Vovô e vovó são tudo de bom!!!!






Fiquei ultrafeliz quando soube que na primeira série nossa filhota terá um projeto especialmente sobre a passagem do tempo e valorização dos avós!

Minhas avós e o avô paterno marcaram minha vida, cada qual a seu modo. Pela sabedoria, pelo carinho demonstrado com piadas, comidinhas especiais, mas principalmente porque seus olhares diziam muito mais do que os gestos (contidos) permitiam.
Nos víamos mais nas férias, em alguns finais de semana especiais como dia das mãe, já que não morávamos na mesma cidade. Era sempre sinônimo de coisa boa ir pra casa das vovó na infância! Ver primos, brincar debaixo da parreira, correr atrás das galinhas... Colher verduras na horta, brincar no meio das flores do jardim...

As crianças aqui em casa são privilegiadas por conhecerem bisavós e terem os 4 avós presentes e participantes bastante ativos nas suas vidas.

Elas contam com carinho incondicional, com proteção, mimos em excesso como a gente torce para que as vovós e os vovôs façam (e que em alguns momentos geram conflitos, mas o seu papel não é de educar, é nosso, dos pais...).

Lalá vive com saudades dos avós, isso que agora moram perto e se vêem seguido. É um sentimento sem fim, bonito de ver, que foi cultivado com carinho desde que morávamos em SP e ela os encontrava esporadicamente. Eram e-mails, cartas, fotos estratégias para que ela os conhecesse e desejasse estar com eles.
O pequeno furacão de fraldas já nasceu aqui no RS, convive bem mais que a Mana nessa fase... o Caio já demonstra que adora todos eles abrindo os bracinhos e às vezes gritando "bobóóóó"!

Engraçado que na literatura infantil encontro muito mais vezes as avós estereotipadas que fazem crochê e cozinham, ou sentam-se em cadeiras de balanço do que avós mais condizentes com as que minha mãe e sogra são... Avôs, então, menos ainda. - Será que procuro pouco?

Por isso, fico feliz quando encontro histórias que retratam os avôs e as avós dum jeito menos tradicional! Ou que mostram que avós não são seres estáticos...

Então aqui estão 2 que adoooro. O primeiro, do Sérgio Capparelli (ed. L&PM) é Vovô fugiu de casa - uma história muito interessante que envolve a amizade entre um menino e seu avô, italiano, que não deseja ser internado num asilo. Critica os preconceitos dos adultos em relação às crianças e aos idosos. E ainda dá umas "tintas" sobre colonização do Rio Grande do Sul.
Meu sobrinho e eu adoramos quando competimos para ver quem faria essa leitura nas férias primeiro!!!






Já o outro, que comprei hoje na feira de livros da escola chama-se "Vò é sempre vó"... uma graça! Fala sobre uma birra que um menino apronta para ir para a casa de uma das avós, a bronca que levou e os sentimentos que levaram a tudo isso. Também mostra avós com estilos diferentes, cada qual valorizada por seu jeito particular. A capacidade de compreensão das vovós e como o conflito se resolve. Faz a criança pensar e a gente também.

Acho que a loirinha vai curtir muito quando chegar em casa e encontrar uma mensagem da vovó Titita nesse livrinho novo!

Rehab - desintoxicando de internet, tv etc.

Estava começando a ter tremores, suor, ranger dentes... Essa vida de viciada em internet e seriados - não são poucos: House, Grey's Anatomy, Criminal Minds, Law & Order (os 3!!!), LOST, Private Practice... uma coisa de maluco!!! - tava me deixando com brotoejas quando ficava afastada ou meio fora da realidade e até interagindo menos com a família.

Aquilo que costumo não apenas criticar, mas também pegar no pé, como a Fazendinha do Facebook que meu marido não larga... que moral tenho eu pra dizer algo? - Pois bem, caiu a máscara. Enfrentei a realidade e encarei de frente, já que isso estava atrapalhando minha vida.

Continuo amando de paixão tudo isso, mas me dei conta de que o restante da vida não estava fluindo como deveria e eu estava engordaaaaando na frente do monitor, meu humor andava péssimo pra todo o resto... Então resolvi olhar pro sol, ir com as crianças para a praça e o clube, ao salão de beleza fazer as unhas, ver também quando começa a natação para as crianças...

Sei que está parecendo promessa de ano novo tardia, mas eu estava me ensaiando, fazendo listas porque essa vida de quem tem tendência à distração (dispersão, TDAH) faz com que se pareça que está iniciando tudo e não completando nada, em muitas ocasiões.

Por isso, faz alguns dias que comecei a fazer listas de tarefas a cumprir, desejando que dessa vez a agenda não fique mais em branco do que preenchida, enfim, estou me ajudando um pouco.
E tentando ser persistente também, acessando por menos tempo a internet e me dedicar mais à vida.

É incrível como eu me senti bem!!! - E quando fui tentar ver o LOST que baixamos da web, dormi no sofá, feliz da vida!

Onde vivem os monstros?



A pergunta que não quer calar essa semana é: onde vivem os monstros? Aliás, tem mais de uma me cutucando o cérebro... Por que els às vezes resolvem aparecer e mostrar todo o seu vigor, sua revolta, sua capacidade de destruição e de nos isolar de quem amamos?
Meu monstro interior está saindo de debaixo da cama, talvez do útero, dos pulmões e do coração e está causando estragos fenomenais. De onde sai tanta raiva, esse verdadeiro tsunami cheio de fúria?
Tenho muitas hipóteses, uma delas é que na mesma medida em que me dedico a uma causa ou a um relacionamento (seja com quem for), gosto de ter a sensação de que existe recirpocidade e de que as pessoas entendem gestos de carinho como atitudes de amor, de entrega do afeto que tenho por elas. Nem sempre é assim...
Fico magoada, irritada, possessa, ferida na alma. E isso vem à tona da pior maneira possível.
Mas há outras respostas possíveis. Vamos ver se o filme e/ou o livro me ajudam a responder, ainda nessa semana. Estou pensando em levar a loira para assistir, para comemorarmos a primeira semana de aulas.

Desconstruindo Amélia




Já é tarde, tudo está certo

Cada coisa posta em seu lugar

Filho dorme ela arruma o uniforme

Tudo pronto pra quando despertar

O ensejo a fez tão prendada

Ela foi educada pra cuidar e servir

De costume esquecia-se dela

Sempre a última a sair


Disfarça e segue em frente

Todo dia até cansar

Uooh

E eis que de repente ela resolve então mudar


Vira a mesa

Assume o jogo

Faz questão de se cuidar

Uooh

Nem serva, nem objeto

Já não quer ser o outro

Hoje ela é o também


A despeito de tanto mestrado

Ganha menos que o namorado

E não entende porque

Tem talento de equilibrista

Ela é muita se você quer saber

Hoje aos 30 é melhor que aos 18

Nem Balzac poderia prever

Depois do lar, do trabalho e dos filhos

Ainda vai pra nigth ferver


Disfarça e segue em frente

Todo dia até cansar

Uooh

E eis que de repente ela resolve então mudar

Vira a mesa

Assume o jogo

Faz questão de se cuidar

Uooh

Nem serva, nem objeto

Já não quer ser o outro

Hoje ela é o também

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