Como havia dito, ontem foi o dia de festa e eu estava toda pimpona para ver a apresentação e me emocionar com as peripécias inventadas pelas profes do Colégio Marista Champgnat com as primeiras séries. Foi emocionante ver as crianças "sinalizando" músicas, com a LIBRAS (Linguagem Brasileira dos Sinais) e mostrando que sabem fazer tantas coisas...
Os profes se uniram pra representar um livro que a minha loirinha levou pra biblioteca da sala de aula, sobre o cachorro Homero, uma historinha que a gurizada adora.
Me arrepiei com a música centenas de vezez ouvida na voz do Ed Motta ("No meu coração/ você vai sempre estar"), do filme Tarzan, como se fosse pela primeira vez que a escutasse.
Mas logo começaram as rebeldias, a teimosia e ainda assim insisti num programa entre a loira, a dinda Celi e eu, só meninas. A vovó Titita estava com conjuntivite e preferiu nem chegar perto, sabem como é...
Assim, fomos nós jantar fora, conversar, curtir. E estava bem bom!
Na chegada em casa, recomeça a baixaria, aquela implicância que não anda nada básica, a briga... Bem, pra resumir, fui chamada de idiota pela terceira vez nessa semana. Respirei fundo e ao invés de deixar a Larissa chorando no quarto, fui até a estante pegar o dicionário e conversei com ela sobre aquele livro imenso e pra que ele servia.
Ela estava com cara de quem fez cocô na calça... será que pensou que a serventia era pruma livrada na cabeça???
Então procuramos juntas o significado da palavra idiota e lemos juntas. Aí perguntei se ela sabia que tudo o que dizia ali era o que isso significava. Como a resposta foi um "não" bem envergonhado (seguido de "todo mundo na minha escola diz") e encolhidinha ela se preparava pra um sermão, só perguntei se ela achava que eu era o que tinha ali nas páginas do livrão.
Diante da negativa, propus a ela que pensasse no que ela sente por nós, família e amigos (a quem ela anda magoando muito) e a palavra amor veio cheia de lágrimas. Propus procurarmos no dicionário o que isso significava. E carinho, interesse, cuidado etc. foram as respostas, daí conversamos um pouco mais, ela disse que queria ser diferente, mas precisava de ajuda pra tentar melhorar.
Então nos abraçamos, oramos juntas e ela pediu ao Papai do Céu que ela conseguisse ter forçar pra mudar de comportamento e assim parar de ir dormir brigada com todo mundo, acordar de bom humor etc. - estou super confiante de que isso nos ajude a superar essa TPM fora de época que se instalou naquele corpinho!
Aí em seguida ela dormiu e suspirava tanto, que imagino que tenha se sentido aliviada, como eu.
[Assim que der, vou ver se a filmagem que a dinda Celi fez da apresentação pode ser colocada no blog, porque ela estava meio atrapalhada e ainda não conferi como ficou... Minha comadre Renata, que é surda, va adorar, porque a filhota está ensinando LIBRAS pra esta mãe que ficou sem prática.]