A pergunta veio a calhar: quem sou eu?

Faz algum tempo que tenho pensado inúmeras coisas sobre mim, na minha busca por melhorar, ser uma pessoa mais "humana", mais serena, porque ando com a alma muito inquieta, questionadora e rebelde - que o diga a minha terapeuta.

Aí, agora mesmo, ao chegar em casa, me deparo com a seguinte figura:


E, confesso, que não saberia responder a pergunta numa sentada. Acho que justamente o blog Desconstruindo a Mãe fala de tudo: alegrias, progressos, falhas, temores, retrocessos, sonhos, enfim... de quem eu sou.

E, hoje, especialmente, penso que sou uma pessoa que vai ter de voltar muitas vezes a esse planeta pra deixar de ser brava, exigente demais consigo e com os outros, rancorosa, de ruminar as coisas que acontecem, radical... Porque eu acho que ando numa fase de sentimentos de adolescente, de impaciência, de urgência para que as coisas se resolvam duma vez por todas. E a vida não é assim e, caso fosse, nem teria a mesma graça, eu sei.

Andei me decepcionando com pessoas que me eram caras, caríssimas. Decepção é comum, e normal, mas quando acho que rola uma injustiça, o bicho pega... Então hoje posso dizer que sou uma pessoa magoada, quando na verdade quero ensinar meus filhos a serem pessoas menos apegadas às questões do que sou, portanto menos orgulhosas.

Gostaria de mostrar a eles através de minhas atitudes que o mundo é bem melhor quando não entramos em brigas por motivos fúteis e que muitas vezes as pessoas dizem besteiras pra, atacando, se defenderem das besteiras ou omissões que optaram por fazer.

Assim, simplesmente como digo, queria que eles fossem mais evoluídos do que eu. Que eles tivessem a sabedoria de colocar o amor em tudo o que fazem, sem esperar nada em troca, como houve uma época em que consegui fazer e me sentia mais leve por isso.

Que semeassem muita gentileza e cortezia levando luz e paz, energias positivas e criatividade por onde quer que passassem.

Ultimamente tenho evitado ver canais abertos de TV porque eles disseminam imagens de violência, de ira, de intolerância, de desespero e de angústia. Mas ultimamente é angustiada que me sinto, quando me deparo com alguns dias de falta de fé no próximo.

Tenho selecionado os programas, amizades, ambientes, leituras, tudo o que me parece ao alcance para que as crianças se sintam felizes e em condições de construir elos fortes com a vida. De depositar as fichas no jogo da vida, de apostar alto que é possível ser feliz com bem menos do que a publicidade propaga. 

Claro que também procuro mostrar que temos responsabilidade sobre as coisas, que não podemos pegar algo que não é nosso somente porque desejamos ter. Que as pessoas suam para fazer aquilo que às vezes nos parece tão banal, ao alcance das mãos. E que é preciso cuidar, valorizar e também dividir o que temos.

Só que, hoje, tenho uma sensação de vazio dentro de mim que diz que nada disso é suficiente para que consiga atingir esse objetivo e então eu choro, pelo que não depende só de mim.

Quem sabe consiga refletir sobre uma frase que copiei dias atrás e mudar o sentimento. Ela diz o seguinte: " A dor é inevitavel; o sofrimento é opcional".

Engraçado (coincidência?): "não diga que a vitória está perdida, tenha fé em Deus, tenha fé na vida... TENTE OUTRA VEZ", tocou aqui... Já saltou o coração e sorri!





Sabia que 15/7 é dia do homem?

Nunca tinha ouvido falar que havia um dia em homenagem ao homem. Sim, há dia pra todos os gostos: santos, mãe, amigo, avós, orgulho gay, reis, ação de graças, índio, Terra... Com certeza há que se pensar sobre um dia do homem!

