Mostrando postagens classificadas por data para a consulta blogagem coletiva. Ordenar por relevância Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens classificadas por data para a consulta blogagem coletiva. Ordenar por relevância Mostrar todas as postagens

Teste da Violência Obstétrica - Dia Internacional da Mulher - Blogagem Coletiva

Olá, como vão vocês, mulheses neste dia 08 de março de 2012? E os homens, como se sentem nessa data?

Alguns dos posts que tenho visto no facebook têm me dado uma boa amostra de como esse dia, que lembra a morte de muitas mulheres que protestavam por melhores condições de trabalho em 1857 morrendo carbonizadas por isso - e que apenas foi reconhecido em 1910 - ficou banalizado. 

Já participei de algumas blogagens coletivas e levantei várias bandeiras, como as da doção de sangue e órgãos, por exemplo. Mas meu blog não é "apenas" de cunho de voluntariado. É o blog de uma mulher, mãe, espeosa, filha, estudante e trabalhadora que tem orgulho de ser quem é, mas principalmente tem orgulho das conquistas que nossa sociedade conseguiu alcançar com a luta de pessoas de ambos os gêneros. É também de uma pessoa que não deseja mais, como quando mais nova, que mulheres e homens sejam tratados como iguais, sendo que não o são; mas que deseja sobretudo que as diferenças sejam respeitadas.

Posso dizer que o respeito começa dentro de casa, com a forma como "criamos" e educamos nossos filhos e nossas filhas, ensinando-os a se valorizarem gostando de ser como são e entendendo que s outras pessoas não precisam ser como nós somos e que fazem escolhas diferentes das nossas.
Falando em escolhas... Quem aqui pode dizer que teve direito a fazer escolhas e foi respeitada? Em muitas ocasiões não sentimos que isso esteja acontecendo... MAS no momento da gestação, mais ainda que devemos lutar por nossos direitos!
Quando estava tentando engravidar, morando em São Paulo, era acompanhada por uma médica que o tempo todo foi muito especial comigo e, creio, com todas as suas pacientes: Dra. Renata Berrettini Abreu. Ela conversava de modo muito franco sobre as dificuldades que tínhamos para a concepção e foi muito firme em dizer que não me submeteria a exames dolorosos como histerossalpingografia sem que meu marido participasse ativamente fazendo exames também, até porque seriam indolores e ele era parte interessada no processo. - Só isso já bastou para que eu adquirisse ainda mais confiança em seu trabalho e desejasse que ela acompanhasse nossa gestação, quando viesse a acontecer!

Quando finalmente aconteceu a gravidez, ela me perguntou se havia algum motivo para não pensarmos em parto normal. E eu, como sempre o desejei, disse que não, prontamente! Ela disse que ficava feliz em ver que eu estava pensando na saúde do bebê e na minha também ao fazer essa escolha e me explicou detalhadamente o quanto o parto normal traria benefícios, especialmente se meu corpo fosse preparado para isso, com exercícios adequados, alimentação saudável e sem excessos de modo geral.

No dia do nascimento da Larissa, posso dizer que ela liderou uma equipe fenomenal, que respeitou todo o processo dentro do que pedi e necessitei, ponderando sempre comigo e o maridex. Me senti respeitada e ouvi dela: - Todo novo parto parece sempre o primeiro! E vi que ela realmente estava emocionada por fazer parte desse processo.

Infelizmente, da maternidade São Luiz não posso dizer que tenha exatamente as mesmas recordações. Lamento imensamente que tenham tirado a Larissa de perto de mim tão logo ela tenha nascido, e sido examinada, filmada e fotografada. Só a vi muitas horas depois. Fiquei preocupada com a saúde de minha filha e só a levaram pra mamar na madrugada. O incentivo à mamada era de modo muito apressado e por vezes achei que também impaciente. Por muitas vezes, com a desculpa de que a mãe precisa descansar, a levaram para o berçário, que mais parecia uma vitrine de shopping center. Nisso, sim, posso dizer que me senti contrariada e mesmo violentada.

Quando o Caio nasceu, não senti o mesmo respeito aqui em Porto Alegre por parte da médica que me acompanhou, pois ela fez muita pressão sobre a dita necessidade de que fosse outra cesariana (Lalá entrou em sofrimento após horas de trabalho de parto) e disse a meu marido que eu corria risco de ruptura de cicatriz e, portanto, de vida. Não houve jeito, ele foi convencido e travou-se uma batalha em que fui vencida.
No hospital Divina Providência fomos tratados de maneira muito humana e a equipe de enfermagem foi maravilhosa. Todo mundo solícito e sempre estimulando pacientemente a amamentação, o descanso, a participação da Larissa e do papai Paulo no primeiro banho, na troca de fraldas, no acolhimento do bebê.

