Dia Nacional de pensar sobre doação de sangue e fim da violência contra a mulher

Hoje é um dia especialmente importante. Não apenas porque acredito que devamos diariamente ser gratos pela vida e tudo o que ela contempla, já que é dia de #AçãodeGraças, mas porque hoje também é dia de se pensar em duas questões que são mais do que fundamentais, mas urgentes: hoje também é dia de combate à violência contra a mulher e do doador voluntário de sangue. Como já postei algumas vezes aqui sobre o segundo tema, vou retomá-lo.

Ser doador voluntário de sangue é uma escolha que envolve grande desprendimento e pouco tempo de envolvimento. Veja bem: doar sangue quando conhecemos alguém que necessita já é um ato de amor direcionado; porém dedicar uns 15 a 30 minutos a cada 4 meses para doar para alguém desconhecido... é um gesto muito bacana e que tem repercussão inimaginável!

O Hemocentro do Rio Grande do Sul ficou com estoques zerados recentemente. Ao contrário do que imaginava, pouca gente se sensibilizou com a notícia. Fiquei pensando nos motivos, mas não me cabe julgá-los. Mas me preocupa pensar que chegamos à época de maior violência no trânsito e em que doadores fazem muita falta. Nas férias, festas de fim de ano e feriadões as bolsas de sangue rareiam, porque não são muitas as pessoas que fazem a doação voluntariamente.

Ser voluntário nesse caso é escolher "fazer o bem sem ver a quem" e 1 bolsa de sangue coletado poderá ajudar até 4 pessoas! Além disso, quando for doar sangue você poderá se cadastrar como doador de medula e além de preencher um formulário só precisará testar um tantinho do seu sangue, pra ver a tipagem.

Antes de sair para comemorar o Natal e o Ano Novo, dê esse presente que não tem custo e que fará a diferença entre a vida e a ausência dela... DOE SANGUE!!!

Imagem: http://www.jornalhmonline.jex.com.br


Esse post faz parte da Blogagem Coletiva proposta pelo Ministério da Saúde.

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Como citei antes, também é dia de pensarmos em que mundo desejamos viver. Se há alguns dias refletíamos em blogagem coletiva sobre o fim da violência contra a criança, devemos pensar que a violência contra a mulher precisa ser combatida sobremaneira.

Uma criança que assiste agressões entre adultos pode começar sua vida pensando que esse é o jeito que as pessoas devem se relacionar: na porrada. Assim, para conseguir o que deseja, não apenas fará birra para posteriormente aprender a negociar, mas partirá para a briga para atingir sua meta. E se os adultos em questão são seus pais, que são os modelos primeiros na sua vida, qual será a tendência? - Imitar, naturalmente!

A mulher marcada pela violência doméstica e mesmo fora do lar, é uma pessoa triste. Ela é humilhada a ponto de crer que merecia apanhar ou que deva se comportar como um parceiro deseje, submeter-se, evitar confrontos, perder  opinião própria, os anseios e a liberdade de expressão para evitar que o comportamento desequilibrado se repita, como se houvesse necessidade de justificativa para o ato.

Imagem: http://www.moisessouza.com

Faz pouquíssimo tempo que as mulheres agredidas passaram a denunciar e a cobrar das autoridades atitudes em sua defesa. Isso porque não havia lei que nos defendesse, pois a antiga legislação tratava as mulheres como propriedades dos homens. Sendo assim, ninguém se meteria com os donos dos objetos que se tornavam ao passar das mãos do pai para o marido.
Com isso não digo que mulheres tenham direito a agredir os homens por causa desse histórico, ao contrário: digo que precisamos aprender a dialogar e resolver pendências com mais respeito e civilidade. A lei deveria proteger todas as pessoas de qualquer tipo de maldade, seja ela a dor física, moral, preconceito de qualquer origem e promover situações de análise e geração de uma cultura de paz.

E enquanto precisarmos de um "dia de" combate à violência, protesto, reflexão, orgulho, consciência, porque como disse meu amigo Peter Krause no Facebook... isso mostra o quanto ainda precisamos nos tornar mais humanos, evoluirmos como sociedade. Nas palavras dele:, essas datas "são ao mesmo tempo uma chamada à tolerância e uma lembrança do quanto insistimos em nos ver como diferentes"!

Esse post era pra ser curtinho, mas não tive como esconder como esses temas mexem comigo.




1 pitaco(s):

Bárbara Pata disse...

nossa! não sabia desta blogagem coletiva! sempre fui doadora de sangue, depois da gravidez doava leite materno, dai tive uns cistos no polegar da mao direita, precisei parar, e ainda amamento, mas quero muito voltar a ser doadora, me sentia muito util fazendo isso, fazia bem pra mim mesma!

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