Algumas vezes me pego pensando que há uma série de cobranças que os rapazes sofrem desde que nascem. Ser responsáveis, seguros, guerreiros, viris, fortes, ter sucesso na carreira, não se abater nos percalços, saber driblar em várias situações da vida - não apenas nos jogos de futebol.

Não ouvi qualquer manifestação,nem soube de passeata, bandeira hasteada, mas será que o homem pensa que merece algum tipo de homenagem?  

Aos homens que marcam minha vida: pai, marido, irmão e filho. Primos queridos, tios, pais dos meus amigos, amigos, enfim... parabéns atrasado pelo seu dia! Comemorem essa data e ajudem a criar uma cultura de valorização do sexo masculino, suas lutas e conquistas! 

Quais são as referências das nossas crianças?

 

Acabei de ler na Babado que faleceu o ator que interpretava o PAPAI PAPUDO (!), personagem bastante conhecido de quem era criança na década de 80 por perguntar "crianças, que horas são?" ao que nós respondíamos "5 e 60"! Ao ler que o ator conhecido como Gibe tinha 75 anos, me ocorreu que eu imaginava que isso já tivesse acontecido, afinal de contas não se ouvia falar do personagem nem do artista havia tempos.

Daria uma conversa enorme e profunda se pensássemos em como o Brasil não cuida, na verdade desprezando os seus artistas; mas o ponto que me pegou foi pensar que as crianças atualmente quase não têm referências em termos de artistas que se dedicam a produção cultural televisiva e até teatral para a infância. O repertório é pequeno.

Assistindo em alguns horários diferentes o canal RA TIM BUM, que é muito bacana, fiquei de olho em parte da programação, que é a mesma que eu assistia, como Pandorga, Bambalalão,  Glub Glub, X Tudo, Mundo da Lua... (Claro que eu assisti Sítio do Pica Pau Amarelo, Vila Sésamo...)

Também pensei em quem eram os ídolos da minha época e uma série de pessoas que me vêem à mente não são apresentadoras infantis, necessariamente: Bernard, Montanaro, Oscar Schmidt, Vera Mossa, Hortência, Nadia Comanesci, Nelson Fittipaldi, Nelson Piquet, mais tarde Ayrton Senna e outros atletas tinham  certo espaço na TV aberta, já que pra nós a TV a cabo não existia. 

Já canais como DiscoveryKids, Cartoon Network e Nickelodeon têm programação voltada para crianças e algumas atrações até produzidas aqui no Brasil. Mas quem são as referências de nossas crianças?

Confesso que não lembro como a Larissa conheceu a Xuxa e acabou pedindo pra assistir aqueles DVDs "Só para baixinhos", mas confesso que embora já tenha me candidatado  a paquita  assistido seus programas, a pessoa não me parece das mais salutares para servir de exemplo pra alguém. Mas Sandy e Júnior, supercomportados, também não estão na área.
Maísa, a irritante menina que faz pum no programa Sílvio Santos, meus filhos não sabem quem é. 

Pô... Quem são os ídolos dessa época? Jogadores de futebol que se entendem com traficantes, atletas que tomam medicamentos para terem melhor rendimento e conquistarem medalhas... Popozudas que fazem danças sensuais, ou personagens menos inofensivos, como Hannah Montana e High School Musical, adolescentes que minha filha não assiste, mas de quem sabe mil histórias através das coleguinhas e por isso tenta nos convencer a assisti-los.

Ainda essa semana nós estávamos olhando no YouTube alguns vídeos antigos sobre quem eram os artistas que faziam a nossa cabeça na década de 80. Ríamos do Bozo, da Vovó Mafalda, do Papai Papudo, e conversávamos sobre os programas que ainda hoje são assistidos por crianças e a Larissa passou a querer saber mais sobre como era ser criança "nos tempos antigos".

Creio que influenciada também pelo trabalho na escola, a respeito das diferentes fases da vida, ela quis saber dos brinquedos e brincadeiras que fazíamos. Mas tudo culminou na tarde de ontem, quando meus pais foram entrevistados pela turminha dela e pela profe e ela viu as 5 Marias, a boneca de pano, outros brinquedos que minha mãe levou.

