Quem conversa com as mães de crianças maiores de 4 anos?

Tudo bem, eu sou chata. É a minha natureza. Questiono demais as coisas, rumino pensamentos, reflito, fico dias em cima do mesmo tema até chegar a uma conclusão. Não espero que isso deixe de ficar evidente, já me aceitei como sou. E tem uma coisa que faz muito tempo que não me sai da cabeça: quem conversa com as mães de crianças maiores de 4 anos? Quem as ouve? Quem se interessa?

Quando penso sobre publicações direcionadas à maternidade, temos aqueles chavões sobre como ser a mãe perfeita, como deixar as crianças se desenvolverem desde o primeiro dia de vida com independência, como estimular a inteligência do bebê, como continuar bela e sexy durante e pós-gestação com exemplos de mulheres famosas que se esgoelam em exercícios e dietas malucas que não fazem minha cabeça... Isso me dá uma preguiiiiça!!!

Mas esse não é apenas mais um post pra dizer "eu sou mais eu". É para dizer que gosto de ouvir e ser ouvida. E não me reconheço nas publicações femininas que tenho encontrado. "Você levou um fora: parabéns"(ou algo do gênero), "guia do orgasmo", "o que ele quer dizer na verdade quando fala..." também não é exatamente o que eu procuro quando leio um livro ou uma revista. Guias de como segurar um homem atualmente, no fim das contas, não me fazem pensar em algo muito diferente do que lia nas revistas como Seleções das décadas de 1950 e 1960, que encontrava guardadas na casa da minha avó paterna. Será que alguém aqui entende o que digo?

Por isso, já faz tempo que comecei a mirabolar algumas ideias sobre como gostaria de encontrar em textos ou post para uma mulher adulta, que tem muitos interesses, entre eles ter um tempo em que não seja vista "apenas" como a mãe da Larissa e do Caio - o que define muito sobre mim, com certeza -, mas que me fosse ao encontro dos muitos outros interesses que tenho na vida, como cultura, carreira, estudos (meus e das crianças, lógico), relacionamentos, cuidados com a saúde - sem que isso significasse a ditadura de "ficar sequinha". 

Esses são interesses que toda mulher tem, especialmente aquela que já se deu conta de que seus filhos conquistaram, com seu apoio, uma independência bacana e condizente com sua idade, portanto se sentindo à vontade para expandir seus horizontes voltando ao mercado de trabalho ou mudando de profissão, voltando a fazer atividades que havia parado como opção por um espaço para viver a maternidade, seja trabalhando, seja em tempo integral. Enrolada na rotina e tentando continuar ativa como amiga, mãe, namorada, mulher! Tendo dúvidas e experiências que não aparecem, porque as crianças das capas de revista são as fofinhas, pequenas. - E quem disse que aos 8 anos minha filha é menos fofa ou interessante? Que não tem questões que valham a pena discutir?

Quero ser tratada como uma mulher a caminho do amadurecimento. E resolvi começar por mim mesma! Em breve o blog Desconstruindo a Mãe será uma coluna do site Mãezona, que está em construção. Mãezonas são aquelas que vivem a alegria, a bagunça, a falta de horário,  a flexibilidade, tudo o que surge com a maternidade, mas que não precisa apagar nossa individualidade. Aguardem!  


Imagem: http://www.mindbodygreen.com/

"O que faz você feliz"?

Mesmo quem não vive na região sudeste do brasil conhece um jingle de supermercado cujo verso ficou famoso na voz de Seu Jorge: "O que faz você feliz"?

Desde abril estive sem dar atenção para o blog. Sentia um ranso, tinha um estranhamento no ar. Eu não era mais a mesma, nem o Desconstruindo era o que eu desejava que fosse naquele momento. Talvez pelo que andava vendo que boa parte dos blogs maternos vinha se transformando e eu não desejava que  o "meu cantinho" se transformasse.


Imagem: http://beaverspondpress.blogspot.com.br/



Algumas das coisas que me incomodavam eram o excesso de "sou a mãe perfeita"; "eu tenho, você não tem"; competições desleais e ofensas anônimas e outras nem tanto porque as pessoas divergem ou convergem em opiniões e vi que as coisas não precisavam ser assim, portanto não contariam com minha força para que se espalhassem pelas redes ou por onde quer que fosse.

Ao mesmo tempo, a vida foi exigindo que me posicionasse e desse limites em outras situações e vejo que essa é uma das missões que me são dadas.

Enquanto o blog for para render diversão, relfexão ou até dinheiro, coisa que pouca gente admite que deseja que aconteça, eu estou aqui. Felizmente, sou uma pessoa comum... Meu papel não é o de superstar. Nunca foi!

Nesse tempo de ausência, muita coisa aconteceu: voltei a estudar, coisa que adoro! Também descobri que quando se acredita num projeto, me faz feliz trabalhar, falar sobre isso, educar e curtir a companhia dos filhos, dos amigos, ver filmes, aprender línguas, tanta coisa...

Talvez o ar renovado, que a chegada de setembro traz, seja o grande "culpado" dessa minha vontade de me reconciliar com o blog. 