E contigo, como foi? Que tal colaborar com esta pesquisa INFORMAL, mas muito importante? Sendo sincera, claro, dando seu depoimento nos comentários, se desejar, mas sobretudo sabendo que não há necessidade de identificação!


A iniciativa desta blogagem é das engajadíssimas Ligia Moreiras Sena, Fernanda Andrade Café e Ana Carolina Franzon.

Caso não consiga responder no formulário, utilize este link para responder, Ok?!
Obrigada!

 

BC Esmaltes + Fadas

Ultimamente ando muito serelepe! Há quem, olhando de fora, possa achar até que ando de nariz empinado ou metida, mas quando estou feliz, fico olhando pro céu... E quando estou meio pra baixo, também, rsrsrsrs! Talvez a conexão com o divino seja algo importante demais para ser negada.

Hoje nossa blogagem coletiva, instigada pela Fernanda Reali, tem um adicional: falar em fadas!

Nós crescemos ouvindo falar em fadas-madrinhas... A Fada Azul, do Pinóquio, que dá vida a um boneco de madeira, realizando o sonho de paternidade de um carpinteiro solitário; a Madrinha da Cinderela (quem não sabe cantarolar com ela? "Come on"! Salagabula...) ; Sininho, a fadinha ciumenta de Peter Pan e que agora virou Tinker Bell, com filme próprio e tudo; ultimamente tem até a fada bem louca, mãe do Encantado, de Tão, Tão Distante, nos filmes do Shrek. Não lembro muito de na infância ter me apegado muito à imagem de demais fadas, mas ter me tornado mãe fez com que eu lembrasse do fascínio que as bruxas exerciam, como a Malévola e a Madrasta da Branca de Neve...


No quarto da Larissa as fadas estão ao lado da cama, velando seus sonhos!








Só que, no fim das contas, a Fada Azul sempre esteve comigo, na minha imaginação, é a de minhas memórias mais distantes, desde bem pequena. E ela, como as demais fadas, é generosa, é meiga, maternal.








Agora, quando veio à mente a postagem que faria para a blogagem, não tive como pensar em outra história de fada, que não essa:







Essa é uma história divertida, que coloca um homem na posição de fada, o que é nadar contra a corrente - adoro! - e tem muito a ver com a fase que recentemente minha filha viveu, de perder os dentinhos. É um filme que recomendo agora para as férias de verão com a criançada depois de um banho de chuva, com muita pipoca e carinho!

No Brasil, importamos essa história de fada do dente, mas na Argentina, onde vive meu afilhado Gabriel, é o Ratón que vai buscar o dente que caiu e entregar um presentinho.








Mas tem uma blogueira que também está fazendo o seu papel de fada madrinha e distribuindo sensibilidade ao convidar quem quiser e puder, para  se transformar em fada neste natal:



Conheçam melhor a Clau Finotti e vejam como é fácil fazer diferença na vida de uma criança sem as mesmas condições de vida de nossos filhos, sobrinhos, afilhados...

Também falei sobre doar o que há de melhor em você nesse post aqui.

Minhas unhas de fada serelepe, com todo o apoio da minha manicure-diva Rebeca ficaram assim, com o Madonna, da Impala:




Inspirem-se no que as pessoas falam sobre o espírito natalino e vamos colocar em prática aquele desejo de ter um mundo melhor, começando com nossas mãos esmaltólatras levando carinho para alguém!

Beijo, bom fds!
  

BC de esmaltes e da Rita: pequenas felicidades e lembranças

Puxa, esse é um tema que deveria ser recorrente não apenas nas blogagens, mas nas conversas entre amigos! Relembrar que no meio da rotina, do fim de ano sempre cheio de cobranças, existem os motivos para respirar fundo, sorrir e ser grato pela vida. Geralmente são as pequenas felicidades que fazem isso com a gente!


Carinho dos filhos - delícia!


Tem coisa melhor que receber carinho? E de criança? E se essa criança é sua filha, seu filho, sobrinha(o), afilhado(a)... tem um "plus". Quando as crianças acordam cheias de amor pra dar, é um momento que me faz transbordar o coração de alegria. Muitas vezes fico em silêncio, curtindo...


