Postagem Coletiva: Confraria de Blogueiras Cinéfilas

"A pergunta que mais faço é: porque não? Desde pequena, desde que tomei gosto pelo ato de respirar e me senti atraída pelos dias que estavam por vir, horas repletas de novidade, desde que eu despertei para a leitura e que passei a sentir o sabor das coisas de uma forma muito entusiasmada, desde que eu soube que podia pensar e que o pensamento era livre, que dentro do meu pensamento ninguém poderia me achar, desde que meus seios cresceram e eu descobri que pessoas tinham cheiro, desde lá até aqui eu me pergunto: porque não me oferecer para aquilo que não fui preparada?" (Trecho do livro Divã, de Martha Medeiros)

Uma mulher que vai fazer análise, segundo ela própria, para entrar em contato com tudo aquilo que está nas entrelinhas, no fundo da alma, o que não veio à tona. 



Ela está na faixa dos 40 anos, é casada há 20, tem 3 filhos adolescentes e fala em sentir-se realizada com a vida que tem: um casamento com um homem que a conhece e a quem ela conhece bem a ponto de o relacionamento entre eles ser morno, é professora particular de matemática - abandonou a sala de aula para ter mais tempo para o ´ateliê onde trabalha suas emoções através da pintura. Não se sente dondoca nem acomodada, mas questionadora, uma mente inquieta. Está no divã por curiosidade.

Aos poucos ela revela sentir falta de emoções mais fortes; de ter lembranças da mãe e da sua presença, já que faleceu quando ela era criança; de testar seu poder de sedução. A verdade e a simplicidade com que ela fala que fuma maconha, que transgride as regras e resolve se envolver com outros homens inicialmente porque acha divertido, dá um tom de intimidade entre amigas, uma espécie de confessionário, o que leva o público feminino a se identificar bastante com ela.

Quem já leu o livro pode sentir falta do drama, porque o filme tende para a comédia e tem um tom novelesco - basta ver o elenco e o ritmo do filme. Talvez estes sejam os apelos para a audiência que teve. Como boa parte do livro é um monólogo, já que Lopes, o analista, é ouvindo e pouco interage, Mercedes, a personagem principal, é quem dá um show. - Lília Cabral é ótima e parece que finalmente a TV percebeu isso, mas aí já é conversa pra outro post.

Mas é um filme gostoso para assistir sozinha ou acompanhada e leva a pensar sobre os rumos que damos a nossas vidas e no quanto depende de nós mesmas para que seja como desejamos. Recomendo!

  • título original:Divã
  • gênero:Comédia (?)
  • duração:01h e 33min
  • local e ano de lançamento: Brasil, 2009
  • site oficial:http://www.divaofilme.com.br/
  • direção: José Alvarenga Jr.
  • roteiro:Marcelo Saback, baseado em livro de Martha Medeiros
  • elenco: Lília Cabral, José Mayer, Reynaldo Gianecchini, Cauã Reymond, Alexandra Richter.

Como os nomes "combinam" com as pessoas?



São 9  meses de gestação e até a criança nascer, muitos devaneios povoam a mente dos pais e das mães: como serão as feições, os cabelos,  o temperamento, os gostos, enfim, como será a criança?

Ficava pensando como seria o bebê na primeira gestação e sempre tinha a idéia de que seria como a criança com que sonhei na véspera de fazer o exame de fermácia que confirmou a gravidez. Um menino loiro, de cabelos arrepiados e gordinho, que me pediu pra ser chamado de Leonardo. Nada a ver. Veio uma menina.

Quando o ultrassom mostrou que viria uma menina, pensava tanto em Helena, o nome da orientadora que tive na graduação, que jamais pensei que fosse mudar. No entanto,  fui "sentindo" que esse não seria o nome desse bebê, mesmo quando meu marido também comentava que gostava do significado: "luz".