Acima de tudo, me motiva o carinho dos amigos. Nesse período de afastamento, amigos que nem imaginava me deram uma injeção de ânimo para voltar. Em especial agradeço a Toninha Ferreira, que todas as semanas me deixava uma mensagem carinhosa. E também a um grupo de pessoas que não tem preço, porque, contrariando todas as previsões, se manteve firme nas adversidades: Fê Iasi, Vanice Santana, Lia Marcondes, Luciana Feitoza, Denise Lopes, Renatha Kluiber, Lena Simões... Que mais que "divas", como nos chamávamos num dado momento, são irmãs de alma.

Então, aqui estou. E vou celebrar com uma música maravilhosa:



Marido não é filho, graças a Deus! Ou: "não era amor, era cilada"!

Cenário 1: me despeço do marido e do filhote para ir ao happy-hour que começou às 21hs com as mães de amiguinhas da Lalá. Ela, por sinal, passou a noite em casa de uma dessas amigas. Os dois "meninos" da casa ficam ótimos, claro, aproveitando a noite como gostam: vendo filmes, jogando no iPad, tendo seu momento juntos. 


Cenário 2: Em uma loja de roupas masculinas, dá-se a cena: boa parte dos homens perdidos no meio de araras, enquanto algumas mães (algumas idosas, de filhos mais que barbados), esposas e namoradas aguardavam que seus acompanhantes experimentassem as roupas  e se decidissem sobre o que levariam (ou não). Muitos não pareciam ter ideia do que faziam ali, se sentiam embaraçados ou, pelo menos, desconfortáveis. Alguns esboçavam vergonha depender desse aval ou pressão para comprar as próprias roupas. - Sim, sei que existe uma fama de que homens não gostam de sair para fazer compras. Mas... Nem para si mesmos???






Imagem: http://economia.ig.com.br/




E aí foi que parei para pensar como muitas dessas mulheres, que lá estavam, tomavam decisões por esses homens: cor, modelo, a camisa certa para tal ocasião, enfim, faziam aquilo que hoje faço pelo Caio, que tem 3 anos, mas que já faz tempo que tem seus momentos de escolher que roupa usar e sabe dizer na ponta da língua que sua roupa preferida é a fantasia do Batman, que insiste em levar às terças-feiras para a escola porque é dia de brinquedoteca e lá é permitido trocar o uniforme pela fantasia e tem até um cabideiro cheio de opções.


Teria muitos cenários a relatar, mas... Algo do que falei aqui é estranho à mulherada?


Nesse universo de "criar uma criança" (estranho, as palavras parecem dizer que se trata de alguém sem personalidade nenhuma, mas desde o primeiro dia já foi despontando a de cada filho, não sente-se assim?), muitas vezes fazemos diferença na forma como direcionamos e ensinamos uma menina e um menino quanto às suas responsabilidades, aos seus limites e ao que lhes é permitido fazer. Por isso, juro que tento que o Caio tenha noção de que a roupa que ele tira para tomar banho precisa ser lavada e que, então, nada mais justo que, assim como a Larissa, pode levá-la ao cesto na área de serviço do apartamento, por exemplo. 


Histórias como a da Branca de Neve, que chega para organizar a vida dos sete anões, não é nada sutil em dizer qual deve ser o papel de uma mulher na vida de um homem; ela não apenas é protegida pela presença masculina, posteriormente salva pelo príncipe, mas é ela quem vai fazer a sopa e a torta, encantar com sua beleza, arrumar a casa... E isso não é o que desejo para a minha filha! E vale o mesmo para o Caio! Não desejo que ele apenas entenda de futebol e carros, embora sejam os temas que o interessam agora. - Claro, ela precisará saber se virar, se alimentar, organizar a casa dela para viver num ambiente "habitável", mas terá opções além dessas de quais papéis deseja viver na sociedade em que é membro importante para o funcionamento. E, caso escolha ser dona de casa e mãe em tempo integral, será apoiada, se for um desejo verdadeiro.


Imagem: http://blog.death-animes.com/archives/9788




Vejo que é comum também o comentário entre amigas sobre sogras que ficam pitacando sobre como "adestrar", ou conduzir o relacionamento com seus filhos, a pretexto de que o entendimento do casal seja perfeito. Ora essa: elas querem é que o esquema em que os acostumaram continue o mesmo, pois não gostam de ser questionadas sobre como os educaram! Daí muitas as piadas sobre a disputa entre noras e sogras! Graças a Deus, maridos não são filhos (nossos), são adultos criados e que têm muito potencial para continuar se desenvolvendo, aprendendo nas trocas e com o relacionamento conosco e com o mundo!


Imagem: http://pt.dreamstime.com/




Por isso, posso dizer com alegria que abri espaço para que a frase "tu não és a minha mãe" não volte a ser repetida em minha vida. Porque estou falando de coisas que eu fazia até pouco tempo atrás! Aí faria sentido dizer que aquela música "não era amor: era cilada (cilada, cilada, cilada!)", fazia sentido, não pode-se dizer que sufocar o outro dizendo através de gestos que ele é incapaz ou que deve se acomodar é sinônimo de amor. Porque estou deixando que ele pense sobre o que gosta ou não em muitos aspectos, tome decisões e sinta-se à vontade para diversas coisas. Mas como sou ansiosa e me acostumei a sair fazendo diversas coisas, é uma tentação difícil de suportar. Mas quando conseguimos avançar e dizer que fomos mais fortes que ela, é tããão bom!!!



