Lalá estava em férias e, felizmente, agora passou-se a temporada de estomatite que pegou a gurizada de jeito. E também a amidalite aguda do papai das crianças, que foi feia.
Agora seria o nosso momento de curtição! O Caio estava doido pra voltar pra escolinha e a Larissa para ter uma folguinha de dividir atenção dos pais e poder fazer uns programinhas diferentes, principalmente com a melhor amiga, que está agora em outra escola.
A semana teve de tudo um pouco: dermatologista (que a loira andou roendo unhas e comendo cutículas, que inflamaram...), ida ao centro para conhecer o camelódromo, encontro de Pollys aqui em casa, visitas aos amigos... tudo certo.
Os programas foram sorvidos com gosto, cada minuto; mas, como é com as crianças, as brincadeiras parecem sempre estar ficando boas na hora em que a mãe, aquela pessoa que faz o papel xarope de cortar o barato, vem dizer que é hora de guardar os brinquedos porque vieram buscar as parceiras de folia... As férias dos filhos não representam, exatamente, as férias das mães... já virou clichê.
Ao mesmo tempo, a decisão de ir atrás dos bancos escolares continuou firme e estou por dentro de datas de seleção, de como funcionam... Teve o almoço em apoio ao meu amigo que foi baleado em maio, ficando paraplégico, no qual conseguimos arrecadar um bom valor para continuarmos dando suporte aos seus tratamentos. Ainda, começam a aparecer os trabalhos que pareciam que não iam rolar. Fora que, graças ao bom Deus, tenho as atividades rotineiras (leia-se: coordenação da vida doméstica), os grupos de estudo no centro espírita, a família, os amigos, mas também me dediquei muito a ler os blogs das amigas, algo que não conseguia fazer havia looonga data.
O post que me prometi escrever sobre #vivapositivamente ficou guardado. Começou e ficou ali, esperando no frio e na chuva, o retorno...
Então, não escrevia, mas estava por dentro de algumas das conversas das amigas... Mas nesse mesmo momento em que várias coisas comuns aconteciam, algo muito especial aconteceu. E isso veio na forma de uma visita agendada pela amiga Karina Hamada Yamasaki, parceira de retomada de atividades da nossa valorosa Associação Gaúcha de Distrofia Muscular (AGADIM), à AACD. O frio estava demais, mas o calor que o movimento das pessoas envolvidas com o trabalho de acolhimento, tratamento e incentivo fizeram toda a nossa tremedeira sumir!
Coincidência ou não, era véspera do aniversário de 61 anos da ONG, que começou a trabalhar em São Paulo com crianças portadoras de deficiências e hoje atende em várias cidades, totalizando 9 unidades, sendo 3 delas na capital paulista.
Não sei se vocês já experimentaram a sensação de ver que de boas intenções o planeta está cheio... Nessa tarde de terça-feira, eu a conheci!
Lá 96% dos atendimentos são gratuítos; os outros 4% são de um custo simbólico, chegando ao máximo de R$6,00. A AACD-RS ainda não é autônoma. 60% dos custos são mantidos através da oficina de órteses, próteses e adaptação de cadeiras de rodas e depende ainda dos Teletons para manter a estrutura de 3 pavilhões (administrativo; de recepção e de oficina de próteses/órteses e adaptações; e de atendimento, contando com piscina para hidroterapia, inclusive).
Como atender 730 regularmente com qualidade? Com estrutura adequada e cordialidade, sem ser assitencialista? Nesse espaço fisiatras, ortopedistas, pedagogos, psicólogos, fonoaudiólogos, fisioterapeutas, assitentes sociais, 130 voluntários (corrijam se estiver errada!) conseguem fazer com que as famílias sejam envolvidas no desenvolvimento, reabilitação e inclusão dos deficientes. Não prometem uma cura improvável, mas uma melhoria na qualidade de vida.