O tempo passa e a amizade não muda!!!


Tenho boas amizades e elas são verdadeiras. Os nossos encontros podem até ser esporádicos, mas quando acontecem, parece que o tempo não fez diferença, porque tratamos de atualizar o que aconteceu, somos parceiras nos momentos delicados e também para fazer folia e até pagar mico cantando hino do colégio em boteco!

E tem mais:

Adoro tomar banho de chuva! Se puder ser em boa companhia, melhor ainda!

Muitooo booom!



Passam-se os 14 anos, temos nossos dias de olhar enviesado, luta, alegrias, frustrações, sonhos, percalços e, mesmo assim, podemos dizer:


Preciso explicar?

Dá pra dizer que já fiz um bocado de coisas, que não preciso explicar porque poderia parecer exibicionismo, mas se tem uma coisa de que me orgulho... Eu acredito em sonhos!


Posso dizer que realizei muitos sonhos!


Meus filhos são amados e amam seus avós... Isso não tem preço!


Minha mãe já fez permanente para ficar crespa como a netinha, pode?


Nunca vi meu pai babar tanto!

Meus cachorros são figuraças!

Patrick, o cão digital
Bob Esponja, o cão de guarda folgado!




Por isso... Quando me dou conta que todos os dias tem uma imagem como essa, consigo contemplar, me emocionar e elevar o pensamento a Deus, agradecendo por mais uma porção de oportunidades que foram oferecidas pela vida.

  

Essas são as pequenas coisas que posso dizer que resumem a felicidade ou, melhor, que são pequenas felicidades que trago comigo. E quais são as suas?


P.S.: Ia me esquecendo... Adoro fazer as unhas, me sinto feminina e feliz! Mas hoje esqueci o nome do esmalte escolhido... Só sei que é colorama, hahaha! E, detalhe: repararam que o computador geralmente aparece nas minhas fotos??? KKKKK Blogar me faz muito feliz e me trouxe muitas amizades, mas isso é assunto para outra blogagem!






Mais um adendo: me meti, bem perdida, numa blogagem achando que fosse outra... A proposta foi feita pela Rita, do blog Botõezinhos. Ó o selinho aqui:




Prestigiem a blogagem coletiva de esmaltes + lembranças! Está muito linda! A Fernanda Reali, como sempre, propondo um momento glamour + emoção ã flor da pele!

Música da Minha Vida, parte I - Blogagem coletiva atrasada

Falar de músicas pra mim é sinônimo de falar de vida. Nasci numa casa bastante musical, embora nenhum dos meus pais toque qualquer instrumento. Mas sempre tem alguém cantarolando, assobiando, ouvindo um som... Além do que cresci no bairro Jardim Botânico, cheio de canto do pássaros, um privilégio para quem reside em cidade "grande".

Meu pai, agora aposentado, foi por mais de 40 anos locutor de uma rádio que, além de ter AM (= noticiários, esportes entrevistas etc.), tinha FM com muitas músicas clássicas, intercaladas com Ray Conniff, Frank Sinatra, Mercedes Sosa, Júlio Iglesias, Nana Mouskouri, Beatles, muita música instrumental... Sabe aquela rádio que toca as músicas de ouvir em sala de espera de consultório? - Essa rádio hoje está bem diferente, mas isso não é tema da blogagem.








Mas minha mãe ouvia muito Roberto Carlos, Erasmo, Wanderléia, Antônio Marcos, Ângela Rô Rô, Leno e Lilian, Renato e Seus Blue Caps intercalados com muita Beth Carvalho, Clara Nunes, Elis Regina, Jair Rodrigues, Gonzaguinha, Maria Bethânia, Nei Matogrosso, Almôndegas, DiscocuecasGrupo Impacto (imperdíveis os 3 últimos!), enfim...


Meu pai teve uma fase em que escutava João Mineiro e Marciano, Chitãozinho e Xororó (acho que devia ser bem início de carreira), Jair Rodrigues (numa batida diferente da minha mãe), Sérgio Reis... E também sempre curtiu uma música nativista, algo que acho que vale a pena conhecer: Leonardo, Gaúcho da Fronteira, Neto Fagundes - aqui cantando com Fresno! - e tantos outros artistas que tanto falam com amor de tradições que podem parecer toscas para alguns, mas que dizem muito sobre o país onde vivemos, já que antes de gaúchos, somos brasileiros.