Ao conversar com a sobrinha mais nova e pedir uma ajudinha pra escolher, guardei pra dizer por último o nome que estava sentindo como mais bacana pra essa criança que estava a caminho: Larissa. E foi o único de que ela gostou, entre muitos que citei. - Papai nem teve chance de meter o bedelho!

Larissa, segundo o livro que depois consultei, vem do russo e tem a mesma origem de Letícia (nome latino), que significa CHEIA DE ALEGRIA - que diz muito sobre a nossa filha. Ela jorra, transborda alegria... Sabe quando parece que o nome revela tanto sobre alguém, que combina com essa pessoa?


Pois 5 anos depois veio o nosso gurizinho. Mais uma vez o paizão só disse "amém", porque até pensei em Leonardo, como na gestação anterior, mas também não deu o "clique" e pensei em muitos nomes. Pra decidir, pedi a ajuda da filha, que se sentiu muito importante escolhendo o nome do irmão. 

Justamente nesse dia algo me dizia que os nomes que ela escolheria seriam Pedro e Caio, por causa de amiguinhos que ela amava muito em São Paulo. Foi o que aconteceu.


Como Pedro é o nome do primo e do padrinho dela, estava descartado. E Caio, tive a intuição de que combinaria com o bebê... E não é que combina mesmo? Vem do latim e quer dizer pessoa FELIZ, contente!

Como um nome escolhido por outra pessoa pode aderir de tal forma à personalidade de uma criança? Será acaso? Será inspiração divina que ajuda a conectar mãe e filho por causa da relação íntima que se estabelece entre eles?


Será que com a escolha também estamos ajudando a moldar a personalidade de quem geramos?


O que levou você a escolher o(s) nome(s) de seu(s) filho(s)?

PLUS-SIZED ME!

Isso não significou nessessariamente que a pessoa ficou uma baranga. Ela mudou e isso pode ser pra melhor. Quem era muito magra e não conseguia adquirir mais massa muscular, mesmo comendo como uma draga, passa a se sentir gostosa agora. E quem sempre teve uma antipatia pela balança quer declarar guerra ou foge dela desesperadamente, porque mesmo depois de tudo o que amamentou, o peso nunca mais foi o mesmo.

Aqui em POA isso tem ficado cada vez mais comum... Se a pressão vem da gente, já é complicado não estar dentro dos padrões de beleza da perfeccionice aguda interna, imagina com as confecções e a indústria toda da moda dando uma chacoalhada geral na auto-estima?
Parece que seremos todas enlouquecidas a ponto de tomarmos os famosos chás milagrosos, assinarmos aquelas revistas que sempre trazem a receita infalível da semana para perder peso e ainda ficarmos gostosas sem cair nenhuma pelanca.
Fico pensando que as propagandas disseminadas na TV a cabo têm razão de ser: "emagreça 4 números apenas usando nossa cinta maravilhosa idealizada pelo famoso doutor das estrelas de Hollywood"; deve ter muita gente enlouquecida dando o número do cartão de crédito pros atendentes de telemarketing. E chamadas assim não teriam sentido se a natureza estivesse a nosso favor .
Socorro! O embarangamento é definitivo?
 
Vejo volta e meia entrevistas com modelos puls-size que dizem estar satisfeitas com seus corpos e que ao se valorizarem o resto do mundo passou a olhar pra elas de modo diferente. É certo. Se a gente não se gosta, não adianta o resto do mundo dizer que somos maravilhosas. - Só que a moda é feita pras "elegantes"... Experimenta colocar uma CADEIRUDA como eu dentro duma calça dessas saruel ou aladim, que já é estranha por si só, parecendo que a pessoa está usando fralda geriátrica (cheia de xixi)!!!
Mas, convenhamos, depois de um tempo a gente só ouvir "fiufiu" porque o cachorrinho que nos acompanha é fofo ou ganhar uma olhada "daquelas" na rua porque os filhos são maravilhosos é FIM DE CARREIRA. #prontofalei #revoltada

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