É uma longa história!

Não costumo falar aqui do meu trabalho, mas ando com uma vontade imensa... Será que isso interessa a mais alguém que não a mim mesma? Bom, o blog é de uma mãe que era exclusivamente dedicada à vida familiar, mas vem buscando ampliar seus horizontes e retomar alguns aspectos que continuam sendo importantes em sua vida... Então me permito falar desse projeto em que entrei de cabeça: www.ipadnasaladeaula.com.br

É apaixonante olhar para algo que nos interesse e dizer que é possível criar em cima da ideia, de maneira divertida, inteligente e útil. E sentir-se útil e tornar acessível algo assim para outras pessoas me encantou. 

Sou professora de Ciências e Biologia de formação e fiz mestrado em Educação, uma área ampla pra caramba. Sempre tem o que estudar, novos interesses e informações surgindo. Há 11 anos defendi minha dissertação e optei por não seguir na pesquisa porque queria adquirir experiência, mas não imaginava que fosse passar tanto tempo distante, ou que seria dessa maneira, pelo menos.

Sei que fui professora de rede pública e de faculdades particulares em São Paulo, pequenas na época, mas que me colocaram num espaço especial que é o da reflexão sobre ser professora, nossa formação e isso mexeu muito comigo.

Nem sempre fui considerada "a" professora e muitas vezes tive embates com as turmas sobre a forma de encarar o trabalho que realizava por ter alunos - em sua maioria com experiência no magistério, sendo obrigados pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (de 1996) a fazer a faculdade de Pedagogia - porque muitos achavam "uó" ser corrigidos, questionados, colocados para repensar algumas posturas e costumes da nossa profissão. Mas, principalmente, detestavam quando eu dizia que éramos preparados para lidar com conhecimento, mas não com pessoas.

Bem, quando a Larissa nasceu, optei por ser mãe 24hs até me sentir à vontade para voltar ao mercado de trabalho. E foi bom demais! Mas, quando me dei conta, não estava conseguindo ter tanta vontade assim de voltar a trabalhar da mesma maneira e nem queria deixar de estar com a minha filhota ou que ela fosse criada pela babá - que nunca teve. E isso durou bastante tempo!

Acabei fazendo trabalhos eventuais em casa, principalmente pela internet. E foi aí que descobri a existência de blogs de todos os assuntos, inclusive sobre maternidade. Trabalhei com geração de conteúdo para médicos e pacientes em dermatologia e esclerose múltipla.

Quando voltamos para Porto Alegre, quando fui chamada para trabalhar em uma escola, descobri que estava grávida e contei para quem havia me selecionado... #fuéééeén... A honestidade me rendeu um tapinha nas costas e um comentário agradecendo, por telefone, que agradeciam por ter sido sincera, mas que então ficariam com um homem, que tinha ficado em segundo lugar na seleção, pois ele não precisaria de licença-maternidade.

E quando o Caio chegou, eu quis repetir a dose de dedicação, mas meu coração já dividia a  culpa por sentir necessidade de trabalhar e me realizar nesse sentido - alguém que tenha voltado a trabalhar não passou por isso? - e lutei comigo mesma, durante um bom tempo. Seria menos mãe ou amaria menos o meu pequeno por ficar menos anos em casa do que passei com a Larissa?

Pois bem, quando encontrei um meio de trabalhar com horários interessantes para mim e fazendo o que gosto, que é trabalhar com pessoas, fechou todas! Agora trabalho com reflexão acerca do uso de ferramentas tecnológicas em escolas, assessorando professores, coordenadores e direção de escolas e faculdades. Estou realizada e produzindo! Me sentindo "com as mãos na massa" e contribuindo para a busca de um equilíbrio naquilo que chamamos de educação de qualidade, pois o ensino voltado apenas para entrar em universidades me cansa, enquanto também tenho várias restrições ao que tanta gente chama de educação construtivista e que virou oba-oba.




Imagem: http://www.dc3com.com.br/site/?p=1128




Mas fiz toda essa volta porque quero dizer que acredito que num dia importante como o de hoje, é preciso colocar em pauta que vejo no meu trabalho a possibilidade de inclusão social de pessoas autistas. Os tablets estão apresentando a essas pessoas tão especiais novas formas de interação, o que lhes é bem difícil; possibilitam brincar, despertam interesses, enfim... Tem muita coisa boa para descobrir com esses equipamentos, se utilizados por pessoas preparadas e interessadas em conhecer o universo autista e o da tecnologia como uma ponte para a integração. Especialmente na Educação Especial vejo que temos muito a aprender e a descobrir com nossos alunos Portadores de Necessidades Especiais no que diz respeito a enxergar o outro e ouvi-lo, com atenção. Com carinho e aprendendo com suas famílias como é possível nossa sociedade abrir espaços e abraçar sua causa. 

Minha homenagem hoje é para as minhas amigas Geovana Centeno, Nanci Vieira da Costa e Karla Coelho, mamães blogueiras, que estão firmes no propósito de despertar as potencialidades de suas crianças. Espero que gostem do video abaixo!




Parei pra pensar e...

Sabem o que é felicidade? É ver que o clima ficou mais ameno e podemos preparar a quatro mãos uma sopa pra tomar em família; é tomar aquela taça de vinho pra comemorar que voltei a estudar e estou adorando; é ouvir do filho que fiquei linda porque pareço o Gato de Botas.

