![]() |
Imagem retirada de: http://alfaconnection.net |
Blogagem Boletiva: Raiva!
Separando o que é nosso do que é dos outros
Já comecei a fazer terapia algumas vezes. No início é uma coisa meio esquisita, falar de coisas íntimas com alguém que não tem nada a ver com qualquer coisa que tenha vivido, não conhece os detalhes das minhas histórias nem os personagens, mas também alguém que não deixará ser conhecido a não ser profissionalmente.
E aí, já abandonei algumas vezes, como parte do meu eterno processo de desejar estar no controle da situação. Daquela coisa incontrolável de tentar fazer tudo certinho, de conseguir fazer algo funcionar bem, de ser aprovada e também de me aprovar, de conseguir superar as próprias expectativas.
Mas pela primeira vez estou parando pra pensar no que é minha carga, no que é cobrança dos outros ou o que eles pensam de mim e se isso deve ser preocupação minha... Ok, tem coisas que qualquer um dos bons amigos já deve ter dito e eu devo ter ouvido, mas não consgui praticar.
Se colocar como prioridade pra quem sempre colocou os outros à frente de si mesma parece um crime, um pecado; é realmente complicado de fazer. Mas não deve ser impossível, só que pode ser bastante sofrido. Até porque a gente cresce internalizando que ser mãe é padecer no paraíso... Olha que absurdo!
Ser mãe tem suas demandas, batalhas, situações-limite, barreiras e conflitos com certeza, mas não deveria ser sinônimo de sofrimento, de abrir mão da própria felicidade, privacidade ou de viver coisas bacanas.
Tem gente que ama; tem pessoas que confundem amar com não querer ficar sozinho, com medo ou proteger tanto os seres amados que chegam a sufocar. Não quero estar entre os últimos. Mas sei que posso fazer isso e me tornar autoritária.
Pensar a respeito dos comportamentos que não são bacanas, que boicotam relacionamentos, que são repetições do que aprendemos com exemplos ou que temos porque é a forma que encontramos para nos sentirmos aceitos...
Por outro lado, temos coisas bacanas que nem percebemos, que desvalorizamos ou banalizamos, que não conseguimos perceber e que às vezes precisamos dizer para nós mesmos. E aí entra a terapia. Pra que consigamos dizer pra nós mesmos, direcionados pela competência de um especialista em sentimentos(!), aquilo que estamos precisando urgentemente ouvir pra podermos crescer.
Tem horas em que questiono tudo isso e tenho vontade de sair correndo, porque é a minha prepotência dizendo que consigo dar conta de tudo e de todos. Que abraçando o mundo eu me sinto melhor, uma pessoa boa, um ser mais "humano".
Pensar nas coisas da gente é egoísmo? - Acho que estou aprendendo aos pouquinhos que não...
Silêncio!
Horizonte cultural
Penso que é fundamental fazer o mesmo pelos meus filhos.
Fiquei muito feliz que o Alemão tenha convidado nossa filha pra aproveitar parte do dia com ele! Como geralmente ele pode tirar uns dias trabalhando em casa, mas com crianças fazendo folia complica, sugeri que aproveitasse as tardes, quando a Larissa está na escola e o Caio pode me acompanhar em muitas coisas, pra trabalhar, e então ele teve uma idéia brilhante: buscar a árvore de natal no centro da cidade de ônibus - ela adooora andar no banco do fundo -, depois ir ao Mercado Público para tomarem uma bomba royal (ver foto) e depois passarem no trabalho do meu pai pra netinha curtir o trabalho do vovô Rui (última foto).
O centro de Porto Alegre é muito interessante, tem de tudo: prédios antigos misturados às lojas, que convivem com camelódromo, ambulantes, hippies, prédios mais modernos, um cheiro de cultura pairando no ar com Biblioteca Pública, Palácio do Governo Estadual (Piratini), Solar dos Câmara, Casa de Cultura Mário Quintana, Usina do Gasômetro...
Passaram rapidamente pela Feira do Livro, mas acho que não estava em funcionamento ainda... (Aliás, quero conhecer o espaço gastronômico do Santander Cultural!!!)
Pelas fotos que recebi no celular e pelas expressões felizes no retorno, valeu a pena!
Ontem mesmo li no site da Folha de São Paulo que os pais oferecem aos filhos uma visão mais abrangente de mundo, que vai além dos braços maternos. Foi uma reflexão bem interessante...
Fico feliz principalmente porque agora que não moramos mais em São Paulo, encontrei várias dicas de passeios diferentes que não posso aproveitar rapidamente, mas que dividi com as amigas que moram por lá... Sair do quadrado é tão bom!!!

http://www.portocultura.com.br/
Vacinamos em excesso?
Revolucionando em pequena e média escala
Costumo acreditar muito nas pequenas e médias revoluções, assim como nas de larga escala. Particularmente, tenho procurado mudar positivamente os espaços onde circulo, quando vale a pena mexer nos tais nichos.
Hoje coloquei em ação a lista de pensamentos, reflexões e sugestões sobre várias coisas que me afligem na escola da filhota, tais como incoerência entre a separação de lixo no pátio quando não se faz isso nas salas de aula. Eu sou pentelha mesmo, questiono, fuço quando acredito que tem fundamento.
Quero só ver as respostas que vão dar... Torço pra que sejam positivas!
Ser mãe e imperfeita
Parece que as coisas não batem; ser mãe é um verdadeiro paradigma: como ser mãe, se sou tão imperfeita?
Tenho uma mãe-modelo, também cheia de falhas, enfim... Humana. Mas exijo pra caramba de mim e cobro constantemente melhorias. Cada vez mais acho que preciso de aperfeiçoamento para ser boa mãe. Por isso, estou constantemente me desconstruindo, reconstruindo, tentando inovar, melhorar, me tornar um lugar melhor de se viver, como diz a Martha Medeiros.
Por mim e por eles... Caio e Larissa valem a pena. Demais!
Pra isso mesmo, pra pensar neles e em como ser feliz sendo mãe 24hs, independente de trabalhar fora, que estou começando esse blog. Hoje. Porque antes eu não conseguia levar adiante, mas talvez agora consiga seguir em frente!