Não sei se teria a mesma coragem, de oferecer a um filho cujas notas considerasse medíocre, a oportunidade de sair fora da escola e ter como único compromisso na vida 3 sessões semanais de filmes escolhidos pelo pai ou por mim. Mesmo com toda a bagagem cultural de crítico de cinema, tem horas em que admirava, em outros momentos ficava tirando o David Gilmour, autor canadense, pra bunda mole.
Não tinha como concordar com um pai que fuma e bebe vinho com o filho de 15 anos; nem como pensar que deixaria um adolescente viver de crises com as namoradas, sono e apatia pela vida sem oferecer outras alternativas.
Por outro lado, como será que vou agir diante da adolescÊncia dos meus filhos?
Como resistir às reflexões por vezes superficiais, às vezes cheias de incertezas sobre suas escolhas?
O escritor está me deixando grudada ao livro. Não por ser premiado, claro que por ser bem escrito, mas principalmente por colocar a leitora aqui em contato com vários dos receios que tenho como mãe. Medo do envolvimento com drogas, de ver meus filhos sofrerem por amor nas mãos de pessoas de caráter duvidoso...
Nem o compromisso de escrever sobre o que assistiam eles tinham... Muitas vezes, suas conversas ficavam mais para consultório sentimental tentando amenizar dores de cotovelo que aulas sobre história e cinema.
Inegável que o relacionamento entre pai e filho se aprofunda, eles se apegam duma maneira incomum ao que percebemos entre as famílias atuais, pois tornam-se amigos e confidentes. Talvez, em alguns momentos, colegas.
Não quero ser coleguinha da minha filha... Quero que ela sinta confiança, tenha liberdade pra dizer o que pensa e faz, mas não que pense que vou apoiar tudo ou concordar sempre com ela. Faz parte desse relacionamento que a amizade seja diferente de amigos/camaradas escolhidos ao longo da existência!
Também acho que o escritor foi corajoso de dar a cara a tapa diante da exposição de sua intimidade, de suas escolhas como pai e é isso que aproveito tanto quanto as dicas de muitos filmes que não conhecia ou de detalhes dos que já tinha visto e não sei se tinha analisado da mesma maneira.
Por tudo isso, recomendo:
Nostalgia, risco, educação: clube do filme
terça-feira, janeiro 05, 2010 |
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