É acordar toda amassada com os sorrisos das crianças ao dizer "bom dia" pedindo chamego e pedindo pra fazer cabaninha, café na cama ou ganhar um colo porque sentiram saudades enquanto dormiam...

Pra mim, a vida pode ser simples assim e muito feliz. Ao mesmo tempo, ela é tecida com retalhos de panos complexos, que são as pessoas. E sou feliz por ter conhecido a maioria das  gentes com quem tive a oportunidade de cruzar em minha jornada.

Acredito piamente que temos a oportunidade de fazer algo diferente do usual quando temos consciência de que temos uma vida a ser vivida independente de grandes eventos que nos causem um grande choque, como um acidente ou uma doença.

Quando tive câncer de tireóide, achei que o mundo tinha aberto uma clarabóia onde todos os meus medos estavam guardados e despejado-os sobre meus ombros. Mas havia também uma força interna poderosa, a força daquele amor que meus pais haviam me dado e também dos amigos que, tendo conquistado, se tornaram irmãos, tanto quanto o Max. E olha que o Max é top quando se fala em irmão-amigo!

Quando vejo hoje que, passada a fase inicial da curiosidade, depois dos ciuminhos, a Larissa e o Caio são amigos, se divertem, contam um com o outro, penso exatamente nisso: é bom ter com quem contar. Porque naqueles momentos de festa, sorrisos são fáceis. Mas nos momentos em que temos uma dificuldade o sorriso e mesmo uma expressão de cumplicidade fazem tanta diferença!




E por que estou falando de tudo isso assim, como se tivesse bebido chá de maracujá com vinho doce? 

Porque os momentos difíceis nem sempre são percebidos por quem está de fora. Porque quem estava começando a pertencer àquele seleto grupo a quem chamamos de amigos fez diferença nessas semanas de intensa luta contra um grande medo que eu tinha. Talvez essas pessoas nem saibam o quanto foram imprescindíveis.

Mas, para essas pessoas, vou deixar aqui uma frase que sempre me anima: "sempre fica um pouco de perfume nas mãos de quem oferece flores" - é um provérbio chinês.

Obrigada, de coração.


"Você deveria abrir um consultório" e outros pequenos fatos cotidianos

Hoje dei uma fugidinha do trabalho antes que viesse o temporal prometido - que não veio - e fui fazer as unhas, pensando em estar "ajeitadinha" para amanhã, aquele grande dia em que, após 11 da defesa do mestrado, vou voltar aos bancos escolares na UFRGS.

Achei que fosse ficar extremamente nervosa por causa desse retorno, já que tive alguns problemas que me  marcaram profundamente no encerramento da dissertação e, a partir disso, nem queria pensar em voltar a isso. Era um tema que causava angústia, irritação profunda, embora todo o processo de ingresso, aprendizado, estudos do mestrado tenham sido fantásticos e tenha conhecido gente fabulosa, outras que por si só dariam uma tese sobre o ego no meio acadêmico também.

Ao contrário do que pensava, o dia de hoje, que está quase acabando, foi tranqüilo. Na verdade, está sendo um caminho bem bacana esse que começou no momento em que voltei a fazer terapia. Tem gente que acha que isso é frescura, coisa de quem não tem com o que gastar ou amigos com quem contar, mas eu garanto que minha vida está mudando muito desde que comecei a escrever este blog e com a desconstrução de forma verdadeiramente analítica, com uma profissional competente e que conseguiu perceber o que nenhum outro médico conseguiu ver antes.




Imagem: http://webmail.cook.k12.ga.us/



E com ela pude rever fatos, ter novos olhares sobre as antigas situações. O engraçado é que, falo com ela sobre tudo que, em tese, eu sei muito bem como lidar. Mas que muitas vezes embolo no meio de campo, nos pequenos fatos do dia a dia. Dramalhões sobre questões pífias, excesso de zelo com coisas banais, medos bobos, falta de coragem... Engraçado que costumo ser vista como boa conselheira e hoje até ouvi no salão de beleza que deveria abrir um consultório. Na mesma hora comentei: - Aconselhar sobre a vida alheia é uma barbada...

E meter o bedelho na vida alheia realmente parece que é a especialidade do ser humano, não é mesmo?! Mas tem algo além disso: tem gente que lucra muito com a boa-vontade dos outros. E nisso eu não cheguei a cair mais de uma vez, mas fica a dica. Dramas e campanhas estão correndo soltas por aí...




Imagem: http://www.awmueller.com


Pois bem, vou falar uma coisa e espero que não seja vista como grosseria com quem não merece: andei dando bola para pessoas que considerei boas amigas na web. Me diverti, ri e chorei com elas, da mesma forma que aconteceu com várias amigas que tive desde a infância. O negócio é que tem gente que abusou ou fui eu que baixei a guarda, com a minha porção Pollyana que insiste em se fazer presente.

Só que cansei. E acredito que uma das coisas que tenho aprendido com esse tempo de web e com o caminho rumo aos 37 anos é fazer um filtro (talvez pelas lambadas, pelos plágios), mas confesso que em alguns casos em especial fui puro coração e estou vendo que as máscaras podem cair e que isso acontece com mais facilidade do que imaginava.

