Amizades

Existem amizades para todas as horas, assim como as pessoas diferem entre si.
Tenho amigos que só vejo casualmente, mas cujo encontro movimenta as energias mais bacanas do universo, de uma forma fenomenal... Como se o tempo não passasse, a distância nunca houvesse existido.

Também tenho amigos com quem sempre falo, apenas pelo msn e me sinto tão íntima deles como se estivéssemos sempre nas casas uns dos outros.

Tenho amigos com quem não falo nunca e nem o orkut adianta pra nos fazer trocar idéias, mas que amo de paixão!!!

Também existem os amigos de quem não temos fotos, mas temos inúmeras lembranças e elas vivem me visitando. Ultimamente, mais ainda.

Perder amigos, especialmente os mais cheios de projetos e tão jovens, dá uma mexida interna que não tem descrição suficiente para fazer alguém compreender como dilacera.

Quem me conhece sabe que sou uma eterna otimista, mas nessa última semana entrei pra concha, pensei, chorei, me recusei a olhar pra determinadas pequenices que alguns seres humanos teimam em fazer; preferi mergulhar numa viagem musical ao passado, com muito Lulu Santos, Kid Abelha, muitos outros artistas que costumavam tocar quando éramos adolescentes e rir das lembranças que tenho principalmente dos meus amigos "igrejeiros", das Juventudes que freqüentei na igreja luterana.

Feito isso, minha alma ficou mais leve, foi capaz de suavizar a angústia e as "perdas e danos" que a morte precoce provoca.

O Banana, que não consigo nunca chamar pelo nome, me disse uma coisa que faz todo o sentido: ter uma crença, uma fé, faz muita diferença nesse momento, ainda que seja difícil de absorver.

Minha homenagem ao meu amigo Fred ficou marcada pelas lembranças de como ele implicava com quem gostava, tremendamente provocador. Um verdadeiro "pentelho"! De que ele ia lá na casa da mãe ensinar violão pro meu irmão. Das conversas sobre as ex-namoradas dele. Das risadas e dos "oi, seu veado" que sempre dizia pros guris.

De vê-lo pequeno, chutando uma bola de futebol quando fui pela primeira vez à casa da família dele, e eu devia ter uns 14 anos... - Ele parecia tão pequeninho!

Amanhã quero ir ao culto e estar entre os amigos e familiares desse queridão que nos deixou atônitos com sua partida. E quero levar comigo a certeza de que onde ele está tem muita folia e torcida pelo Grêmio, muita música e roda de violão, muita amizade e fé.

0 pitaco(s):

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...