Então eu cresci ouvindo tudo isso e muito mais, porque muito minha mãe ensinou canções de roda, parlendas e isso nós cantávamos naquelas viagens demoradas até o interior, no tempo de estradas ruins, muitas delas de chão batido. E tem músicas e brincadeiras que nós cantávamos muito, duvido que alguém não vá lembrar de alguma delas, em brincadeiras que hoje ensino aos filhos:

"Pimponeta!
Petapetaperrugi, 
petapetaperrugi
Faz pim... pom!!!"


Quem sabe...? 


"Oh, meu belo castelo (bota, tira, trarei)!
O que vós quereis? (bota, tira, tirarei)"

Ou Adoletá, lembra disso?






Mas também era muito comum o pai chegar em casa com aqueles discos que ninguém tocaria lá na Rádio Guaiba: do Carequinha, Patotinhas, Arca de Noé 1 e 2 (estes em fita cassete), Blitz, alguns deles com o single, aquela música de lançamento que vinha antes mesmo de o Long Play estar nas lojas. E ficava TRI FACEIRA, achando o máximo receber o disco do trabalho do pai, porque criança sempre acha o máximo qualquer gesto dos pais, né?!
Imagem: http://flashbak7080.blogspot.com


Acho que isso culminou quando ganhei um toca-discos Philips de presente foi O MOMENTO da minha infância, em termos mais individuais, pois poderia escutar meus discos no meu quarto e eu achava isso muito legal! Talvez comparável a minha filha ganhar um computador ou iPad só dela. O meu era exatamente igual ao da imagem ao lado!!! Até essa cor de cocô! KKKKKKKKK! #morry ao ver que tinha essa foto no buscador!

Muito cedo, acho que aos 8 anos, começou a função das reuniões dançantes, que eram muito mais pra imitar os irmãos mais velhos dos amigos do que propriamente pra outra coisa, mas a turminha do prédio tomou gosto, cada vez fazendo em um apartamento. Então o toca-discos foi muito útil! 


Assistindo Programa Sílvio Santos, Globo de Ouro e Cassino do Chacrinha, então, eu conheci muitos artistas diferentes e aprendi a cantar músicas de gente grande e diferente dos meus pais:








De BiafraGilliard, Marquinhos Moura, Nahim, Gretchen, Wando até Absyntho, Doutor Silvana, João Penca e Seus Miquinhos Adestrados, Kid Vinil, Eduardo Dusek, Kid Abelha, Os Titãs o Ieieiê, tudo estava presente! - E eu morria de medo do Arnaldo Antunes, rsrsrsrsrss! - Mas não posso negar que o MUSO da época era o Magal e ponto final! Então, ele precisa estar presente nesse post!








Foi também nessa época que eu aprendi a gostar de rock nacional e internacional de uma outra forma: por influência dos amigos. Ele, o rock brasileiro, explodiu na década de 1980 e eu estava presente, como chá de pêra, sempre. Como éramos sócios de um clube perto de casa e tinha as amigas que citei no post da infância, mais velhas e já começando os namoricos, eu acabava indo a festinhas como "escolha da Rainha do Colégio" e "Sundae", promovida esta última pela Rádio Cidade, na época das mais moderninhas. 


E eu adorava ouvir Paralamas do Sucesso, Capital Inicial, Barão Vermelho, Titãs, tanta coisa boa!





Mas tem muito rock gaúcho surgindo nesse momento e garanto que a maioria das amigas blogueiras que participam dessa blogagem coletiva não conheceram, com grupos como TNT, Replicantes, Rosa Tatooada, Nenhum de Nós, Engenheiros do Havaí, Taranatiriça, Cascavelletes...


Essas músicas falam muito de uma parte muito bacana da minha vida. Ao escrever esse post, já ri e chorei pra caramba. Está sendo um momento único!


Mas o motivo que gerou essa BC foi, também, lembrar com carinho que no dia 06/11/1998 @paulodedalus e eu nos casamos no civil. Lembro como se fosse ontem: um dia muito quente, que começou com a prova que fiz para o mestrado e nós correndo para que desse tempo de chegar ao cartório e ainda aparece o gerente do Paulo para fazer uma bendita reunião no horário do casório!!! Claro, não podia ser diferente. Com a gente, as coisas são sempre de um jeito muito maluco, sempre tudo ao mesmo tempo: agora.