Por isso, em homenagem a essas pessoas, aqui está o selo de fim de nosso contato:







Desejo sorte, luz, paz de espírito para que não vá precisar de voduzar a vida de mais ninguém...

#BC: O que você faz de bom?



Hoje é dia 12 de março e logo ao olhar para a blogroll encontrei uma proposta interessante no blog da Fernanda Reali: ela dizia que a Bia, da Jubiarte, tinha convocado as pessoas a falarem do que fazem de bom.

Pode parecer estranho falar do que se faz de bom na vida, uma coisa meio vaidosa, de enaltecer a si mesma, mas não é essa a ideia. Na verdade, a intenção é mostrar como pequenos gestos são capazes de grandes mudanças, contribuições reais para que nosso mundo seja um lugar bom de se viver.

Sempre que penso no que sei fazer de bom, penso em três coisas: sou mãe, boa amiga e bióloga licenciada, ou seja: professora.

Como mãe, procuro dar exemplos - como disse a Fernanda em seu post, eles arrastam, muito mais do que os discursos convencem (e eu falo pelos cotovelos!). Seja de boas atitudes como gentileza, separação de lixo, questões de cidadania, afetividade... Mas principalmente de colocar pra pensar sobre tudo aquilo que parece banal, que "sempre foi assim" e outras ideias prontas. Assim, vejo que meus filhos, com 8 e 3 anos, não são pessoas que se deixem facilmente convencer por qualquer conversa mole. - Claro que isso me dá mais trabalho também, nem sempre o que eu digo é acatado de primeira, então tem coisas que exigem certa negociação, mas eu prefiro assim mesmo.

Como amiga, sou boa ouvinte. Quem me conhece sabe que sou solidária e capaz de encarar qualquer barra ao lado de meus pares. Mesmo quando eles nem sabem disso. Essa característica me traz alguns dissabores, mas tenho aprendido também que não posso desejar que as pessoas dêem a mim mais do que podem ou que espere delas o que eu faço, pois somos todos seres diferentes. Procuro estimular os meus amigos no que eles têm de melhor e também naquilo que nem acreditam que possam fazer. Acho que todos merecemos que pelo menos uma pessoa em nossas vidas seja assim com a gente.

Como professora, procuro não dar uma aula qualquer e sempre tenho em mente que o momento em que estou com um aluno ou professor (que é o meu público atualmente), estou com um indivíduo, que tem sua cultura, sua experiência de vida, suas questões, interesses que nem sempre são os mesmos que os que imaginava e isso exige uma certa flexibilidade, reflexibilidade, compreensão, coisas que com o tempo fui desenvolvendo, pois nem sempre fui assim.

Mas, de resto, sou daquelas que desde criança tentava salvar passarinhos, lagartas, lagartixas, patos, marrecos e tudo isso ia parar dentro de casa; paro para dar passagem para animais nas ruas ou os que passam pelas estradas; fico amiga facilmente de estranhos e vizinhos porque sou mesmo gregária e gosto de dar informações nas ruas, assim como também trato a nossa ajudante aqui em casa do mesmo modo que gosto de ser tratada: como um ser humano. E todas as pessoas que trabalharam conosco foram assim.

Aliás, essa é uma coisa que me intriga: como alguém pode tratar mal a pessoa que cuida de seus filhos, sua comida, sua casa, seus pertences e até animais de estimação?

Não vou colocar imagens nossas aqui agora, porque como tenho pressa nem vai dar pra procurar, mas creio que a imagem abaixo fale bastante sobre que tipo de pessoa sou e o que faço de bom:



http://ministerio-ressurreicao.blogspot.com

Teste da Violência Obstétrica - Dia Internacional da Mulher - Blogagem Coletiva

Olá, como vão vocês, mulheses neste dia 08 de março de 2012? E os homens, como se sentem nessa data?

Alguns dos posts que tenho visto no facebook têm me dado uma boa amostra de como esse dia, que lembra a morte de muitas mulheres que protestavam por melhores condições de trabalho em 1857 morrendo carbonizadas por isso - e que apenas foi reconhecido em 1910 - ficou banalizado. 

Já participei de algumas blogagens coletivas e levantei várias bandeiras, como as da doção de sangue e órgãos, por exemplo. Mas meu blog não é "apenas" de cunho de voluntariado. É o blog de uma mulher, mãe, espeosa, filha, estudante e trabalhadora que tem orgulho de ser quem é, mas principalmente tem orgulho das conquistas que nossa sociedade conseguiu alcançar com a luta de pessoas de ambos os gêneros. É também de uma pessoa que não deseja mais, como quando mais nova, que mulheres e homens sejam tratados como iguais, sendo que não o são; mas que deseja sobretudo que as diferenças sejam respeitadas.

