Conforme combinado, aqui está minha contribuição para marcarmos a data de 19/11, dia de combate à violência doméstica contra a criança e o adolescente:
Quando pensamos em violência sempre nos reportamos aos noticiários sangrentos, aos filmes de entretenimento que falam em fim do mundo, assassinato, terrorismo ou até pensamos na programação infantil da TV que selecionamos, pensando em incentivar bons sentimentos nos nossos filhos e filhas.
Imagem: prefeitura de Paulínia, SP |
Quando pensamos em violência sempre nos reportamos aos noticiários sangrentos, aos filmes de entretenimento que falam em fim do mundo, assassinato, terrorismo ou até pensamos na programação infantil da TV que selecionamos, pensando em incentivar bons sentimentos nos nossos filhos e filhas.
Mas no que concerne aos nossos hábitos e atitudes, não nos damos conta de que mais do que qualquer discurso pacifista, nosso exemplo é a melhor lição de casa, literalmente. Dia desses o Alemão chegou bem de mansinho dizendo que a Larissa tinha vergonha de me dizer uma coisa: que ela estava ficando assustada com meu jeito no trânsito. PUTXZ... isso me colocou pra pensar sobre como sou estouradinha, crítica e rabugenta, não apenas nessas ocasiões. Sempre disse que uma pessoa no trânsito se revela, mostra sua porção monstro... Sem olhar pra mim mesma.
Imagem: www.jangadeiroonline.com.br |
Meu primeiro instinto foi calar e pensar... E mudar imediatamente de atitude. Confesso que é bastante difícil.
Se sou assim em algo tão corriqueiro e com estranhos... como sou com quem tenho intimidade? - Muito exigente, resmungona, explosiva... Foi uma pausa pra analisar a repetição de comportamentos feios que posso ter. Posso ser bipolar, mas não irracional. Inclusive quem me conhece costuma me achar uma pessoa bastante calma e afetuosa. Mas facilmente consigo sair dos trilhos, ficando brava e muito irritada - faz parte do "quadro clínico", mas não precisa ser a regra perder as estribeiras, não é mesmo?!
Foi quando encontrei o texto no site do governo de São Paulo, falando que a violência contra crianças aumentou muito, sendo que as mãe são as principais agressoras. Quais serão as razões que levam justamente as pessoas que costumamos pensar que são as mais apaixonadas por suas crianças a ter atitudes agressivas com seus pequenos?
Stress, falta de dinheiro, noites sem sono, ser pai e mãe ao mesmo tempo, enfim, muitas podem ser as explicações. Além disso, crianças são realmente desafios especiais. Elas são absurdamente observadoras e nos conhecem tão bem que sabem como conseguir nossa atenção, nos criticar, dizer o que todos gostariam de nos dizer mas as regras de boa convivência impedem... E isso nos atinge em cheio.
Tudo isso responde a pergunta, mas não justifica. A violência pode ser repetição de um comportamento aprendido com os pais. Há muitos tipos de violência que podemos evitar: moral (detonar a auto-estima da criança), sexual (essa geralmente faz a criança calar) , cinismo, desinteresse, abandono, omissão de socorro, negligência, hipocrisia, promessas não realizadas, impedir a criança de se comportar como tal, mas os dados falam da violência que deixa mais marcas possíveis de serem medidas em pesquisas porque chegam aos hospitais (emergência): agressão física.
Então, como conseqüência, nós adultos, se fomos um dia tratados como vermes, podemos num momento de muito cansaço, impaciência, enfim, recorrer a atitudes iguais as que investiram um dia contra nós. PORÉM, livros de auto-ajuda e psicologia, melhorias educacionais (formais), evolução dos comportamentos e muita água que passa debaixo da ponte mostram que nós podemos, quando temos nossas crianças, mudar o final das histórias que poderiam ter um enredo violento.
Então, como conseqüência, nós adultos, se fomos um dia tratados como vermes, podemos num momento de muito cansaço, impaciência, enfim, recorrer a atitudes iguais as que investiram um dia contra nós. PORÉM, livros de auto-ajuda e psicologia, melhorias educacionais (formais), evolução dos comportamentos e muita água que passa debaixo da ponte mostram que nós podemos, quando temos nossas crianças, mudar o final das histórias que poderiam ter um enredo violento.