Nos conhecemos na faculdade de biologia; ele terminando o curso, eu começando, em 1993. Reprovamos, como 95% da turma, em matemática aplicada a biologia, algo que deve ter ficado na história do curso. Passávamos mais tempo brincando de escrever nomes de personagens de desenhos animados (amamos!) que estudando essa disciplina, a única que tínhamos em comum, já que não era pré-requisito para nada e, na época, podia-se deixar para o fim do curso sem maiores prejuízos.


No semestre seguinte, acabamos nos matriculando numa turma dessa disciplina em que éramos minoria. Fomos encaixados numa turma do curso de farmácia, então os futuros biólogos se uniram para comer chocolate toblerone e dizer bobagens, ate estudar de vez em quando e foi assim que comecei a me interessar pelo Nikima, como ele era chamado. Mas ele tinha namorada, eu fiquei mudinha. E ele me empurrava para os colegas...


Ele terminou o curso e pouco nos vimos até novembro de 1997, quando acabamos nos encontrando no prédio em que eu morava. Dias antes, tinha sonhado com uma pessoa cujo rosto eu não via, mas tinha os cabelos crespos e loiros como são os do maridex. No sonho, essa pessoa seria alguém muito importante pra mim. Tinha a certeza de que seria o homem da minha vida. Ao nos encontrarmos, eu só conseguia ouvir a sua voz, não via o rosto... Imaginam o quanto tremi até conseguir ir cumprimentá-lo, já que instantaneamente reconheci a voz dele? - E, depois, claro, passou o susto, conversamos e combinamos de ir juntos a uma festa à fantasia que teria na faculdade.


Se pudesse resumir esse momento de início, que pra mim foi muito marcante, juro que ouvi tocar essa música, que foi uma das primeiras que dançamos na Festa à fantasia da Bio:







A foto da festa fica para o próximo post, pois não pude escanear hoje e vem mais no próximo post, que pretendo fazer ainda hoje à noite, e prometo que aí vem uma trilha sonora do nosso casamento, Ok?!

E vocês, o que acharam dessa trilha da minha vida até começar a namorar o Alemão/Maridex?

Como me tornei professora? #blogagemcoletiva: Esmaltes e Educação

Esmaltes: bata rosa + rosa sucesso + paz e amor
Hoje é véspera de uma data muito importante pra nós aqui de casa. Mas para uma grande maioria das pessoas vai "passar batido". O dia do professor, pra gente, é um dia de orgulho. Afinal, somos dois professores de ciências e biologia, @paulodedalus e eu. Inclusive nos conhecemos nos bancos do antigo Instituto de Biociências da UFRGS, nas aulas de matemática aplicada a biologia.







Ei-los!

Quando perguntam sobre como me tornei professora, a frase sai imediatamente da boca, antes mesmo que reflita a respeito: - Sendo aluna. Fui aluna de muitos professores, tendo começado muito cedo, pois pedi para ir para a escola acompanhar os amigos maiores. 

Tive professores maravilhosos e outros nem tanto, mas com todos eles aprendi sobre o que é ser educador, numa época em que caderno de caligrafia, giz e quadro-negro contavam com o suporte das cartilhas e alguns outros materiais que continuam em uso na educação dos meus filhos. E posso dizer, com certeza, que ter sido aluna de gente muito afim do que fazia... fez toda a diferença em minha vida.




Imagem: www.oceanleadership.org



Eram professores sorridentes, motivados, me pareciam felizes por estar naquele lugar cheio de pessoas de origens, crenças e disposições diferentes para estudar. Muitas vezes a maioria não estava interessada em estar lá e era preciso ter jogo de cintura para que, percebendo o astral da turma, algo fosse modifcado nos planejamentos, ou acrescentado, ao mesmo tempo em que a cobrança da escola de freiras fosse do tipo marcação cerrada.

Uma das minhas primeiras professoras foi a tia Lúcia. O relacionamento dela com as famílias dos alunos sempre foi um destaque na minha pré-escola. E isso foi forte a ponto de ainda hoje nós continuarmos em contato! A filha dela é uma das minhas amigas mais queridas e durante a nossa adolescência muito freqüentei a casa dela. - Fiquei tentada a pegar uma foto dela no facebook, mas sem pedir autorização não dá...