Posso dizer que o respeito começa dentro de casa, com a forma como "criamos" e educamos nossos filhos e nossas filhas, ensinando-os a se valorizarem gostando de ser como são e entendendo que s outras pessoas não precisam ser como nós somos e que fazem escolhas diferentes das nossas.
Falando em escolhas... Quem aqui pode dizer que teve direito a fazer escolhas e foi respeitada? Em muitas ocasiões não sentimos que isso esteja acontecendo... MAS no momento da gestação, mais ainda que devemos lutar por nossos direitos!
Quando estava tentando engravidar, morando em São Paulo, era acompanhada por uma médica que o tempo todo foi muito especial comigo e, creio, com todas as suas pacientes: Dra. Renata Berrettini Abreu. Ela conversava de modo muito franco sobre as dificuldades que tínhamos para a concepção e foi muito firme em dizer que não me submeteria a exames dolorosos como histerossalpingografia sem que meu marido participasse ativamente fazendo exames também, até porque seriam indolores e ele era parte interessada no processo. - Só isso já bastou para que eu adquirisse ainda mais confiança em seu trabalho e desejasse que ela acompanhasse nossa gestação, quando viesse a acontecer!

Quando finalmente aconteceu a gravidez, ela me perguntou se havia algum motivo para não pensarmos em parto normal. E eu, como sempre o desejei, disse que não, prontamente! Ela disse que ficava feliz em ver que eu estava pensando na saúde do bebê e na minha também ao fazer essa escolha e me explicou detalhadamente o quanto o parto normal traria benefícios, especialmente se meu corpo fosse preparado para isso, com exercícios adequados, alimentação saudável e sem excessos de modo geral.

No dia do nascimento da Larissa, posso dizer que ela liderou uma equipe fenomenal, que respeitou todo o processo dentro do que pedi e necessitei, ponderando sempre comigo e o maridex. Me senti respeitada e ouvi dela: - Todo novo parto parece sempre o primeiro! E vi que ela realmente estava emocionada por fazer parte desse processo.

Infelizmente, da maternidade São Luiz não posso dizer que tenha exatamente as mesmas recordações. Lamento imensamente que tenham tirado a Larissa de perto de mim tão logo ela tenha nascido, e sido examinada, filmada e fotografada. Só a vi muitas horas depois. Fiquei preocupada com a saúde de minha filha e só a levaram pra mamar na madrugada. O incentivo à mamada era de modo muito apressado e por vezes achei que também impaciente. Por muitas vezes, com a desculpa de que a mãe precisa descansar, a levaram para o berçário, que mais parecia uma vitrine de shopping center. Nisso, sim, posso dizer que me senti contrariada e mesmo violentada.

Quando o Caio nasceu, não senti o mesmo respeito aqui em Porto Alegre por parte da médica que me acompanhou, pois ela fez muita pressão sobre a dita necessidade de que fosse outra cesariana (Lalá entrou em sofrimento após horas de trabalho de parto) e disse a meu marido que eu corria risco de ruptura de cicatriz e, portanto, de vida. Não houve jeito, ele foi convencido e travou-se uma batalha em que fui vencida.
No hospital Divina Providência fomos tratados de maneira muito humana e a equipe de enfermagem foi maravilhosa. Todo mundo solícito e sempre estimulando pacientemente a amamentação, o descanso, a participação da Larissa e do papai Paulo no primeiro banho, na troca de fraldas, no acolhimento do bebê.

E contigo, como foi? Que tal colaborar com esta pesquisa INFORMAL, mas muito importante? Sendo sincera, claro, dando seu depoimento nos comentários, se desejar, mas sobretudo sabendo que não há necessidade de identificação!


A iniciativa desta blogagem é das engajadíssimas Ligia Moreiras Sena, Fernanda Andrade Café e Ana Carolina Franzon.

Caso não consiga responder no formulário, utilize este link para responder, Ok?!
Obrigada!

 

"Eu tenho tanto pra lhe falar, mas com palavras não sei dizer"

...Como é grande o volume de rascunhos que tenho pra terminar e postar! Quantas ideias na cabeça que não têm conseguido chegar ao blog!

É trabalho, volta às aulas da Larissa e adaptação do Caio (felizmente ótima, nunca o vi tão feliz na outra escolinha!), apometria, corrida contra o tempo mesmo e um cansaço gostoso, de dormir por sentir que o dever está sendo cumprido.

Mas não esqueci de uma promessa que havia feito a mim mesma: participar da Campanha "Perca um livro, passe adiante". Dessa vez será via internet, então as queridonas e os queridões que quiserem participar estão convidados, valendo para todo o Brasil!

Basta curtir a página do Desconstruindo a Mãe no Facebook! O resultado sairá no dia 15/03 pelo Sorteie.me!

Para quem quiser saber mais sobre a Campanha, aqui temos algumas dicas:




Participe você também, como considerar a melhor forma de colaborar! Pode ser doando livros que estão parados na estante para um hospital, uma biblioteca escolar ou pública, uma ONG, uma igreja ou centro espírita... Sempre tem alguém sedento por cultura!

Os livros dão nova cor e significado à nossa existência. Não é à toa que o curta vencedor do Oscar 2012 trata disso:







"Em cima do piano tinha um copo de veneno; quem bebeu, morreu! O azar foi seu!" ,

Gente amiga, eu venho dar a mão à palmatória. Bebi veneno. E só quem ficou dias remoendo a raiva, a sensação de ter sido passada pra trás, fui eu.

http://www.hblog.com.br


Tenho visto muitos posts parecidos entre si e ficava sempre em dúvida sobre se alguém tinha sido plagiado, ou se havia uma inspiração e tal, sem citação da fonte. Até desconfiar que tinha acontecido comigo e tomar isso como verdade.