Mais que os dados sobre administração, minha intenção com esse post é deixar um relato do que ouvi por lá e me marcou muito como irmã de portador de deficiência (ele está na foto!) e como professora: a inclusão é realizada, pro exemplo, em escolas, com participação de toda a equipe junto à instituição de ensino.
Porque a vida não tem manual de instrução e é na prática que se aprende a viver, que os coleguinhas de escola são convidados a conhecer o trabalho da AACD, vê-se uma coisa fantástica: elas passam (as crianças ditas normais) a ser cuidadoras e multiplicadoras da idéia de que é possível incluir sem ter pena. Sem agir como se a criança deficiente fosse menos capaz de coisas maravilhosas - coisa que toda a mãe sabe. Que criança não tem essa preocupação, mas aprende em sociedade, se essa sociedade é limitante e rotula as pessoas.
Também vê-se que as mães, que podem chegar acabrunhadas e tristes por verem seus filhos diagnosticados como deficientes, florescerem e se fortalecerem no convívio com outras mães. Participando ativamente do cuidado, coisa que para muitas não é fácil de internalizar. E celebrando as conquistas diárias, como qualquer outra mulher que teve a sorte de viver a maternidade.
Garanto que esse foi o primeiro de muitos encontros meus com a Ligia e o pessoal da AACD. Porque nos bazares, no voluntariado, de alguma outra forma eu vou procurar estar presente!
A semana teve de tudo um pouco: dermatologista (que a loira andou roendo unhas e comendo cutículas, que inflamaram...), ida ao centro para conhecer o camelódromo, encontro de Pollys aqui em casa, visitas aos amigos... tudo certo.
Os programas foram sorvidos com gosto, cada minuto; mas, como é com as crianças, as brincadeiras parecem sempre estar ficando boas na hora em que a mãe, aquela pessoa que faz o papel xarope de cortar o barato, vem dizer que é hora de guardar os brinquedos porque vieram buscar as parceiras de folia... As férias dos filhos não representam, exatamente, as férias das mães... já virou clichê.
Ao mesmo tempo, a decisão de ir atrás dos bancos escolares continuou firme e estou por dentro de datas de seleção, de como funcionam... Teve o almoço em apoio ao meu amigo que foi baleado em maio, ficando paraplégico, no qual conseguimos arrecadar um bom valor para continuarmos dando suporte aos seus tratamentos. Ainda, começam a aparecer os trabalhos que pareciam que não iam rolar. Fora que, graças ao bom Deus, tenho as atividades rotineiras (leia-se: coordenação da vida doméstica), os grupos de estudo no centro espírita, a família, os amigos, mas também me dediquei muito a ler os blogs das amigas, algo que não conseguia fazer havia looonga data.
O post que me prometi escrever sobre #vivapositivamente ficou guardado. Começou e ficou ali, esperando no frio e na chuva, o retorno...
Então, não escrevia, mas estava por dentro de algumas das conversas das amigas... Mas nesse mesmo momento em que várias coisas comuns aconteciam, algo muito especial aconteceu. E isso veio na forma de uma visita agendada pela amiga Karina Hamada Yamasaki, parceira de retomada de atividades da nossa valorosa Associação Gaúcha de Distrofia Muscular (AGADIM), à AACD. O frio estava demais, mas o calor que o movimento das pessoas envolvidas com o trabalho de acolhimento, tratamento e incentivo fizeram toda a nossa tremedeira sumir!
Membros da AGADIM e Ligia, a nossa anfitriã |
Coincidência ou não, era véspera do aniversário de 61 anos da ONG, que começou a trabalhar em São Paulo com crianças portadoras de deficiências e hoje atende em várias cidades, totalizando 9 unidades, sendo 3 delas na capital paulista.
Não sei se vocês já experimentaram a sensação de ver que de boas intenções o planeta está cheio... Nessa tarde de terça-feira, eu a conheci!