Mas talvez eu, como vários outros alunos dessa escola, tenha sido privilegiada por continuar convivendo com meus professores até hoje, pelo bairro em que moramos. Encontro meus ex-professores no supermercado, nas ruas e o que acho bacana é que eles se lembram de mim, do meu irmão, contam histórias que dizem que, sim, os alunos são importantes pra eles também. Aí o professor de química dá um abraço, a do jardim já o reconhece e se forma uma rodinha de conversa...


E quando encontro a professora de física na escola da filhota e ficamos de altos papos? Imagino que ela agora dispõe de laboratório de física, coisa que nós não tínhamos... Talvez essa seja uma disciplina então bem mais atraente agora. - Detestava!!!




Imagem: www.edgartownschool.org



Lembro quando eu morava em São Paulo e uma turma de ex-alunas e atuais também se formou para comemorar o 50º aniversário do nosso professor de educação física. Nos comunicamos pela internet e foram feitas homenagens, bolo, powerpoint com fotos dos tempos em que fomos suas "pupilas" na escolinha de basquete e eu vim para POA para participar desse encontro. A emoção do professor Raul foi tanta que ele riu entre lágrimas e abraçou cada uma de nós com muita emoção! - Não sei se ele tinha noção do quanto é amado!

As professoras de português estimularam muito o gosto pela escrita, por conhecer a história que havia por trás de cada autor que líamos e que usássemos a criatividade em nossas composições. Elas foram as primeiras a trabalhar conosco no pátio, ou em posicionamentos diferentes dos tradicionais postos de mesas e cadeiras enfileiradas, nos mostrando que era possível, sim, olhar diferente para aquele lugar e aquelas pessoas com quem crescíamos.


Uma experiência interessante que tive foi ver a minha professora da primeira série voltar a ser minha professora na oitava... Foi um exercício de quebra de paradigma. Na minha memória ela era a professora idealizada, uma verdadeira fada, a que me acolheu numa escola que considerava enorme e que me incentivou muito quando eu já sabia ler, a ser uma "monitora" dos coleguinhas que ainda mal conheciam as letras - na época não era obrigatória a pré-escola. E, depois, quando eu já era adolescente, ela se mostrou uma tremenda companheira e incentivadora da galera, a então "sôra" Dirlei.


Essa imagem é da entrada da biblioteca da 
faculdade de Educação da UFRGS, onde estudei.
Tenho sempre em mente o quanto vale a pena a dedicação ao trabalho em educação quando me dedico a ele. Mas não é por isso que acho que professores são missionários e basta a satisfação de trabalhar com o que gostam para se darem por satisfeitos. Continuo acreditando que assim como outros profissionais, merecem respeito e reconhecimento por seu trabalho com condições salariais, ambiente de trabalho, investimento em atualização e incentivo para que vivam motivados a continuar dando seu melhor.





FACED - voltei lá depois de 10 anos
um dia desses


E é por isso que me juntei a um projeto que coloca em prática tudo isso a que acabo de me referir. Se quiserem conhecer um pouco sobre ele, basta clicar aqui.  


Poderia me dedicar dias ao tema e este certamente não será meu melhor post, porque desde ontem me sinto correndo atrás do rabo para dizer o quanto sou grata aos verdadeiros mestres que tive e desejo continuar tendo ao longo da vida. Porque com eles aprendi que vale a pena continuar uma eterna curiosa, aprendiz da vida.


Por isso, aqui deixo pra vocês o que gostaria de fazer pessoalmente, hoje e sempre:


Imagem: www.zazzle.com.br

Estava esquecendo: este post faz parte da blogagem coletiva Esmaltes + Educação, proposto pela Fernanda Reali

Como era Ser Criança na Minha Infância? #blogagem coletiva

Selinho da blogagem!
Puxa, nunca pensei que uma blogagem coletiva proposta tão espontaneamente fosse tomar essa proporção: um momento em que todos na casa dormiam e eu me peguei a olhar uma caixa cheia de imagens que estão misturadas... Porque algumas estão desorganizadas, outras já naqueles álbuns que recebemos na revelação, mas que traziam consigo milhões de significados.   

Tinha fotos aos montes, principalmente dos nossos filhos, do início do casamento, de pessoas que já partiram... Eu, canceriana (=saudosista por natureza), me vi emocionada e rapidamente soluçando. Sim, porque eu lembrei de muitas coisas lindas, que valeram a pena ser vividas!