Fiquei azeda, com nó no estômago e passei dias olhando pra comida e nem conseguindo comer... O primo Cássio, inclusive, pensou que eu estava desdenhando da rica comida que ele preparou com gosto na última sexta-feira, lá no Rio de Janeiro. Passei DIAS passando mal com o veneno que ninguém me empurrou pra tomar.

Imagem: http://www.hojes.com.br/
Mas eu sou impulsiva e tomei uma atitude que poderia ter dado certo ao escrever uma mensagem falando do meu desgosto, se tivesse partido pro diálogo com a pessoa e medido mais as palavras, o que não aconteceu. Falando bem a verdade, eu atolei os dois pés e usei as jacas como pantufas.

Aí que magoei uma pessoa que mal conheço e venho, então, dizer publicamente que este é um problema que arranjei, ao continuar muito destemperada. E, assim, acabei envenenado um grupo ao abrir para outras pessoas. Falando bem a verdade, elas me aconselharam a ser mais prudente e pensar antes de agir, em sua maioria.

Provavelmente a pessoa até já tenha virado a página, porque envenenado é aquele que ficou remoendo.

Não vou justificar minha atitude com a desculpa da bipolaridade, pois sou gente grande e é hora de aprender a não descompensar tão facilmente. 

Mas uma coisa que não vai mudar no meu comportamento é acreditar que créditos precisam ser dados quando um texto é escrito com inspiração em algo que outrem nos causou, fazendo lembrar ou imaginar fatos.

Até pra isso também existem as blogagens coletivas, né?!

Só depois de ter colocado pra fora e ter recebido um retorno foi que o mal-estar passou. Instantaneamente... E depois caiu a ficha, de que dá pra fazer diferente.


Imagem: http://originalolindastyle.webnode.com.br/


Você não sabe quanto eu caminhei...

... Pra chegar até aqui!






Percorri degraus e mais degraus na subida do Morro da Chacrinha, que fica no bairro da Tijuca, no Rio de Janeiro, óbvio. Nesse dia nós estávamos esperando por uma programação completamente diferente, quando surgiu o convite para conhecer uma realidade bem diferente da nossa. Mas nada óbvio foi ver o quanto uma senhora acima de 70 anos, cheia de vigor, subia aquela elevação com agilidade, cumprimentando todos os transeuntes e sabia o que se passava com cada um desses moradores da favela.


Irmã Zilca e Maridex

Essa comunidade, como as pessoas preferem chamar - e é disso que se trata -  é composta basicamente por afrodescendentes e nordestinos. Por isso nossa presença causava estranheza  aos seus moradores. Sua presença nesse morro é significado de um grande risco, em função dos desabamentos que já se tornaram comuns em épocas de chuva, freqüentes em começos de cada novo ano.

Lá, existe uma vida, com creche da Prefeitura; tendinhas que vendem comidas, bebidas e até promovem shows; residências-dormitório, pois a maioria dos moradores trabalha longe do bairro; igrejas diversas; centro comunitário; barbearia; e existe também uma série de coisas que não devemos ter percebido.


As Três Marias, sustentadas por colunas de concreto
 para não levarem as casas abaixo

Esse pessoal que mora lá ia vendo que chegamos com a Irmã e o olhar de curiosidade/desconfiança se desanuviava, pois ela mora e trabalha na comunidade desde a década de 1970, fazendo um papel educativo além de os de visitação, evangelização, participação em reuniões onde se decide muitas coisas sobre a vida comum, como uma assembléia de condomínio e lida com pessoas muito sofridas, mas também com lideranças de todos os tipos.



Tivemos oportunidade de conhecer o trabalho da creche municipal e o contraste com a escolinha/creche que o Caio freqüentou era grande; não em termos de organização, pois livrinhos, brinquedos e demais dispositivos educativos eram bons, cuidados, mas de espaço aberto e de circulação, tendo em vista questões de possibilidades de invasões, furtos, disputas de territórios entre grupos diversos...

Tem também uma ONG que realiza um trabalho todo voltado para a saúde do idoso. Imaginem ser idoso e residir num morro, subindo e descendo escadas para poder ir ao médico, fazer documentos, atividades rotineiras? - E há muitos representantes da terceira idade por lá... Inclusive uma senhora de oitenta e poucos anos que foi quem conquistou o direito de representar aquele grupo de moradores para exigir saneamento básico mínimo e energia elétrica chegarem ao morro, com muita disposição e garra, persistindo e ganhando a todos com a sabedoria e cordialidade típicas do povo carioca.

Muito é preciso para a melhorar a vida dessa população que vivencia a pobreza, mas vimos a UPP ali, presente, garantindo que um mínimo de calmaria exista nesse mundo de tantos contrastes entre o que eles chamam de asfalto e a própria realidade.

Essas casas, pelo menos, eram de concreto...


Ainda terei muitas oportunidades de lembrar os momentos vividos nesse local onde a vista é linda, as dificuldades imensas, mas o sorriso caloroso de quem não se entrega na primeira queda e celebra a vida intensamente, como poderemos ver a cada novo retorno à Cidade Maravilhosa, onde nem tudo é Carnaval e o mito de que as pessoas vivem apenas jogando futevôlei é derrubado no primeiro instante.


Descer as escadas não pode significar virar as costas!