Lá 96% dos atendimentos são gratuítos; os outros 4% são de um custo simbólico, chegando ao máximo de R$6,00. A AACD-RS ainda não é autônoma. 60% dos custos são mantidos através da oficina de órteses, próteses e adaptação de cadeiras de rodas e depende ainda dos Teletons para manter a estrutura de 3 pavilhões (administrativo; de recepção e de oficina de próteses/órteses e adaptações; e de atendimento, contando com piscina para hidroterapia, inclusive).
Como atender 730 regularmente com qualidade? Com estrutura adequada e cordialidade, sem ser assitencialista? Nesse espaço fisiatras, ortopedistas, pedagogos, psicólogos, fonoaudiólogos, fisioterapeutas, assitentes sociais, 130 voluntários (corrijam se estiver errada!) conseguem fazer com que as famílias sejam envolvidas no desenvolvimento, reabilitação e inclusão dos deficientes. Não prometem uma cura improvável, mas uma melhoria na qualidade de vida.
Mais que os dados sobre administração, minha intenção com esse post é deixar um relato do que ouvi por lá e me marcou muito como irmã de portador de deficiência (ele está na foto!) e como professora: a inclusão é realizada, pro exemplo, em escolas, com participação de toda a equipe junto à instituição de ensino.
Porque a vida não tem manual de instrução e é na prática que se aprende a viver, que os coleguinhas de escola são convidados a conhecer o trabalho da AACD, vê-se uma coisa fantástica: elas passam (as crianças ditas normais) a ser cuidadoras e multiplicadoras da idéia de que é possível incluir sem ter pena. Sem agir como se a criança deficiente fosse menos capaz de coisas maravilhosas - coisa que toda a mãe sabe. Que criança não tem essa preocupação, mas aprende em sociedade, se essa sociedade é limitante e rotula as pessoas.
Também vê-se que as mães, que podem chegar acabrunhadas e tristes por verem seus filhos diagnosticados como deficientes, florescerem e se fortalecerem no convívio com outras mães. Participando ativamente do cuidado, coisa que para muitas não é fácil de internalizar. E celebrando as conquistas diárias, como qualquer outra mulher que teve a sorte de viver a maternidade.
Garanto que esse foi o primeiro de muitos encontros meus com a Ligia e o pessoal da AACD. Porque nos bazares, no voluntariado, de alguma outra forma eu vou procurar estar presente!
4 pitaco(s):
Bom dia,Ingrid...e maravilha este trabalho da AACD,sempre ouço falar muito bem...Aqui em Nova Iguaçu tem uma,mas nunca visitei...
É importante este trabalho de apoio às famílias e tbém a participação das outras crianças,elas realmente ñ veem diferenças,nós é que colocamos isso na cabeça delas...
Impossível não lembrar da nossa querida Mari Hart...Eu a conheci pessoalmente e é pessoa batalhadora,trabalhos como o da AACD deveriam ter mais apoio para que pudessem chegar realmente a todos...bjs,querida!!!
Oi amiga querida.....realmente, nosso passeio (o primeiro de muitos) foi maravilhoso....e espero que tenha sido planatada a semente de uma nova parceria! Vamos combinar de levar às crianças para visitar a AACD, temos aqui uma galerinha de pré aborrecentes e queria combinar com vc de levarmos os mesmos para aprender um pouco mais de "igualdade" o que vc acha?
beijos.....
AMEI querida! Muito! Ouço falar muito bem da AACD daqui, pena que é tão longe, é outra cidade, mas dentro do estado do RJ. Não rola p/gente. Eles usam equipamentos e métodos de última geração, comparáveis aos tratamentos milionários que são feitos nos EUA! Incrível!
Sua iniciativa é show! Vou compartilhar!
Beijos enormes!
Oi, Ingrid,
Dia desses o SBT reprisou trechos do Teleton no especial de 30 anos. Nem precisa dizer que chorei litros... A AACD faz um trabalho fantástico, mesmo, muito bacana divulgar.
Beijo!
Marusia
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