Já fazia tempo que pensava em falar a respeito de paternidade. Aí, hoje, quando entrou no blog o Skribit - esse novo mecanismo (veja na lateral, à sua esquerda) de consulta sobre os temas que seguidores/as desejam ver aqui no Desconstruindo a Mãe, a primeira sugestão que aparece é que se fale sobre os pais... De acordo com quem escreveu, "estes desconhecidos suportes no dia-a-dia do lar"! - kkkkkk!
Vovô levando pro 1º dia de escola |
Ele hoje é o mais apaixonado dos avôs. Não tenho dúvida disso. E vejo que ele aproveita cada oportunidade para dizer aos meus filhos, daquele jeitão muito engraçado, que eles são amados, que ele quer e gosta de estar junto e até já participou de uma ou outra atividade escolar da Larissa. - Sem contar que adora buscá-la na escola!
Mas esse post também é a oportunidade de falar de um outro cara, sem cuja participação, eu não seria muito da mãe que eu consigo ser hoje. O Alemão, ele mesmo.
Sangue não é água! |
O cara que quando chegava os rostos das crianças mudavam, ganhavam outro brilho. Que tocava "o sapo não lava o pé" e até a versão da música-tema de Titanic com Sandy e Júnior pra agradar uma outra criança. Que entrava na piscina pra brincar e que contava histórias dos tempos em que morava com as tartarugas do Projeto TAMAR. Enfim, ele fazia diferença pra elas. As crianças não resistiam!
Primeiro colo |
No dia em que fiz o teste de farmácia, acho que ele tremeu de medo do resultado. Mas a comemoração foi muito bacana! E desde então, ele começou a se comportar como quem estava realizando um sonho, ainda que não pudesse sentir os enjôos matinais, nem os primeiros movimentos do bebê.
Ele adorou correr atrás de brigadeiro na madrugada quando tive o primeiro desejo! E tocava violão encostando na barriga, conversava com a barriga, me buscava na faculdade quando chegou a época de evitar que eu dirigisse com aquele panção... Ele curtia muito!
Quando tive cálculo renal no 6º mês de gestação, fiquei sabendo que ele fez as maiores maluquices pra voltar de uma convenção em Vitória, atravessar a cidade, buscar meu sogro que estava chegando em São Paulo para passar uns dias conosco e chegar a tempo de apertarmos as mãos e me dizer que estava torcendo para que desse tudo certo. E dias depois, fez praticamente sozinho nossa mudança pro apartamento que estávamos comprando.
"Deixa comigo"! |
Ele deu o primeiro banho; cuidou do umbigo, que caiu em suas mãos; levou água de côco em cumbucas de sopa porque a sede era imensa enquanto eu amamentava; trocou fraldas; mas sempre se recusou a cortar as unhas! Até hoje não tem coragem.
Dia dos pais na escola, 2008 |
No Mini-Zoo de Taboão da Serra |
Com o tempo, ele voltou a se soltar e via-se que as cobranças dos dois lados estavam muito pesadas. Quando nossa pequena queria brincar, nem sempre era possível; quando ele podia, ela estava morrendo de sono.
Quando nos separamos, acho que o que mais doeu foi ver que ele estava em São Paulo, longe da filhota, que foi morar em Porto Alegre, crescendo e descobrindo coisas a cada dia e que ela vivia tentando fazê-lo participar da vida dela, das alegrias, das novidades e que agora havia uma distância que precisava ser superada não apenas com telefone e webcam.
Essa decoração de aniversário foi feita pelo papai! |
Muita água passou por baixo da ponte e nós voltamos a ser um casal. E acho que nesse dia também pôde renascer um pai. Mas talvez seja apenas um jeito de contar a história. Ou haja coisas que ele deseje comentar - ou não. E também há muito mais, que virá a ser tratado em outro post, porque agora o papai chama a Larissa e a Desconstruída aqui pra tomarmos um cafezinho da tarde enquanto o Caio se recupera dormindo da folia feita.
P. S. : As fotos que entraram nesse post foram escolhidas pelo próprio Alemão, que está aqui, tri emocionado...
P. S. : As fotos que entraram nesse post foram escolhidas pelo próprio Alemão, que está aqui, tri emocionado...