Sou grata à Irmã Zilca pelo convite. Pelas reflexões que me oportunizou e nem cabem aqui. Uma aula sobre como podemos fazer um trabalho de formiguinha e continuarmos otimistas, mesmo em situações que parecem dizer o contrário.

Férias pra que te quero!

Faz tempo que não dou as caras... Pois é, tirei férias, mas apenas de postar por aqui. Continuava de bode com meu blog. Sim, nós temos um relacionamento cheio de conflitos. Muito mais meus do que dele, é verdade. Ele sempre me espera de braços abertos. Sou a mãe pródiga.

Estivemos na praia, onde a conexão 3G é uma bomba, a disputa com filhos, sobrinhos e marido eram intensas, então aproveitei pra, apenas quando possível, espiar e comentar algo pelo Facebook.  Vi que nem sabia se tinha assunto que quisesse postar, embora houvesse muitas ideias sempre na cabeça e algumas delas direcionasse para o Tutti Mami, blog de que sou colaboradora até o dia 12/02.


Então que tenho escrito mais lá do que aqui e nem divulguei os temas e links, né?! Pois para mostrar que nas férias eu não fiquei o tempo todo de pernas pro ar (comento mais adiante), aqui estão eles:




Mamis com propósitos para 2012

Cultura de Paz versus brinquedos bélicos


"Vivendo e aprendendo a jogar"


Site que dá um help para quem quer brincar com os filhos

Coração dividido


Imagem não é nada?


"Não foi nada" pra quem?


Parafernália versus Simplicidade


Últimas dicas: Internet com Segurança


Dica de leitura: Fabricio Carpinejar


Nesse período algumas metas que coloquei pra mim mesma começaram a tomar corpo: fiz um mini-curso de brinquedista, como pontapé inicial da retomada de estudos... Participei de uma seleção para aluna PEC, em que fui aprovada a estou muito feliz por voltar à UFRGS depois de 11 anos!!!




Imagem: http://meninasuperacao.blogspot.com/




Também tivemos dias de trabalho e na semana que vem estarei no Rio de Janeiro, felizmente tendo um tempinho para conhecer algumas amigas blogueiras... 


E também trabalhando todo o meu emocional, pois acho que eu era quem estava sofrendo mais com a questão de o Caio ter apenas 3 anos e eu não estar à disposição como estive quando era a Larissa nessa fase, embora ela já estivesse na escolinha... Mas agora o coração já se acalmou!


O melhor de tudo: curtindo uma coisa de cada vez... Aprendendo a domar a ansiedade.


Bem, por enquanto é isso, agora voltei de vez ao Desconstruindo!

"Eu menti quando disse que não te queria"...

..."Quando disse que minha alegria era viver longe de você" (...)

Como diz esse velho pagode do Só Pra Contrariar - sim, eu continuo tendo uma memória brega! - eu tentei me convencer de que não havia mais espaço pro nosso relacionamento em minha vida. Que tomavas demais o meu tempo, que estava focada apenas em ti, que estava até ficando dependente.

Talvez tivesse razão.

Estava deixando de participar de alguns momentos importantes para minha família, amigos, carreira, para mim mesma e me sentindo obrigada a estar sempre disponível, então passei a sentir um ressentimento. Ficava fula quando não conseguia postar, se estava cansada e precisava priorizar outras coisas ou mesmo quando me dei conta de que não estava correspondendo à altura do que me pediam. 

Alguns instantes foram tensos, porque me senti cobrada, por ti e por mim mesma. Alguns dos possíveis parceiros de jornada foram ficando ao longo do caminho, ou porque os deixamos para trás, ou porque não entramos na jogada de "só comento se comentas no meu".

Questionei tua validade por causa dos comentários que não entraram aqui e ficaram "perdidas" na rede, então também pensei que estava ficando neurótica, afinal estava querendo guardar as conversas todas para mim, como o Criatura, o personagem do livro "O Planeta Caiqueria", que para não perder as histórias, as encaixotava.

Parei pra pensar que tudo isso era loucura, que não precisava disso. Que estava precisando desintoxicar. E a ajuda veio com a falta de conexão nos últimos dias de 2011 e no início de 2012 no litoral norte. E foi mais fácil do que pensava.

Confesso: nos primeiros instantes uma ansiedade tomou conta de mim, embora tenha levado livros, palavras cruzadas com temas do ENEM para me distrair, e realmente passei a maior parte do tempo em paz, só que o sentimento de desdém pela facilidade do desapego passou e comecei a refletir... Afinal de contas, até que ponto era culpa tua? Até que ponto me deixei dominar por ti? Acho que fui longe demais por pensar em te abandonar de vez, pois tu me desconstruíste ao longo desses anos e acrescentaste tantas histórias boas e felizes também! Agregaste pessoas à minha vida e eu não pude resistir e proponho que façamos as pazes e repensemos como vamos nos relacionar daqui pra frente, pois, afinal de contas, tu me instigaste a ir atrás de outros sonhos, que viviam dentro de mim e não tinha dado espaço para sonhar, quanto mais torná-los palpáveis. Percebi que também tenho por ti reconhecimento e gratidão. Mais que isso, tenho por ti amor. Passou a fase da paixão que cega.

A partir de agora proponho que nossa relação seja mais aberta, menos complicada e mais equilibrada... Topas?



Imagem: www.portaljovem.net.br

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