Apaixonada por animais
Tinha meu avô fumando cachimbo e eu fazendo zona ao lado dele, que tentava ler alguma coisa embaixo da parreira da casa dele; o balanço feito com corda do armazém desse mesmo vovô; o bezerrinho que a vovó deixou que eu cuidasse; as brincadeiras com meu irmão no jardim que ela cultivou com tanto amor e era o seu orgulho! Adorávamos brincar de labirinto entre as rosas, as cravinas e depois fugíamos pra horta, ao lado, onde estavam as couves, os alfaces e muito mais que acabava virando nossa refeição e que aprendemos a saborear com gosto.

Jardim da vovó


Férias em São Lourenço do Sul significava ficar ROSADA. Nós ficávamos na casa desses avós com hábitos rígidos da sua cultura alemã, como jantar às 18hs, então aproveitar a praia, chamada Pérola da Lagoa - recomendo, é linda mesmo! - significava reunir os primos, que iam de Porto Alegre, com os de lá. E eu amava brincar com minhas primas! Mas significava também pegar o sol no momento mais perigoso e ficar de bode porque na hora mais bacana era o momento de ir jantar e não tinha negociação. Nunca entendi o motivo, mas foi assim.   

Chegando da praia: banho de regador

Não havia a cultura do filtro solar e me lembro da minha mãe usar nela, uma pessoa que se bronzeia até com suspiro, coca-cola e óleo bronzeador (odeio o cheiro até hoje) pra ficar pretinha e cheia de abelhas por perto. E eu, invariavelmente, embaixo das figueiras, mas conseguia ter insolações memoráveis. Calamina deu muito lucro comigo.

Mas nós tínhamos também um mundo a explorar que era maravilhoso. A casa do vovô Albino e da vovó Ilma era grande e tinha um armazém onde se encontrava de tudo: tecidos, linhas e aviamentos; lembrancinhas de batismo (oi?!); enxadas, sementes, ancinhos e regadores; pinga, vermute e conhaque; vegetais da horta, ovos colhidos no fundo de casa; manteiga que nem ia pra geladeira (ECAAA eu já dizia quando criança); penico de louça; remédios que ficavam ao nosso alcance e nós pegávamos NAFTALINA, ASPIRINA INFANTIL e AAS pra comparar o sabor com BALAS DE BANANA, PIRULITOS E BALAS SOFT; ki-suco e guaraná frisante Polar, guaraná Sielva, guaraná em pó... Também tinha toicinho, salame, queijo e mortadela "armazenados" em uma invenção do meu avô que não tenho como descrever agora, porque faltam as palavras (tô chorando de novo) e imagens pra ilustrar, mas volta e meia cercada por moscas.  - Sentiram que sou uma entre muitos sobreviventes?

Dindo Guto, dessa vez atrás da mesa
Mas também tive uma infância cheia de outras coisas, como brincar no quarteirão do condomínio onde meus pais vivem até hoje, numa época em que não havia cercas; a turma era grande, parece que o relógio biológico da mulherada estava sincronizado e todas resolveram parir os primeiros e segundos filhos juntas. Foi lá que conheci o meu cumpadre, o Dindo Guto. O meu amigo/irmão, que eu enfiava debaixo da mesa da sala e vivia com hematomas na testa porque eu adorava empurrar o carrinho de bebê dele, me aproveitando de ser 6 meses mais velha que ele. Essa amizade estava escrita, já que nossos pais são amigos de infância, vieram morar em POA e dividir apartamento, compraram juntos apartamento quando iam casar, na mesma época...


Casamento coletivo
Com essa turma vivi grandes alegrias e a minha mãe, antenada que só, tinha umas idéias malucas pra época, como nos fotografar lá da janela do apartamento enquanto ficava de olho passando roupa, pra termos recordações. E encontrei uma foto de um dia em que brincávamos de casamento - e eu achando que  a filha era precoce! - Tinha todo o cenário armado, com cobertores pra sentarmos na grama, as bicicletas para sairmos da cerimônia, as meninas mais velhas enfeitando os cachos da minha amiga Biba com jasmins, enquanto nos meus nada parava, porque eram muito lisos!

Folia organizada


Outra invenção da dona Ciça foi a sacola com cordinha pra enviar o lanche pela janela do 4º andar pra que eu nem entrasse imunda no edifício, o que pra ela era um pecado - hoje entendo! - ainda mais que eu adorava me pintar de barro pra ficar pretinha como minha Dinda Janine e minhas primas de Dom Pedrito e do Rio de Janeiro.