Nós vínhamos de uma fase muito desafiadora, de competição, de Édipo à flor da pele, quando a Larissa falou com a boca cheia de raiva: - IDIOTAAAA!!! E essa história quem é seguidor do Desconstruindo conhece. O dicionário foi minha arma secreta, uma idéia "relâmpago" que funcionou muito bem, surpreendendo a todos nós não apenas por ser uma reação sem grandes alterações de humor (sim, eu respirei fundo e aí a idéia veio, então não é lenda que arejar as idéias funciona em momentos críticos!), mas pelo efeito causado: reflexão e calmaria - temporária, mas volta e meia ela lembra disso!
Quem já levou um tapa no rosto não esquece, mas o agressor nem sempre lembra disso. Quem vê uma atitude violenta contra um inocente sente a criança que existe no interior de cada um de nós clamar por justiça. Dói como se fosse conosco... E é sempre esse pensamento que procuro ter em mente quando me vejo em sinucas de bico. Já tive dias danados e dos quais a marca deixada não foi o respeito, e sim o medo (gritos assustam, não impõem respeito), mas cada vez mais procuro o equilíbrio, pensando no bem-estar da nossa família.
Teria muito mais a dizer, histórias para contar, mas prefiro que sejam prestigiados os outros blogueiros que aparecem no blogroll e que nos cometários possamos uns estimular os outros a atitudes mais positivas, inteligentes e afetuosas.
Todos sairemos ganhando com essa campanha de #repúdioàviolênciadoméstica, seja contra a criança, o adolescente, sobre as sementes de futuro melhor que estamos plantando diariamente.
Obrigada pela participação de todos os envolvidos e pela divulgação nas redes sociais!
Ingrid
Imagem: www.ueg.br |
15 pitaco(s):
Perfeitissima contribuição, Ingrid!
Grave o modo como nos comportamos muitas das vezes e colocamos em risco a saude fisica, emocional e psicologica de nossos filhos.
Um beijo
Michelle
Olá
Vi no blog da Glorinha sobre a campanha e vou fazer amanhã um post dedicado ao dia Mundial de combate a violênvia infantil.
bjs,
gostei do desafio,vim a convite da Glorinha,amanhã vou postar contra a violencia infantil,beijinhos
muito onformativo...
minha contribuição está postada
http://viciadosemcolo.blogspot.com/
Parabéns pelo post Ingrid, profundo e sensível.
Bjos,
Ivana
Muito bom Ingrid. Temos que repensar nossas atitudes. Somos exemplo! Meu post já está lá, beijos,
Ingrid, ainda não participei de nenhuma blogagem coletiva. Não tenho idéia de como acontece. Eu quero participar!! um bjão
Oi Ingrid!
Também fiz um post, pequenininho, já que vi de última hora, mas dei uma contribuição, acho...rs...
Bjos, estou seguindo e conhecendo melhor seu espaço. Sua iniciativa foi belíssima.
Clau Finotti - Fadas Madrinhas
acreditoemfadasmadrinhas.blogspot.com
Espetacular Ingrid.
Como não estou muito bem, fiz um link do teu texto lá no meu blogue.
Bjs no coração!
Nilce
Olá, querida
Contribuí com o que tenho visto e vivido por bem perto...
Vc afirmou algo interessante... muitas vezes vem de nós mesmos... a tal violência que presenciamos é,certamente, um reflexo do recebido no próprio lar.
Tenha excelente fim de semana com paz e alegria!!!
Bjs
Já postei no meu cantinho, só que falei de uma história verdadeira, beijos
Ingrid, excelente.
O meu post está no blog.
http://blogdati.com/2010/11/19/bater-em-crianca-e-covardia-manifeste-se-contra-essa-pratica-blogagemcoletiva/
Vamos reunir todos os links e fazer um post divulgando-os depois, que tal? Um beijo. Tiffany
Oi Ingrid. Adorei seu texto. Realmente às vezes temos atitudes insensatas e irracionais, como vc exemplificou nos xingamentos no trânsito. É mesmo difícil ser correto o tempo todo (se não impossível)...
Agora, coisa bem diferente é a violência física. Essa deixa marcas muito mais profundas do que parece.
Acabei de postar minha contribuição também: http://maedobento.blogspot.com/2010/11/blogagem-coletiva-contra-violencia.html
beijo!
Oi Ingrid, vim te parabenizar pela iniciativa e prestigiar. Seu texto está incrível, até por que não é retórico ou demagógico, você mostra nossas limitações e se expõe, mostra onde erra, e onde acerta. Muito bom! Desculpe a não participação. Não estou numa fase muito tranquila, mas prestigiei muitos participantes. O tema é fundamental.
Beijos.
Oi querida! Ótimo post e parabéns pela iniciativa!
Dei minha pequena contribuição, divulgando no meu blog... Estamos seguindo vcs!
Bjo
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