Crianças entediadas - o tema está rendendo!

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Gente... quando postei sobre tédio infantil, não imaginava que fosse receber tantas visitas. Nem todas comentaram, mas os comentários e e-mails que chegaram foram muito bons, me fizeram pensar bastante.

Há uma linha de pensamento que defende que nossas crianças são muito mais inteligentes que as da nossa geração e que, por isso, precisam constantemente desafios, para não ficarem entediadas.

Será que as crianças entediadas estão mesmo entediadas? Será que estão apenas pedindo atenção?  Será que precisam de mais espaço? De mais autonomia? De menos atividades extracurriculares e mais tempo para serem crianças? De que pensemos menos por elas e, então, elas sejam chamadas para usar a criatividade? 

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Será que somos obrigados a responder por elas o que fazer? Que tal se devolvêssemos a elas a pergunta "o que você acha que seria legal fazer agora" - imagino que a imensa lista de idéias viria depois de um "eu não sei" - ou "quem sabe aquele brinquedo que está guardado a gente volta a brincar com ele"? - Aqui às vezes faço rodízio de brinquedos, acho que isso ajuda bastante

Agora que as aulas voltaram, as livrarias também retomaram as atividades de contação de histórias, que gosto muito porque acabam favorecendo que crianças se conheçam e que a fantasia, a literatura e  diversão se reúnam num ambiente bem interessante. 

Bastante inspirada no que vejo no blog da minha amiga Gisele, tenho guardado sucata para aproveitarmos bastante nos dias chuvosos. Tenho muitas idéias, mas nem sempre tenho conseguido organizar meu tempo, agora que voltei a trabalhar. E também a agenda de aniversários nos finais de semana começou a bombar!

Por isso é que também fico pensando no que a Adriana falou, de que falta tempo pra curtir o ócio e a contemplação. E que disso todos aqui em casa estamos precisando.

Então convidei a Adriana pra que exponha de um modo bem como ela entende o que tem aprendido com a experiência de ter seu filho acompanhado pelo Dr. Henrique Klajner, que defende a autoestimulação precoce de bebês, crianças e adolescentes. Eu já li a respeito, mas não tenho muito conhecimento e acho que ela poderá nos ensinar bastante.


Assim, quando ela puder, vai enviar um link do post que fará sobre o tema e vou compartilhar com vocês, Ok?!


Beijo, bom domingo! 

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Só pra finalizar... esses posts surgiram porque não desejo cair no niilismo, achar que não tem como fugir de entrar na onda de todo mundo. Aí hoje me deparo com essa citação no Facbook (quem diz que ele só serve pra dizer besteira?): 


A autenticidade morreu? Morreu nada. Me recuso a acreditar que está todo mundo burro. Não estou idealizando uma sociedade heterogênea: ela é heterogênea de fato. Chega de insistir nessa ideia que todos são fúteis, que a sociedade apodreceu. Há muita gente por aí, uma infinidade de cabeças boas que curtem um pôr do sol, que estão se lixando para prazeres falsificados e que valorizam a paz de espírito antes de qualquer coisa. Chega desses desenganos públicos que viram pauta jornalística, chega desse apocalipse moral vendido como regra. Há muitos estúpidos entre nós, mas eles ainda não são ´todo mundo´.

(Martha Medeiros) 

3 pitaco(s):

Tati disse...

OI Ingrid,

Escrevi um comentário gigante! Adorei o tema. Quando fui postar, deu erro. Que raiva!! Mas como eu tinha dado Ctrl+C resolvi colar no e-mail e te mandei! rsrs
Não só é um ótimo tema como foi muito bem abordado por você. Nos dois posts!
Beijos.

Adriana Spacca Olivares Rodopoulos disse...

Oi Ingrid, oi pessoal,

O tema também está rendendo aqui na minha cabeça. Acho que a pergunta que vc lançou se esse tédio é realmente tédio é fundamental. E outra coisa que vem martelando na minha cabeça é a transformação da Educação Infantil em espaços cuja preocupação maior é adestrar a criança para a escolarização. Esse espaço que no século passado já foi chamado de Jardim da Infância ou então de Parque (no caso das escolas públicas) e tinha os contornos de um jardim ou de um parque, se transformou num grande amontoado de cimento, carteiras e mesas com um tanquinho de areia ridículo e árvores pintadas nas paredes, onde o direito de brincar livremente se resume a hora do lanche, o resto do tempo é dedicado ao puro adestramento mesmo.

Beijos

Lua Ugalde disse...

Muito legal vc abordar esse tema, as vezes os pais sobrecarregam o filho de atividades e não conseguem entender o motivo deles não se sentirem felizes. Elas não conseguem ser crianças de fato. Brincar de correr, de se sujar...
Mas fico mto feliz em perceber que há uma mudança no pensamento dos pais dessa nossa geração. Vejo no facebook cada vez mais mães e pais buscando trazer, mesmo nas festas de aniversário, um pouco do que a criançada realmente gosta de fazer.

Bjos!!!

www.devaneioslunares.blogspot.com

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