade unidos? Se a pessoa é vidrada em desenvolver sua "musculatura intelectual" e fica sedentária por longos períodos de tempo - é o meu caso, então, é fatal.

Como eu cansei de tudo isso e não pretendo mais me esconder nem ter desculpas para ir de bermuda para a praia, resolvi agir. Veja bem, não pretendo adolescer e andar de mini-saia, competindo com a minha sobrinha de 17 anos. Só quero olhar pro espelho e não me sentir cúmplice do embarangamento precoce que tem me atingido.

Sempre curti fazer químicas mirabolantes de hidratação em casa e das pinturas malucas que resultavam em pedir socorro pra Rô, minha santa cabeleireira, já abri mão. De vez em quando até consigo manter uma certa disciplina nos tratamentos que a dermato dá, mas acho um saco, eu confesso. - Quem não quer soluções prontas, sem demandar esforços?
Gostaria de ter muita grana disponível para investir em tratamentos estéticos que resultem em algo palpável, mas também estou fazendo Yoga e amanhã vou ver se o ortopedista me autoriza a fazer natação ou musculação, porque só alongar e meditar, filosofar não é suficiente pra gastar as calorias acumuladas e que agora, sem amamentar há quase 2 meses, não têm ajuda orgânica para saírem de mim correndo!

Semana passada fui surpreendida pelo convite para experimentar uma linha de hidratantes (êêê!!!) que será lançada em breve; me achei tri chique! E, para colaborar, ando fazendo limpezas de pele e umas drenagens linfáticas, coisa que morria de medo de fazer quando estava grávida e minha GO disse que tinha razão de ser. Que essas artistas malucas que comem só papinha de bebê, fazem drenagem linfática e endermoterapia na gestação são loucas e podem prejudicar seus filhotes à toa.

Não gosto de dietas radicais e procuro (também gosto de) ter uma alimentação saudável, me permitindo umas tranqueiras de vez em quando, porque não sou radical; mas como experimentei o que é uma TPM depois de tantos meses sem menstruar, vi que isso pode detonar com uma certa disciplina alimentar, não vou deixar barato: pra não precisar parar de experimentar coisas gostosas, vou começar no outono aquilo que meu marido dizia debochando: a "operação verão".

Vamos ver do que sou capaz. Eu doida pra fazer bonito na lingerie e adorando a idéia de ficar mais "gostosa" e a minha porção que luta contra a pressão da revista Boa Forma não me boicota, mas avisa que estou caindo numa armadilha... quem pode mais? Ambas unidas contra o embarangamento precoce!
[Fotos: Marcos Valle, compositor da música citada e Cláudia Raia e Jô Soares no quadro "Vamos Malhar", do extinto programa Viva o Gordo.]

Pensando sobre os posts alheios no dia das mães






Foi pensando sobre o post da Iara, do http://foifeitopraisso.blogspot.com/ que me peguei pensando como é que a gente decide ser mãe ou não ser.

Sempre pensei que adoraria sê-lo, adorava brincar de bonecas e imitar as mães que me servem de referência até hoje; não apenas a minha, que é tudo aquilo que falei ontem e muito mais, mas também as minhas madrinhas, as vizinhas, as que via nas páginas da revista Pais & Filhos que a mãe lia... As que encontrava nas salas de espera de dentistas e pediatras também. Ih, foram muitas!

Uma coisa é certa: só entendi muitas das coisas que a mãe fazia, desejava experimentar e como reagia de vez em quando me tornei mãe. É muito estranho, a gente quando se dá conta, por mais que tente espantar alguns dos hábitos familiares, acaba por mantê-los; por vezes, o que acha bacana perpetuar, os filhos detonam; acho, na verdade, que os filhos vêm pra bagunçar o coreto e colocar em xeque as certezas, as críticas que tínhamos sobre os filhos dos outros ("ah, se fosse meu filho"), porque quando querem, eles são mais intensos do que tudo aquilo que tínhamos pavor de assistir.

Mas eles são capazes de nos dar lições profundas e semear interrogações com o simples gesto, por nos conhecerem, imitarem, provando que todo discurso é vão se as atitudes são o melhor exemplo; nos pegamos contraditórios e vemoes que eles espelham tudo aquilo que não conseguimos perceber em anos de terapia. Eles nos levam ao limite. Em todos os sentidos.

Por mais que me achasse preparada pra ser mãe... Larissa e Caio provaram que ninguém está tão preparado assim.

A maternidade é mais do que instinto; a gente vai aprendendo na prática e não acerta sempre.

Por isso, medonhos, eu digo que tem dias em que penso em como vocês conseguem ser tão maravilhosos, brilhantes, apesar da mãe que têm. Tenho vários erros na bagagem, mas minha auto-crítica também me leva a lugares que só podemos chamar de consciência.

Por isso, o melhor que pude receber da vida são vocês; nenhuma tese de mestrado ensinou tudo o que vocês teimam em ensinar, principalmente sobre humildade - esta que confesso que não costumava ter.

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Ainda sobre dia das mães e tal, minha ida à serra foi por água abaixo, literalmente. Fui dormir às 3h30min de hoje porque nosso Bob Esponja vomitou pela casa e fez xixi na nossa cama, enquanto o Patrick, o nosso outro cão, fazia cocô pela sala - sim, eles foram levados para passear. Parecia conjunção astral para mudarmos o roteiro, quando a chuvarada começou e tínhamos de secar edredons, ver se os cães melhoravam e fiquei com o coração cachorreiro inquieto sobre deixá-los aqui sem cuidados maternais e paternais.

Assim, acordamos, vimos a chuva e acabamos recebendo as crianças pra dormir mais um pouco na nossa cama, apertadinhos, mas uma delícia, porque cheiro dos filhos e carinho deles enquanto dormem é fenomenal...

Acordei meio bêbada de sono e vi que até tinha uma nesga de sol, mas não quis acordar a galera. Falei com a mãe, a vovó, a minha tia, a sogra (essa que parece mais mãe do que sogra)...
Quando o pessoal acordou, já estava meio que preparando café, nem sei direito, continuava meio perdida.

Mas tivemos um almoço muito gostoso com meu irmão e meus pais lá na AABB. As crianças curtiram um monte a pracinha do clube com o vovô enquanto nós continuávamos no maior papo e constatamos que sempre temos assunto, mesmo que nos falemos 3, 4 vezes ao dia.

A gente fala pelos cotovelos mesmo, talvez até tenhamos deixado o Mano e o marido tontos.

Falando nisso, estou meio guenza e as crianças continuam a mil. Vou ver se coloco todos na cama e termino a hidratação no cabelo, que amanhã a agenda está repleta de compromissos e preciso ter cara de quem se cuida quando me olhar no espelho. Um mimo pra mim mesma.

Amanhã vejo se coloco as nossas fotos deste domingo que está muito gostoso, repleto de carinhos quentes, como diz o livro do Shinyashiki.


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