Fora que todos os animais machucados iam parar lá em casa, tivemos marrecos dentro do apartamento e dávamos banho com água morna, pra depois secá-los com secador. Tivemos passarinhos em gaiola que não conseguimos ficar por muito tempo, de dó que eles ficassem tristes com a prisão que significava estar conosco. Hãmster, cachorros que foram parar lá em casa no meio de uma reunião dançante em uma sala de 10m² e ficaram menos de 15 minutos porque fizeram xixi e acabaram com a festa... enfim...

Nós tivemos oportunidade de dividir espaços, brinquedos (não ganhávamos muito nem a oferta era tanta quanto hoje) e o primeiro a ter videogame no condomínio foi o meu primo Xande, eu acho. Então ele organizava campeonatos de ATARI com caderneta pra conferir na tabela o andamento do concurso.

Tínhamos atritos e nhenhenhés como as meninas e meninos de hoje; tínhamos ciúmes e também vontades, mas nossas frustrações não iam longe, porque a galera se resolvia e muitos dos perrengues nem chegavam aos pais. Talvez nossas mães dessem mais espaço pra vivermos esses sentimentos, sem tentar psicologizar tudo, sei lá.

Os corredores dos prédios (são 3) eram cenários de muitas aventuras, como ter coragem de tocar a campainha do apartamento de uma senhora que até hoje me dá arrepios, porque quando se mudou pro bloco era viúva recente e vivia de preto... Logo sendo associada a uma bruxa. Nós quase rolávamos do 6º andar até o térreo embolados, porque o medo de ela nos pegar era imenso, mas a curiosidade por ver o caldeirão era igual!

Sentiram de quem eu sou fã?
Tive chá de encontro das bonecas (pena não ter escaneado!), joguei taco (foi assim a primeira vez que torci o pé, de muitas), subi em árvores e nunca consegui descer, porque morro de medo de altura. Tive reuniões dançantes, dança da vassoura e aprendi a jogar cartas com a minha amiga Nanda, que junto com a Jana me levavam pra escola aos 5 anos, cuidando como irmãs mais velhas. A escola onde fiz a pré-escola era pública, ficava a 2 quarteirões e nós sentíamos segurança de andar pelo bairro.

Nossas mães nos levavam de ônibus (de galera) pra fazer piquenique em parques do outro lado da cidade e aos primeiros dias de passe livre, coisas bem doidas, porque toda a população portoalegrense tinha a mesma idéia no mesmo dia; tínhamos um verdadeiro Barney, o Remendão, como herói, que morava no sétimo andar e fomos ao seu programa. Tive exemplos péssimos de comportamento nos desenhos que amava assistir como Tom & Jerry, Pica-Pau, Pantera Cor-de-Rosa e Pernalonga. E acho que sei dizer as falas de tantas vezes que assisti. E até hoje eles são repetidos! 
Meu bonecão nasceu em 1978





Mas talvez a melhor brincadeira de todas tenha sido me tornar a irmã mais velha. Achei que o nascimento do Max, que eu havia torcido muito pra que viesse uma Grace, não mudou a alegria com que vi a chegada de um bebê. Ele era o meu bonecão, lindo, com quem adorei dividir espaço, atenção e a vida. É o meu maior amigo, de todas as horas e com quem compartilho muito mais que o gosto musical. Nós temos uma infância bem vivida, adolescência idem. E a vida adulta nos uniu ainda mais. 

Essas pessoas continuam amigas!
Nesse sentido, sou saudosista: tive mais liberdade do que nossos filhos têm, mas ao mesmo tempo cresci vendo o mundo se desenvolver, progredir em várias coisas, então na mesma medida acredito que também não fiquei ancorada lá atrás. Talvez o que tenha acontecido seja que eu me sinta inspirada pela infância que tive pra tentar proporcionar um bocado de coisas aos meus filhos. A principal delas, brincar em espaços abertos ou em casa, porque acredito que "o brincar é necessário para a vida humana" (Tomás de Aquino).




Talvez por isso a criança que vive dentro de mim esteja chorando de alegria por ter esse baú de memórias, mas por não ter se perdido no meio do caminho e continuar me inspirando. E sorria pra você, que participou dessa blogagem, contando suas memórias para um montão de gente e que espero que volte aqui sempre que desejar, porque também aprendi na infância que é muito bom fazer novos amigos. 


Primos: amigos para sempre

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...