Hoje, último dia letivo do semestre, teve a homenagem aos avós com as crianças trajadas de anos 60, músicas de Celly Campello, coreografias e um chá para netos, vovôs, e vovós confraternizarem.

Achei a iniciativa muito bacana, por muitos motivos, já que o projeto era de valorização da vida, mas senti especialmente o interesse da minha filha em sair do seu mundinho e olhar para fora, vendo que existem outras perspectivas e que pode-se ser criança sem viver em função do aparato tecnológico e que a relação de proximidade que ela tem com seus avós, tios-avós, bisavós é preciosa.

Quando voltaram da escola, o Caio se grudou no vovô e não quis ficar sem ele. Botou pra chorar e só se acalmou quando a vovó perguntou se ele queria ir dormir na casa do vovô. e ele topou prontamente! A Lalá já se candidatou a ir junto; nós deixamos, claro, certos de que não poderia haver melhor programa pro início de fim de semana e férias escolares do que estar perto de suas raízes.

(A foto estará disponível em breve, pra que vocês vejam como ficou bacana o trio Lalá com figurino anos 60 e os avós babando...)

O post que será postergado

Desde ontem estou pra escrever um post sobre como se reconhece pelos trajes e cores quem é novato em academia e os personagens que encontramos lá... eu mesma, cheia de moletons e pálida, cor de escritório como se diz... Encarando as gosotosonas de bronzeado dourado, roupas coladas ao corpo, e os tiozões da Sukita, disputando atenção com os jovens em busca dum corpo atraente pra pavonear entre as adolescentes doidas por vampiros e lobisomens da saga Crepúsculo.


Mas agora de manhã li o post da Roberta, do Piscar de Olhos, que fez parar para pensar que uma gestação, ao contrário do que pareça, não é algo assim tão fácil de acontecer, mesmo entre casais saudáveis e em condições de receber uma criança em sua vida e seu lar.

Nós mesmo ficamos 5 anos sonhando com isso, fazendo exames, descobrindo que a culpa é algo que começa a impregnar a mulher assim que ela decide ser mãe... até que descobrimos que meu marido tinha varicocele e precisamos esperar o resultado de uma cirurgia que mexeu com os sentimentos do meu marido (como assim um homem tem problemas???).

Depois de termos a Larissa, veio a depressão pós-parto ("ué, ela não queria tanto essa criança?"); ela tratada, descobrimos que eu tinha câncer de tireóide justamente quando desejávamos "encomendar" outro bebê. Vieram cirurgia, radioiodoterapia, afastamento da família, retorno e uma espera e torcida para que ao contrário do que prognosticavam, eu teria, sim, outro filho. E aconteceu, após outros 5 anos!

Para quem perde um bebê, ou fica impedido temporariamente de tentá-lo, uma série de questões passam pela cabeça: porque com a gente? É castigo? Por que famílias miseráveis têm fertilidade à beça e todo mundo nasce saudável? 

Não cremos em justiça divina nesses momentos, mas os "consolos", como disse a Roberta, não consolam uma mãe, só pioram. Dizer que é aviso dos céus para que fiquemos num filho só, pior ainda! Mas uma coisa é certa: a natureza tem sua sabedoria e não estamos aptos a compreendê-la.

Por isso, está aqui minha forma de dizer que sou solidária e tento me colocar em teu lugar, Roberta. Dóem as perdas e elas marcam por muito tempo... Assim como um dia, torcemos, as alegrias ajudarão a diminuir essa dor, mas não a cicatrizar, por que "o que poderia ter sido" é um pensamento que vai acompanhar a tua trajetória.

Força, querida! Estou fazendo pensamento positivo, porque o minuto de silêncio pra mim é muito complicado... Penso que neste momento estás gestando um sonho! 

Esta imagem tirei do site www.bebe.abril.com.br 

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